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Poucas & Boas nº 110: Onde está a mudança?

Loucura ou Jogo político?


Há certas coisas em política que chegam a nos preocupar. Sabemos das manhas, dos soslaios, das matreirices, das jogadas com terceiras intenções, do faz-de-conta. Mas tudo tem um limite. As atitudes do presidente do STRH, pré-candidato a prefeito pelo PT, ultrapassaram a linha divisória de onde termina a racionalidade e começa a loucura. Vejamos algumas de suas atitudes nos últimos tempos:
1 – Não aceitou discutir com a DS e com o Prof. Landisvalth uma chapa consensual para dirigir o PT de Heliópolis, mesmo o professor indicando o nome de Marcondes ou Arnaldo para a presidência, pessoas do STRH e aliados de Zé Guerra.
2 – Lançou-se candidato no partido depois de filiar vários nomes da cúpula pardalesca, muitos deles em melhores condições eleitorais que o velho companheiro de guerra.
3 – Votou em Marcelino Galo para presidente regional do PT, no primeiro turno do PED. No segundo turno mudou para Jonas Paulo, candidato de Landisvalth e Fátima Nunes. Agora, no turno especial, virou novamente e apoiou Marcelino Galo. Foi Jonas Paulo quem venceu!
4 – Convocou uma reunião do Diretório do PT para decidir sobre candidaturas, mesmo sabendo que a época é das prévias e o diretório não pode fazer nada, a não ser que fosse candidatura única. Além de Guerra, Landisvalth e Valdir do Bujão são pré-candidatos.
5 – Aceita a realização das prévias, desde que os derrotados apóiem o vencedor. Apostou tudo nos seus 60 parentes filiados e esqueceu de fazer a política da boa vizinhança.
6 – Ameaça, caso não seja indicado pelo PT, ser o vice de Zé do Sertão. Será que o prefeito quer Zé Guerra ou o PT?
7 – Segundo fonte preciosa, a deputada Fátima Nunes ligou para ele e pediu apoio para Jonas Paulo. Houve discussão forte e até batida de telefone na cara. Claro que Fátima não faria isso. Zé Guerra seria capaz?
8 – Chegou a afirmar que votaria em Marcelino Galo para dar uma resposta ao Governador Jacques Wagner e mostrar que teria mais voto que Fátima Nunes. Dois problemas: o governador deve estar morrendo de medo. Pode até renunciar por causa disso. A pobre da Deputada Fátima Nunes vai precisar dos sessenta parentes de Zé Guerra, filiados ao PT de Heliópolis, para se reeleger. Coitada!
9 – Na primeira e última reunião do Diretório do PT, a presidente da executiva, Eli Guerra, interrompeu a fala do Prof. Landisvalth e encerrou a sessão deseducadamente. Claro, o professor se retirou e o Secretário do Partido – Lázaro Ribeiro de Castro – também.
10 – Para tentar enfraquecer o professor Landisvalth, Zé Guerra convidou Lázaro para ser o candidato a vereador do STRH. É possível que Lázaro aceite, assim como é possível ver Edson de Zuel votar em Zé Guerra para prefeito ou Valdir do Bujão, Renilson e tantos aceitarem passivamente a candidatura do presidente do STRH.
Pelo aqui exposto, está claro tratar-se de um caso de esquizofrenia eleitoral, alimentada por um narcizismo ególatra e por uma crise de dupla personalidade. É prato perfeito para os estudos de Freud.
Pior de tudo é que há pessoas que ajudam a aumentar a crise. Sua irmã, Eli Guerra, Juarez da Massaranduba, Dra. Tereza, Antonio Jacson ,Edson de Zuel e outros menos enfáticos estão alimentando esta situação. Eles serão responsáveis pelo suicídio político de Zé Guerra e pelo aprofundamento crônico da sua doença. O melhor amigo, ou irmão, é aquele que avisa quando a gente passa dos limites. Se a coisa continuar assim, Lexotan não mais resolverá. Só haverá duas saídas: internamento ou abandono da política. A última seria melhor para ele e para o povo de Heliópolis. (José Carlos Andrade –
zecarlos-heliopolis@bol.com.br)
(Acrescento ao artigo a imagem da poesia visual e egocêntrica de Ada Prieto. Melhor retrato do nosso protagonista)