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Poucas & Boas nº 110: Onde está a mudança?

Mais dois ônibus para Heliópolis

Heliópolis conta com dois novos ônibus escolares (Veja na foto de Pedro Fotógrafo). Agora a frota está com exatos três veículos para transportar estudantes e professores. O projeto Caminhos da Escola, do Governo Federal, está atendendo a todos os municípios do Brasil que não estejam na lista negra da inadimplência. Por aqui, a chegada dos veículos foi motivo de festa. Cerca de 80 pessoas participaram da “carreata” do prefeito Walter Rosário, comemorando a aquisição dos veículos neste Sábado. É que aqui, como o prefeito não está fazendo bulhufas, tenta faturar em cima das ações dos outros dois governos. Para isso, até casamento de dona Baratinha é motivo para alegria de uma pequena cúpula pardalesca. Só espero que estes veículos sirvam para aumentar a matrícula no ensino noturno, ainda sem transporte escolar, e diminuir os estratosféricos 130 mil reais gastos mensalmente com transporte escolar.
Muda não, esquece não!
Nunca é tarde para recomeçar. Um velho político de Heliópolis, que já havia um bom tempo de braços cruzados, voltou a trabalhar. Ele conta com o tempo, remédio que contribui com o embotamento da memória. Dizem que o povo tem memória curta e vai esquecer tudo. Acho que o problema maior dele não é memória do povo. O problema dele é ele mesmo. As pessoas só mudam quando reconhecem que erraram. Hoje posso afirmar com toda certeza: nem o povo esquece nem ele vai mudar.
Vem coisa por aí!
A vereadora Ana Dalva e este blogueiro farão uma nova visita à cidade de Salvador para manter contato com lideranças partidárias. Eu estarei no ato de desfiliação do ex-candidato a governador Luís Bassuma. Ele deixará o PV para ser candidato a prefeito de Salvador provavelmente pelo PHS – Partido Humanista da Solidariedade. Ana Dalva fará exames médicos e cuidará de uma amiga. Claro, acontecerão contatos. Fala-se, de soslaio, que o PHS, o PPS, o PV e o PRB estão disputando a vereadora para uma candidatura a prefeita em 2012. Nesse sorvete tem recheio!
Indefinições
O ano letivo ainda não começou em Heliópolis. Tudo está indefinido. Nunca começa no tempo adequado. Até o Piso Nacional de Salários dos professores ainda não oficializaram. Em Heliópolis corremos o risco de ter um piso menor que o Salário Mínimo. O SINDHELI grita, mas o grito só não resolve. Precisamos retomar o caminho mais sensato e aprender, acreditem, com o povo egípcio.
Meu Santo!
Um dos seguidores deste blogue, Kaká Bahia, está organizando várias ações que lembrem e efetivem o nome do cantor e compositor Helvécio Santana – o Vecinho. Quem tiver fotos com o músico, escritos e relatos, favor enviar landisvalth@oi.com.br. Entre tais ações, Kaká pretende lançar o cd que estava já editado e um livro. É o mínimo que se pode fazer pelo maior nome da cultura de Heliópolis e região. O município de Poço Verde já disse que vai contribuir, tanto na pessoa do prefeito Toinho de Dorinha como os vários vereadores. Só lamento que, na sua cidade natal, a única emissora de rádio, a Heliópolis FM, ainda não fez um especial com músicas do artista falecido. A Rádio Regional também está devendo. Mas isso ainda pode ser corrigido.

Bassuma atira ao anunciar saída do PV

Rômulo Faro

O ex-deputado federal baiano Luiz Carlos Bassuma tem declarado explicitamente que a possível entrada do prefeito João Henrique no Partido Verde (PV) será a mola propulsora da sua saída do partido.
Bassuma conversou com a Tribuna da Bahia e disse que a atitude do diretório nacional da legenda, que tende a passar por cima da direção estadual e acolher o prefeito (hoje sem partido), demonstra um retrocesso no processo de conquista de espaço e de independência da agremiação política, consolidado, na avaliação do ex-deputado, com a candidatura da ex-senadora Marina Silva (PV) à Presidência da República, nas eleições do ano passado.
“Já falei antes e a história está se repetindo. O que tem a ver o Zequinha (deputado federal José Sarney Filho), que é deputado federal lá do Maranhão, influenciar e opinar sobre o ingresso ou não de João Henrique no PV? Não é só pelo fato de João Henrique entrar no partido, mas também, pelo fato de o PV estar se fechando num momento no qual deveria se abrir para a sociedade, se fortalecer democraticamente”, disparou Bassuma.
O ex-parlamentar baiano disse que achou um equívoco a negociação que o diretório estadual do PV teve no final do ano passado com João no sentido de criar a secretaria municipal do Meio Ambiente e que, à época, conversou com o presidente Ivanilson Gomes sobre os “riscos” da aproximação. “Essas negociações deixam explícita a busca por cargos, e essa não é a ideologia do Partido Verde”, comenta Bassuma.
O verde explicou que não só ele, mas um grupo composto por mais ou menos 20 filiados estão prestes a deixar o partido por causa desse “recuo” que vem acontecendo em nível nacional. Questionado sobre sua pretensão partidária, Bassuma disse à reportagem que, pelo menos por enquanto, “até por questão de respeito ao Partido Verde”, pois ainda é filiado, não pode anunciar suas articulações nesse sentido, mas deixou claro que ressalta a condição de ser aceito como pré-candidato à Prefeitura de Salvador em 2012. “O partido que me aceitar terá que aceitar minha condição de ser candidato a prefeito desta cidade”, pontuou.

Presidente discorda de aliado

O presidente do PV na Bahia, Ivanilson Gomes, contudo, discorda de todos os problemas levantados por Bassuma. Em conversa com a reportagem, o dirigente voltou a afirmar que não existe pressão de ninguém da executiva nacional para que João Henrique ingresse na legenda. “Eu não estou me sentindo pressionado e só posso tomar qualquer posição sobre esse pressionamento se ele existir. Se a executiva (nacional) me cobrar uma decisão, eu farei”, garantiu Ivanilson Gomes.
O presidente verde explicou que o motivo de ele dizer a ontem à Tribuna que o prefeito pode entrar no PV se ele se adequar ao perfil do partido, se aplica a qualquer pessoa que manifeste o desejo e, de fato, “seja verde”. “Isso, eu reafirmo, se João Henrique quiser se filiar ao PV basta ele mudar sua postura e ter compromisso com o meio ambiente. Agora, eu não retroagi da minha decisão com relação a ele (o prefeito). Qualquer pessoa pode entrar no PV, desde que tenha o perfil”, afirmou o presidente.
Sobre a saída de Bassuma, Ivanilson Gomes disse que tem conhecimento da vontade manifestada pelo próprio apenas através da imprensa e lamentou o fato. “Bassuma tem uma vida pública muito correta. Muito bom deputado federal, muito bom deputado estadual, muito bom vereador, sempre com bons projetos... Ele é um quadro importante para qualquer partido. Eu só espero que se ele realmente for sair do PV, ele converse comigo, porque na hora que ele quis entrar, ele me procurou e eu abri as portas do partido”, finalizou o dirigente. (Fonte: Tribuna da Bahia)

Jornalistas de "A Tarde" fazem greve após demissão de Aguirre Peixoto

                                                                                           Heliana Frazão

                                                                Especial para o UOL Notícias

Pela primeira vez em praticamente cem anos de existência, o jornal “A Tarde” –um dos mais importantes da Bahia– enfrentou uma greve de jornalistas nesta quarta-feira (9). O movimento ocorreu em repúdio à demissão do repórter Aguirre Peixoto, de 23 anos, segundo o Sindicato dos Jornalistas da Bahia (Sinjorba), supostamente decorrente de pressão feita pelo setor imobiliário baiano. Cerca de 70 jornalistas cruzaram os braços e permaneceram na área externa do diário até o início da noite.
Durante muitos anos, “A Tarde” foi considerado o maior jornal das regiões Norte e Nordeste. Em setembro do ano passado, porém, perdeu a liderança local na vendagem para o concorrente “Correio”. Há rumores sobre a possível venda de “A Tarde” devido a problemas financeiros. 
Peixoto, que havia sido contratado há um ano, após dois anos de estágio na empresa, tinha escrito duas reportagens contendo denúncias contra um parque tecnológico que seria construído na avenida Paralela, vetor de crescimento da cidade. As reportagens, respaldadas em denúncia do Ministério Público Federal, davam conta de que o empreendimento teria sido iniciado antes da liberação da licença ambiental.
Segundo alguns repórteres, que pediram para não ser identificados, desde setembro do ano passado o segmento tinha suspendido os anúncios no veículo, descontentes com alguns textos que tratavam de supostas irregularidades das construções na região.
“Na manhã de ontem (terça-feira) recebi um telefonema dizendo que eu deveria passar no setor de Recursos Humanos do jornal. Lá, fui informado da minha demissão, sem qualquer explicação”, conta o repórter. Para ele, não havia outro motivo para a demissão que não as reportagens que estavam sendo criticadas.
A presidente do Sinjorba, Marjorie Moura, define a situação como um “precedente gravíssimo, que fere a liberdade de imprensa e deve ser repudiado por toda a categoria”.
Em assembleia realizada no estacionamento do jornal, a redação decidiu redigir um documento encaminhado à direção do diário, contendo três pontos: explicação formal da direção para a demissão; readmissão do repórter e pedido de explicações sobre alinha editorial do veículo.
Ficou acertada para o meio-dia da quinta-feira (10), uma reunião entre representantes dos Sinjorba e os proprietários do jornal, Renato e Sylvio Simões. O terceiro sócio, o jornalista Ranulfo Bocayuva, que foi contrário à demissão, também participou da paralisação desta tarde.
Após o acordo, os jornalistas retornaram ao trabalho e o jornal deve circular normalmente nesta quinta-feira. O Sinjorba não descarta a realização de outras paralisações.

ABI se manifesta

A Associação Bahiana de Imprensa (ABI) divulgou uma nota nesta tarde lamentando o ocorrido. A nota assinada pelo presidente da entidade, Samuel Celestino, colunista do veículo, classificou o fato como um “retrocesso descabido”.
“Entende a entidade que nenhuma força –econômica, política ou social– se impõe sobre os valores maiores dos homens livres. À frente de tais valores, se agiganta a força da liberdade de imprensa, da livre expressão, do livre dizer, do direito de informar e de ser informado. (....) É nesse conjunto de valores que se sustenta a democracia, essência que alicerça os homens iguais (...).  O episódio desmerece a luta empreendida pela imprensa livre desta terra, que sempre encontrou no povo da Bahia o seu principal aliado e defensor.”

Outro lado

A reportagem tentou contato com a direção do jornal, mas  a única manifestação pública a respeito do caso se deu por intermédio do sócio Renato Simões que, no seu perfil no Facebook, reagiu questionando: “A quem interessa achincalhar A Tarde? Com que objetivo? Se a empresa toma uma atitude de acordo com seu julgamento, que se ouça os argumentos antes de condená-la à execração”. (Fonte: Portal UOL)

BAVI, Violência e Paixão!


Fui ao Barradão assistir ao jogo entre Vitória e Bahia. Foi o primeiro BAVI do ano, mas os problemas são sempre os mesmos. As pessoas confundem paixão pelo time preferido com disputa na base da violência. A rivalidade doentia acabou transformando uma tarde de lazer numa guerra insana e fútil.
Vamos começar falando do jogo. O primeiro tempo me fez sentir saudades do Democrata de Heliópolis, 1º campeão do município – dividindo o título com o Riacho F. Clube – em 1987. Tem jogador no Bahia que eu não colocaria como titular da seleção de Heliópolis. Vá ser ruim lá em Madagascar. Os dois times jogaram um 1º tempo tão sofrível que o meu cunhado Ari Barreto, também torcedor do Vitória, sentiu vontade de ir para casa.
No segundo tempo a coisa melhorou e valeu ter pago um ingresso de 40 paus. O Vitória veio visivelmente melhor e meteu 3 a 0, para desespero do jornalista Jorge Souza, do Impacto, torcedor do Bahia há 50 anos. O resultado provocou a saída do técnico do Bahia e alguns jogadores vão ter que procurar outro clube. Se o Bahia disputar a 1ª divisão com essa equipe, vai cair de novo. Apesar da vitória do Vitória, o time também não tá lá este brinco todo não. Ou melhora ou não volta para a elite do futebol nacional. Não duvidem um BAVI na segundona em 2012!
Além do futebol ruim do 1º tempo, enfrentamos uma guerra no retorno. Tudo começou com uma briga entre membros da torcida organizada Os Imbatíveis. Uma bringuinha transformou a avenida que dá acesso ao Barradão numa praça de guerra. Blocos eram utilizados como armas e a correria foi grande. A polícia estava toda concentrada em frente ao estádio, protegendo a torcida BAMOR, do Bahia. Uma moça que passava em frente a um bar levou um safanão gratuito de um rapaz que estava bebendo. Aparentemente ela não tinha feito nada. Depois o cara quebrou uma garrafa e saiu normalmente. É o que chamo de violência gratuita, sem justificativa maior. Os envolvidos no conflito eram moças e rapazes de 16 a 20 anos e quase todos da classe média. (As fotos: 1ª - Os Imbatíveis comemorando o 2º gol do Vitória. 2ª - Este blogueiro e Ari Barreto e 3ª - O garoto Rafael e Ari Barreto.)

Bassuma está fora do PV

O esperado crescimento do Partido Verde com a chegada de bons nomes do PT e de outros partidos de linha social-humanista parece que foi por água abaixo. Se Marina Silva está pautada numa atuação em favor do desenvolvimento sustentável, meio que distanciada do PV, na Bahia a coisa está muito diferente, senão pior. Depois das desastrosas atuações dos dirigentes pevistas baianos na eleição última, chegando ao ponto de o presidente do partido usar todo horário eleitoral para si na última semana, desconsiderando toda uma agenda estabelecida, além de segurar todos os recursos disponíveis com mão-de-ferro e não prestar contas a ninguém, parece que a história progressista da agremiação volta ao nada. No último Sábado, o ex-candidato a Governador Luís Bassuma  (foto) informou sua decisão de pedir desfiliação do Partido Verde.
Vou usar minha energia para continuar na luta por uma sociedade melhor. Fiz o que pude no PV e espero que os amigos que continuam no partido tenham mais sucesso na luta para a melhoria da instituição.”, sentenciou. O anúncio foi feito em sua residência. Estavam presentes várias lideranças de Salvador e do interior do Estado. Está quase certa a ida de Bassuma para o PHS – Partido Humanista da Solidariedade. O Presidente Estadual da legenda, Miguel Rehem, disse que o PHS está com um projeto radical de crescer com qualidade e vai em busca dos melhores quadros. “Bassuma está credenciado a ser o nosso candidato a prefeito de Salvador.”, disse. Antes de Bassuma, quem havia deixado o partido foi a ex-candidata a deputada federal Tsyla Balbino, de Barreiras. O tamanho da fila de desfiliação será considerável. Outro partido que convidou Bassuma foi o PEN – Partido Ecológico Nacional – que está em formação. O PEN quer que Bassuma saia candidato a prefeito de Camaçari em 2012. Como o número do partido é 51, não deixa de ser uma boa idéia!