Exclusivo!

Poucas & Boas nº 110: Onde está a mudança?

Estou indo para o Partido Verde

Estou saindo do Partido dos Trabalhadores. Se tudo der certo, até o final do mês, estarei me filiando ao Partido Verde. Estarão comigo os professores José Milton, Marcone Reis, Beléu, Izabel Borges e meu irmão Raimundo Lima. Não vou sair falando mal do PT. É bom que se diga que o Partido dos Trabalhadores é o mais importante das Américas. O presidente Lula deu ao partido uma visibilidade inimaginável. O país é outro depois do PT. O problema é o PT de Heliópolis. Nunca conseguiu ser um partido ousado, com propostas inovadoras. Associou-se a um peleguismo sindical doentio e arrogante. Quando tudo parecia caminhar para uma melhora, recebe uma parcela considerável de carlistas, outrora críticos do trabalhismo. Tudo bem ainda. Afinal, todos podem mudar. O problema é que hoje, com o enfraquecimento visível do vice-prefeito, uma verve pardalesca domina a estrela sem brilho do PT de Heliópolis.
Ainda fui mordido de esperança quando Juarez Carlos, a Dra. Tereza e Irandi me procuraram para tentar salvar o partido. Chegamos a vislumbrar a idéia de lançar Joaquim Torres como um candidato aglutinador. Ficou somente numa reunião. Hoje sei que estão articulando uma chapa única e apresentam Aderaldo, Conselheiro Tutelar, como candidato único. Sei que o rapaz pode até fazer um bom trabalho, mas não posso votar em alguém que humilhou a candidatura de Valdir do Bujão, a pedido de Zé Guerra, tirando a possibilidade de o PT fazer o prefeito de Heliópolis. Mostrou, naquele episódio, quem não tem independência, muito menos visão política. Mas ele tem agora a oportunidade única de mostrar que tem condições de representar um PT do futuro. Só espero que o faça para que, no futuro, possamos nos encontrar.
Quando ao mais, estou consciente de que fiz a minha parte. Vou agora para um novo projeto. Na Bahia ainda iremos de Wagner, mas o Brasil do PV vai de Marina Silva. Isto ficou bem claro na reunião que tive com o Presidente Estadual do PV, Ivanilson Gomes. Estava presente à reunião a vereadora Ana Dalva – do PPS. Ela não pensa em sair do seu partido, no momento.

Rose, Bassuma e Ivanilson
O deputado federal Luiz Bassuma, que foi suspenso por um ano do PT por ser contra o aborto, contrariando o partido, já busca uma alternativa caso não possa se candidatar à reeleição. A esposa dele, Rose Bassuma, que faz parte do movimento das mulheres petistas e foi candidata a vereadora de Salvador em 2008, está indo para o PV. Ela deverá ser uma das fortes candidatas do PV à Câmara Federal. Especula-se ainda que o próprio Bassuma poderá se desfiliar do PT porque agora tem uma justificativa contra o partido, que não respeitou sua condição de espírita. Bassuma já entrou com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) contra a suspensão. Outra candidatura confirmada é a do Presidente do PV no estado, Ivanilson Gomes (foto). Sua candidatura tem um forte articulador: o deputado federal Edson Duarte, que deve concorrer a uma vaga no Senado. Além destas, fala-se na procura de um nome para uma candidatura a deputado federal na região nordeste da Bahia, carente de nomes do PV.

Ana Dalva, CPI e Projetos
A sessão da Câmara de vereadores de Heliópolis, na última segunda-feira, 21, foi muito branda. A ausência de 3 vereadores impediu que a vereadora Ana Dalva (foto) apresentasse o pedido de instalação da CPI da cobrança dos exames. A surpresa da sessão foi a apresentação em bloco dos projetos de denominação de ruas, já com os devidos pareceres das Comissões. Aqueles sem consenso não foram apresentados. São projetos do vereador Giomar Evangelista, da vereadora Ana Dalva, do vereador Claudivan e do vereador Gaminha. Um outro projeto diz respeito à obrigatoriedade da apresentação do cartão de vacina atualizado de todos os estudantes no ato da matrícula, até o 5º ano do ensino fundamental. O projeto é de autoria da vereadora Ana Dalva. Todos foram aprovados por unanimidade, em primeira discussão.