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Poucas & Boas nº 110: Onde está a mudança?

Professores fogem do debate

O debate realizado na Câmara Municipal de Heliópolis na última segunda-feira foi inédito. Mostrou a falta de compromisso que o grupo ancorado no poder tem com a educação. A sessão foi um requerimento da vereadora Ana Dalva, aprovado pelo plenário no mês de novembro. Apesar de ser sempre positivo um debate como esse, os resultados foram inócuos porque não estavam presentes, pasmem, o presidente do SINDHELI, prof. Marlon; o diretor do Colégio Waldir Pires, prof. Marizan Fonseca; o secretário de educação, prof. Antônio Valter e a primeira dama e diretora do Colégio Estadual José Dantas de Souza, profa. Josefa Elza. Além de não justificarem as ausências, provaram que não têm nada para contribuir com a educação de Heliópolis. Se não for isso, estão com medo do debate porque devem ter sérios problemas nas suas respectivas pastas e não podem revelar. Se ainda não for isso, é porque estão lá apenas a serviço dos seus respectivos chefes políticos e acham que só a eles devem dar satisfação. Por fim, se ainda não for isso, é porque são covardes, despreparados para os cargos que exercem, porque têm medo da oposição e porque preferem a proteção cômoda do poder temporal. Só compareceram o prof. Landisvalth, este blogueiro, o prof. Igor Leonardo e o prof. José Milton. O debate durou 2 horas e 45 minutos.
Sai da pauta o projeto de Lei nº 21
A única coisa concreta produzida pelo debate foi a retirada do Projeto de Lei nº 21, já com duas votações favoráveis. O professor Landisvalth insistiu no absurdo do projeto. Recebeu o apoio verbal da diretora do SINDHELI, profa. Zenaide, e isto foi decisivo para que a mesa da Câmara retirasse o projeto da pauta. Também o professor Igor Leonardo mostrou que o projeto não levou em consideração a existência de uma lei do mesmo teor, Lei 214.2002, da época do governo Aroaldo Barbosa, que não estava sendo revogada pelo novo projeto. Por fim, há erros de digitação. Por tudo isso, e sabendo que a vereadora Ana Dalva estava pronta para contestar a lei no Ministério Público, finalmente foi retirada. Mas será que as modificações serão plausíveis? Arruda mudou? Maluf mudou? ACM mudou? Este blogueiro não acredita em milagres!
Alunos como escudo
A diretora e primeira dama não foi para o debate, mas continua fazendo das suas. Ainda não resolveu o problema com este blogueiro. Meu salário este mês foi ainda mais reduzido; pouco mais de míseros 100 reais. É perseguição implacável. Ainda conta com a ajuda do presidente da Câmara Municipal que insiste em defender a esposa do seu cunhado prefeito. Agora, a primeira dama contou com a ajuda dos alunos do 3º A do José Dantas, de situação regular, para pedir a este professor a realização de uma prova para 11 alunos que não compareceram no dia marcado. A questão é a seguinte: a diretora adiou uma prova e não comunicou nem ao professor nem à secretaria. No dia marcado a prova foi realizada com os alunos que estavam presentes. Os que não fizeram alegam que a diretora deu sua palavra que a prova não se realizaria. Como a diretora informou aos alunos que o professor Landisvalth aceitou a transferência da prova numa reunião que nunca existiu, o professor está esperando que ela desfaça o equívoco para marcar a nova data. Passar por mentiroso é que eu não vou. O pepino é dela, não meu!
Irregularidades do Waldir Pires
No debate também foi colocada a questão do não fornecimento de diplomas pelo Colégio Waldir Pires, argumento utilizado pelo vereador Giomar para votar a favor do projeto de Lei nº 21. Tanto Igor Leonardo como o professor Landisvalth refutaram o argumento. A questão do Waldir Pires não tem nada a ver com o município. O colégio está subordinado à DIREC 11, por ter Ensino Médio Profissionalizante. Todos os problemas dizem respeito a questões administrativas. Talvez isso justifique a ausência do professor Marizan. Ele poderia deixar isso bem claro. Inclusive, é bom que se diga, os problemas não estão relacionados aos últimos diretores. Não se imputa culpa ao atual diretor. Mas então, por que ele não compareceu?
Arilton do Correio líder de quadrilha?
O funcionário Arilton do Correio, membro do diretório municipal do PC do B, protagonizou uma cena histórica na cidade de Heliópolis. Saiu algemado para a prisão da Polícia Federal em Paulo Afonso, na última segunda-feira. Ele é acusado de comandar uma quadrilha que fazia empréstimos consignados irregulares na cidade. Informações preliminares apontam para casos de até mortos tomarem dinheiro emprestado a bancos. Um caso concreto foi o do deficiente Zé Doca, encontrado morto em sua casa este ano (aquele que o prefeito Walter Rosário se negou a dar o caixão para o enterro). Ele fez empréstimos depois de falecido. Como ainda há muitas informações desencontradas, aguardaremos o aprofundamento das investigações para melhor comentarmos.