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Poucas & Boas nº 110: Onde está a mudança?

Mulheres nuas, do novo feminismo ao enfrentamento, e mulçumanos flagelados


     As listas de fotos mais acessadas na internet não deixam dúvida: nada chama mais a atenção do que mulheres nuas. A diferença na Ucrânia é que elas se despem em nome da militância feminista. É o que mostra reportagem do enviado especial a Kiev (Ucrânia), Fabiano Maisonnave, na edição desta terça-feira da Folha, com fotos de Sebastien Bozon (France Press).
     

     A organização feminista Femen, da Ucrânia, defende que tirar a roupa é uma forma de libertar a mulher, em um mundo em que, segundo elas, os homens as dominam por meio da exploração sexual. Desde 2008, o grupo, que diz ter mais de 300 militantes apenas na Ucrânia, vem realizando manifestações por motivos diversos.
     Seminuas, ativistas do grupo ucraniano Femen seguram faixa com os dizeres "mulher não é commodity" Apenas nos últimos meses, elas já protestaram contra a prostituição, o turismo sexual, o álcool, os cortes dos serviços sociais voltados para a população, contra projeto que prevê o aumento da idade de aposentadoria para as mulheres e contra o julgamento da ex-premiê ucraniana Yulia Tymoshenko.
     

     Os policias chegaram e acabaram com a manifestação prendendo as rebeldes. Não tiveram tempo de assistir ao belo manifesto.
     Enquanto isso, em Assunção, no Paraguai, na nossa América do Sul, posseiros assentados em terras pertencentes à prefeitura reagem à tentativa da polícia de retirá-los do local e contra os policiais que fazem operação para retomar terras da prefeitura de Assunção.
     Já no mundo árabe, paquistaneses muçulmanos xiitas se flagelam durante uma procissão da Ashura, em Rawalpindi, no Paquistão. O ritual da Ashura relembra o martírio do neto do profeta Maomé, Hussein, na batalha de Kerbala, no Iraque, no ano de 680.
     Informações e fotos da folha.com.