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Poucas & Boas nº 110: Onde está a mudança?

Pacote do governo contra seca tarda a chegar aos 10 milhões de afetados

AGUIRRE TALENTO e NELSON BARROS NETO – da Folha de São Paulo
Anunciado há dois meses pela presidente Dilma Rousseff, o último pacote de medidas contra a seca, estimado em R$ 9 bilhões, demora a chegar ao semiárido.
A entrega de milho atrasou, cisternas estão abandonadas ou apresentam problemas, a oferta de carros-pipa não teve o aumento prometido e apenas 30% dos recursos para perfuração de poços foram liberados. Diante da maior seca dos últimos 50 anos, que afeta dez milhões de pessoas em 1.418 municípios do norte de Minas Gerais e do Nordeste, foram as poucas chuvas que aliviaram a situação. As precipitações fizeram crescer vegetação rasteira que alimentou os rebanhos, mas foram insuficientes para que houvesse colheita. Para alimentar os animais, o governo havia prometido enviar 340 mil toneladas de milho em abril e maio. Nesses dois meses, só 151 mil toneladas (44% do total) foram repassadas, segundo a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento). Outras 138 mil toneladas foram enviadas em junho. Em dez cidades do interior do Ceará que a Folha visitou há duas semanas, produtores rurais diziam que o milho ainda não havia chegado. Na Bahia, a Federação dos Trabalhadores na Agricultura também relatou atraso, sobretudo por falhas no transporte e distribuição, sob responsabilidade dos Estados. E, quando o milho chega, há menos do que o previsto. "Minha cota seria de 20 sacos de milho, mas falaram que só vou ter dez", disse o produtor Francisco Pinheiro, 34, de Milhã (311 km de Fortaleza). Ele e seu pai disseram ter vendido gado a preços baixos porque não tinham alimento para os animais.
CHUVAS

A previsão é que haja ainda menos chuva no semiárido no segundo semestre deste ano. Por isso, a chuva registrada até agora foi importante para encher cisternas. O governo prometeu entregar 130 mil cisternas até julho e mais 110 mil até dezembro. Há, contudo, problemas nas cisternas de plástico que estão sendo entregues. Em Canindé (118 km de Fortaleza), a reportagem localizou um depósito com cerca de 200 cisternas expostas ao calor. E moradores, que foram orientados a cavar buracos para as cisternas, esperam pela instalação há mais de três meses. "Gastei R$ 200 para cavar e até hoje a cisterna não veio", diz o agricultor Joaquim da Silva, 73. Sem chuva, as cisternas dependerão de carros-pipa contratados pelo Exército para distribuir água. Em abril, havia 4.746 carros-pipa em 777 cidades. Dilma prometeu ampliar a operação em 30%, para 6.170 carros-pipa. Dois meses depois, o Exército tem 5.220 carros-pipa contratados em 808 cidades --aumento de 10%. A maior fatia do pacote (35%, ou R$ 3,1 bilhões) era uma estimativa de quanto o Planalto deixaria de arrecadar até 2016, ao renegociar a dívida de 700 mil produtores. Foram atendidos 39 mil produtores, com dívidas de R$ 510 milhões, apenas 16% do previsto.

Em licitação suspensa no DF, Playstation vale mais que o dobro

Playstation no serviço público?
Os manifestos por todo o país já deram algum resultado. Pelo menos em Brasília. Depois de construir o estádio mais caro do País - estimado em R$ 1,2 bilhão - em uma cidade que não possui equipes na elite do futebol brasileiro, o governo do Distrito Federal também lançou uma licitação para comprar nada menos que 40 videogames da marca Sony, modelo Playstation 3 Slim 3D. O objetivo da compra seria promover o controle do estresse no serviço público? Ninguém sabe. Para piorar, o valor estimado no processo é mais do que o dobro verificado nas avaliações de mercado. O aviso de licitação foi suspenso às pressas após as manifestações que tomaram conta de Brasília e do País - uma das bandeiras dos manifestantes é um maior rigor nos gastos públicos com a Copa. Pelo edital - o aviso de licitação continua disponível na página "e-Compras" da Secretaria de Estado de Planejamento e Orçamento do Distrito Federal (Seplan) -, cada um dos 40 videogames teria de ter dois controles e pelo menos um jogo. A compra de cada videogame ainda incluiria, conforme a licitação, uma televisão de 32 polegadas com tela de LED Full HD, além de 30 aparelhos "no-breaks", que são usados para garantir o funcionamento temporário de equipamentos eletrônicos em casos de queda de energia.
Comparação
Em sites de pesquisa e comparação de preços, cada unidade do videogame nas especificações exigidas pelo governo do Distrito Federal pode ser encontrada por R$ 800, enquanto os aparelhos "no-breaks" da potência estipulada são vendidos por R$ 350. Já um televisor do modelo pretendido na licitação custa R$ 900. Somados os valores de todos itens que compõem o "kit", o preço mais baixo encontrado na internet para o conjunto de equipamentos é R$ 43.400, mas o valor sugerido no aviso de licitação é de R$ 100.780,87, mais do que o dobro. O processo de licitação, que foi aberto no último dia 14, estava previsto para ser encerrado somente no dia 27 deste mês. Procurado pelo jornal O Estado de S.Paulo, o governo do Distrito Federal não informou a destinação dos equipamentos nem o motivo da suspensão da licitação, decretada após as primeiras manifestações em curso em todo o País. O recuo pode ter sido pela descoberta da irregularidade ou, como é mais provável, por medo de denúncias.

 As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

Casal é flagrado fazendo sexo durante manifestação

    
Os protestos que explodiram nas grandes cidades brasileiras têm espaço para todo o tipo de manifestação, inclusive a sexual. Baseada na liberdade de expressão, um casal resolveu protestar de maneira, no mínimo, diferente no Rio de Janeiro. A dupla aproveitou o ‘calor’ dos manifestos e resolveram praticar o ato sexual a luz do dia, em uma praça movimentada da capital fluminense. O cenário de guerra não intimidou os manifestantes que chegaram aos finalmente. Após um grupo de homens se aproximarem da dupla eufórica, os dois resolveram parar o ato, mas ela não gostou.
     Veja vídeo:
     Informações do portal Bocão News.

Para refletir!


Primavera Tropical leva 1 milhão de pessoas às ruas em todo país

As manifestações realizadas nesta quinta-feira, já denominada de Primavera Tropical, levaram cerca de 1 milhão de pessoas às ruas em 25 capitais do país. Em ao menos 13 delas foram registrados confrontos. O Rio de Janeiro foi a capital com maior número de pessoas, 300.000.
No Rio de Janeiro 300 mil vozes gritaram na Getúlio Vargas (foto: G1)
Em nove das capitais com confronto, houve também ataques ou tentativas de destruição de prédios públicos, como sedes de prefeituras e de governo e prédios da Assembleia Legislativa e do Tribunal de Justiça. Os protestos contra o aumento das tarifas do transporte público começaram no início do mês e foram ganhando força em todo o país, sendo registrados vários casos de confrontos e vandalismo. Com isso, 14 capitais e diversas outras cidades anunciaram entre ontem e hoje a redução das passagens. Em Brasília, um grupo de manifestantes forçou a barreira policial montada na entrada do Congresso Nacional, iniciando um confronto com a Polícia Militar, que revidou com bombas de gás lacrimogêneo. No Rio, o protesto ficou tenso no início da noite. O problema ocorreu com chegada dos manifestantes em frente à prefeitura, no centro da cidade, ponto final da passeata. Por volta das 18h50, morteiros foram disparados pelos manifestantes. Em resposta, a polícia disparou bombas de efeito moral. A cavalaria da PM avançou para dispersar pessoas que tentavam invadir a sede da administração municipal. Em Natal (RN), cerca de 400 pessoas entraram no Centro Administrativo do Estado, que reúne os principais órgãos públicos. Houve concentração de manifestantes em frente à Governadoria. Um grupo menor, de rostos tapados, queimou objetos, formando uma fogueira na frente da rampa de acesso ao prédio. Também arrancaram placas de sinalização e começaram a jogar algumas na fogueira. Bombas e pedras foram atiradas contra os policiais. A polícia revidou com balas de borracha e bombas de gás lacrimogêneo. Houve prisões. Manifestantes tentaram invadir, em Fortaleza (CE), o Palácio da Abolição, sede do governo do Ceará, e depredaram o prédio. O local virou uma praça de guerra entre vândalos e Polícia Militar, com balas de borracha de um lado e coquetéis molotov de outro. Ao menos 30 pessoas foram presas, segundo a PM. Também foram registradas situações de confrontos e depredações em Porto Alegre (RS), Curitiba (PR), Salvador (BA), Vitória (ES), Belém (PA), João Pessoa (PB), Manaus (AM), Teresina (PI) e Macapá (AP). Após as manifestação, a presidente Dilma Rousseff (PT) decidiu convocar uma reunião de emergência para as 9h30 de amanhã com seus principais ministros para discutir os efeitos das manifestações por todo o Brasil. Na reunião, Dilma irá avaliar relatos da extensão dos atos nas cidades brasileiras. A partir daí será decidida uma conduta de governo, como por exemplo medidas ao alcance do Ministério da Justiça ou até um pronunciamento oficial da presidente.
O que poderia ser mais uma passeata pacífica e um show de civilidade se transformou em um quebra-quebra nesta quinta-feira (20). O trajeto previsto – iniciado no bairro do Campo Grande, passando pelo Politeama, Nazaré até a Ladeira da Fonte Nova - foi, por alguns manifestantes, desviado para a Avenida Sete de Setembro, o que, já no começo da caminhada, causou uma divisão no grupo de cerca de 20 mil pessoas.
Salvador: palco de guerra
Em Salvador, 20 mil protestaram (foto: Tribuna da Bahia)
Quando o grupo de pessoas que decidiu ir pela Avenida Sete de Setembro, chegou à Avenida Joana Angélica foi surpreendido por uma barreira policial que começou a disparar bombas de gás lacrimogêneo e avançar sobre os manifestantes, que, até o momento, seguiam de forma pacífica. Com a ação ofensiva por parte da força militar, os manifestantes começaram a atirar pedras e outros objetos contra o grupamento. A tropa de choque avançou lentamente, e forçou que a multidão se deslocasse para a frente do Shopping Lapa, onde, um pequeno grupo, depredou pontos de ônibus e placas de sinalização. Quando questionado pelo Bahia Notícias sobre a ação da polícia, Valter Altino, ativista do Movimento Passe Livre, disse que "não existe mudança pacífica" e que essa já era uma reação esperada. No bairro dos Barris o mesmo enfrentamento aconteceu. Segundo Marcos Araújo, estudante de Direito, a Polícia de Choque abriu a barricada que fica na região do Dique do Tororó e deixou alguns manifestantes entrarem. "Ninguém invadiu", ressaltou. "Quando as pessoas começaram a entrar, eles começaram a jogar bomba, spray de pimenta, tudo", contou em entrevista ao BN. Depois da ação militar, o que se viu pela cidade foi um rastro de destruição em protesto contra a violência sofrida no movimento pacífico. Cerca de três bancos na Avenida Sete e uma loja, também no mesmo local, foram destruídos. Na Praça do Campo Grande, pontos de ônibus e lixeiras se encontravam quebrados e um rastro de lixo estava espalhado pela pista. Para João Victor, estudante do Bacharelado de Saúde, a atuação da Polícia pode ser considerada como "terrível". "Policia despreparada e desrespeitosa. Não queria nem saber quem estava sendo vândalo, apenas atacava todo mundo. Covardes", disse. Durante todo o percurso, a equipe do Bahia Notícias tentou conversar com diversos policias, mas todos se recusaram a dar alguma declaração. (Alexandra Galvão)
Acorda Aracaju: 20  mil fazem manifestação pacífica

20 mil vozes estavam no Acorda Aracaju (foto: Infonet)
A manifestação “Acorda Aracaju” foi considerada pacífica pela Polícia Militar. O ato, dividido inicialmente em quatro grupos, transformou-se em dois que seguiram pela Avenida Beira-Mar e Adélia Franco, respectivamente. A mobilização teve como ponto de chegada a região do Distrito Industrial de Aracaju, de onde parte dos manifestantes já se dispersou e se desloca para sua moradia. Os relatos são do Major Paulo Paiva, assessor da PM, que informou ainda estimar que 16 mil pessoas tenham participado do protesto. Apesar do teor pacífico da manifestação, a PM registrou diversas ocorrências. Entre mais graves, um saque a um supermercado na Avenida Heráclito Rollemberg, bairro São Conrado. De acordo com o Major Paiva, um grupo de 20 pessoas promoveu um pequeno saque agora à noite. “O Grupamento Especial Tático de Motos (Getam) foi até a ocorrência, mas ninguém foi encontrado”, conta. No início da noite, outro ato de vandalismo. Um homem arremessou um coquetel molotov em direção ao prédio da Companhia Estadual de habitação e Obras (Cehop), localizada na Avenida Adélia Franco. “A equipe da PM logo correu ao local e debelou o princípio de incêndio. Infelizmente, o suspeito se evadiu e conseguiu se infiltrar entre os manifestantes”, detalha o major Paiva. No início da tarde, ainda na concentração, nas imediações da Rua Maruim, dois adolescentes, identificados como integrantes da Torcida Trovão Azul, foram flagrados com uma faca e um facão. Os suspeitos foram encaminhados pela Cavalaria da PM à 2ª Delegacia Metropolitana, conforme explicações do Major Paiva. Na Avenida Adélia Franco, a PM prendeu três adolescentes acusados de assalto. “Eles estavam se aproveitando da situação para furtar celulares. Com eles, nós apreendemos oito aparelhos”, explica o Major Paiva. Os jovens foram encaminhados à Delegacia Plantonista. Ainda de acordo com o Major Paiva, houve um registro, ainda não confirmado, de uma prisão por porte ilegal por arma de fogo. “A informação não está confirmada porque ainda não encontramos registro desse preso nas delegacias”, conclui.(Verlane Estácio).
Com informações e textos dos portais Folha de São Paulo, Bahia Notícias e Infonet.

São Pedro de Heliópolis já tem bandas confirmadas

A prefeitura municipal de Heliópolis já colocou os anúncios dos festejos juninos da cidade, que acontecerão nos dias 5, 6 e 7 de Julho. Na peça publicitária, de bandas conhecidas do grande público, e já confirmadas, só Gatinha Manhosa, Forró Maior e Danielzinho. Quem bolou o cartaz teve bom gosto no uso das cores, mas colocou um homem gordo que não deu para entender qual o objetivo. Assim que sair a programação divulgaremos aqui. Outra coisa que chama atenção é o trio que apoia o evento: Bar do Fabinho, Farmácias São Lázaro e Frigorífico Preço Bom. Não sei como estas empresas vão ter dinheiro para apoiar o evento, mas seu que elas não deveriam fazer tantos sacrifícios porque os seus proprietários exercem cargo de confiança na Prefeitura Municipal de Heliópolis. No caso ainda do frigorífico Preço Bom, pelo que consta, é uma empresa do prefeito municipal e, mesmo que esteja no nome do seu filho Ivan Fonseca, não é aconselhável. Trata-se de patrocínio nepótico. Gostaria de saber quem é o gênio que cuida da publicidade da prefeitura. Seria o senhor 20%?
Ex-vice-prefeito é assassinado
O ex-vice-prefeito da cidade de Aurelino Leal e pastor da Igreja Assembleia de Deus, Giovani Lopes Gagliano, foi assassinado na manhã desta quinta-feira (20) no município de Santo Antônio de Jesus. Ele estava dentro de seu carro em frente à casa onde morava, no bairro São Benedito. De acordo com a Polícia Militar, cinco tiros foram disparados contra o veículo. A Polícia Civil, que investiga o crime, suspeita que o homicídio tenha motivações políticas, já que a vítima foi acusada de mandar matar o outro ex-prefeito de Aurelino Leal Gilberto Ramos Andrade, em maio de 2007. Em 2011, Gagliano foi absolvido pelo júri popular. De acordo com o pastor Lindomar, amigo e parente da vítima, o político realizava trabalhos com dependentes químicos em Santo Antônio de Jesus.
PT quer golpear manifestações
Segundo o jornalista Samuel Celestino, âncora do Bahia Notícias, o Partido dos Trabalhadores vislumbrou uma estratégia para blindar os governos petistas. Por decisão do presidente nacional da legenda, Rui Falcão, a ordem de comando é a convocação dos seus militantes para se infiltrarem e participar das passeatas e manifestações Brasil a fora. É visível a estratégia do comando do partido: impedir que o movimento ganhe uma conotação que vá de encontro a seus líderes, de maneira que não haja prejuízo para a imagem da presidente Dilma e que não dificulte a sua campanha à reeleição, precipitada por Lula, que permanece entocado em São Bernardo, pelo que se presume. O movimento dos jovens é apartidário e, sob este aspecto, ganhou força e até elogios no exterior. A infiltração petista nas manifestações irá maculá-la com as suas bandeiras e palavras de ordem, quebrando a isenção dos jovens que querem, agora, o que o PT não conseguiu dar, pelo contrário, participou, através dos mensaleiros e de outras figuras mais: combater a corrupção. O movimento contra o aumento das passagens dos coletivos urbanos ficou para trás. Os meninos e as meninas, sem bandeiras de partidos, venceram. Querem mais: diminuir a desigualdade social, combate efetivo à inflação, saúde pública e educação compatíveis com as necessidades do País. São essas as novas bandeiras que sustentarão o movimento. O despertar democrático da juventude brasileira,  não quer mais apenas futebol, não necessita da intromissão de partidos políticos, seja o PT, o DEM, o PMDB ou PMDB, para não citar um rosário deles. Portanto, o que comando petista pretende, imiscuindo-se nas manifestações, é golpeá-las de modo a não lhe causar prejuízos eleitorais.
PEC dos bandidos e sugestão a Dilma
Do jornalista Luís Augusto Gomes, do blog Por Escrito, duas pérolas: 1) Das bandeiras desfraldadas nas ruas, uma de vital importância é a da rejeição à proposta de emenda constitucional nº 37, conhecida como “a PEC dos Bandidos”, que retira do Ministério Público o poder de investigação. Essa vitória do movimento será indispensável para qualquer projeto de Brasil que se tenha para o futuro, porque, se com o MP em franca atividade já somos o país da impunidade, onde iremos parar sem a vigilância sincera e competente dos promotores e procuradores? 2) O deputado Álvaro Gomes (PCdoB) tem um proposta para a presidente Dilma Rousseff conquistar o apoio dos manifestantes: “Basta ela estabelecer o salário mínimo do Dieese, de 2.500 reais, taxar as grandes fortunas, nacionalizar os bancos, fazer a reforma agrária e implantar a jornada de trabalho de 36 horas.”.
É guerra?
Segundo o jornalista Fernando Rodrigues, do seu blog do UOL, a presidente interino da Câmara, deputado André Vargas (PT-PR), convocou para 15h de hoje (20.jun.2013) uma reunião com todos os líderes partidários para discutir o que fazer a respeito dos protestos de rua que estão sendo realizados em todo o país. André Vargas está preocupado, sobretudo, com a manifestação programada para hoje em Brasília. Na última vez, os manifestantes quase invadiram o Congresso. No Senado, um grupo de senadores se mobiliza para ficar dentro das dependências da Casa no momento da manifestação. Estão nesse grupo, entre outros, Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), Pedro Taques (PDT-MT), Pedro Simin (PMDB-RS) e Cristovam Buarque (PDT-DF). A direção do Senado orientou a todos os funcionários que retirem seus carros da imediação antes do final da tarde e do início dos protestos. Parece que estão se preparando para uma guerra!


Quinta é feriado! Sexta, ponto facultativo!

O Governo do Estado da Bahia anunciou nesta quarta (19) que também decretará feriado no Estado nesta quinta (20) e ponto facultativo na sexta (21). O decreto sairá no Diário Oficial do Estado de 20 de junho. Na semana passada a prefeitura de Salvador já havia decretado feriado na quinta (20), dia em que a capital recebe a partida entre Nigéria e Uruguai na Arena Fonte Nova, pela Copa das Confederações. A intenção é diminuir o trânsito e melhorar a mobilidade nas avenidas da cidade. Com o feriado quinta e o ponto facultativo na sexta, Salvador deve sofrer um processo de esvaziamento, antecipando a saída daqueles que pretendem curtir o São João no interior. No sábado, quando o Brasil joga contra a Itália na Arena Fonte Nova, os transtornos devem ser amenizados por conta dessa situação.

Do portal Bahia Todo Dia. 

Cuidado, Ildinho!

O perfil do eleitor está mudando em todo o país (foto: Acorda Bonita)
                          Landisvalth Lima
O que está ocorrendo no país não é coisa de baderneiro. É uma espécie de grito que estava sufocado na garganta da classe média brasileira. Essa insatisfação já havia dado sinais no ano passado em vários lugares. Salvador, Aracaju e outras capitais deram um aviso ao eleger prefeitos ligados a forças políticas com forte alicerce no passado. O julgamento do mensalão foi uma espécie de alívio e água regando esperança de um país melhor. Ocorre que os mensaleiros ainda estão soltos e a passagem aumentou. Deram mais uma facada no bolso do trabalhador, num país administrado por outrora defensores dos trabalhadores. Salários perdendo poder de compra, inflação subindo e notícias de superfaturamento em obras da Copa acabaram por determinar o estouro da bomba. Dilma está com a reeleição comprometida. Sua popularidade experimenta uma acentuada queda e até já foi vaiada em plena abertura da Copa das Confederações. Enquanto escrevo estas linhas, ouço a decisão de cancelamento do aumento das passagens no Rio de Janeiro e São Paulo. Creio que isso não diminuirá o montante de manifestações marcadas por todo o país. O movimento deixou de ser apenas para revogar o aumento das passagens. Em Aracaju está marcada uma manifestação para esta quinta-feira (20). O povo está exigindo um país mais justo. Já estava na hora.
Mas e aqui em Heliópolis? É preciso saber que no ano passado o povo derrubou uma forte estrutura de poder que tinha como marca a corrupção. O desgoverno do PCdoB em Heliópolis fez o povo fechar os olhos para a pouca experiência administrativa de Ildinho Fonseca. Todos apostaram no seu nome, no seu histórico de homem de palavra. Agora estamos chegando aos 180 dias de governo e a estrutura social é a mesma. Os vícios são os mesmos. Nossa esperança é que ainda faltam 3 anos e meio e tudo pode mudar para melhor, mas é preciso que o prefeito tome muito cuidado. Não estou aqui autorizado a citar nomes, mas fonte segura tem me dito que os pagamentos da prefeitura estão sendo feitos de forma estranha. Pequenas compras são pagas com um “desconto” em torno de 20%. E a justificativa é sempre a mesma: é o imposto. Quando o comerciante é experiente, deixam claro que o valor é destinado a um certo senhor que está encastelado na prefeitura e na sua página social no Facebook prega, acreditem, ser a favor do povo e contra a corrupção. É o mesmo senhor que disse em plena eleição que quem não compra voto não vence. Corre à boca miúda que lojas estão sendo inauguradas em nome de laranjas e que até linha de ônibus da área da saúde já tem sociedade com este mesmo senhor. Todos esses problemas podem não ser do conhecimento do prefeito, mas já está na hora de ele apertar o botão de controle.
É só o prefeito imaginar que o poder é passageiro e o povo não está mais com paciência de ouvir coisas do tipo “vou resolver” e no fim nada acontece. Que sirva de exemplo o caso da presidente Dilma Rousseff. Sua popularidade bateu níveis inimagináveis. E agora?  O cientista político e professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Fernando Luiz Abrucio avalia que a queda de oito pontos na avaliação da presidente Dilma Rousseff (PT) registrada na pesquisa CNI/Ibope divulgada nesta quarta-feira (19) - que passou de 63% em março para 55% -, sinaliza o início de um novo ciclo político e social no País com foco na melhora da qualidade de vida da população, especialmente nos grandes centros. Para ele, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) realizou o ciclo de estabilização econômica do País e Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a estabilização social. "Esses ciclos foram bem-sucedidos, mas acho que há um reclame mais geral hoje em dia para que haja um novo ciclo de melhora na qualidade de vida da população, especialmente nos grandes centros e regiões metropolitanas", avaliou Abrucio ao Broadcast, serviço e notícias em tempo real da Agência Estado. Segundo ele, apesar de a pesquisa ter sido realizada entre os dias 8 e 11 de junho, antes da erupção de protestos pelo País, o levantamento já conseguiu captar a sensação de insatisfação da população que levou ao início desses movimentos e isso tendo a aumentar. "Há vários temas que levaram à erupção dos problemas, como a questão indígena no Centro-Oeste, a questão dos portos, a própria tarifa dos transportes, que deu o gatilho aos protestos e a mobilidade urbana. É como se essas coisas fossem se somando e não houve respostas à altura", disse. 
Será que o prefeito vai esperar o problema ser criado para resolver depois? É bom pensar no golaço que Neymar fez contra o México. Só foi possível marcar porque ele previu o lançamento um pouco antes. Às vezes, o comodismo e a falta de visão política podem levar um homem a destruir um nome edificado em anos de trabalho. Cuidado, Ildinho. A política mudou. Não é preciso ser gênio para perceber isso.

Por que a eleição do Sindicato de Heliópolis foi suspensa?

                       Landisvalth Lima
A pergunta contida no título deste artigo é feita até hoje nas ruas de Heliópolis. Poucos sabem o que aconteceu de fato. Paciente como sou, esperei a concretização dos acontecimentos para dar um veredito e acho que já posso aqui fazer uma análise mais próxima da realidade. Sobre a Liminar suspendendo a eleição que seria realizada no último domingo (16), pode-se questionar o equívoco do foro inadequado. Seria uma ação na Justiça do Trabalho, antes de tudo. Entretanto, cumpriu-se o determinado pelo Dra. Denise Vasconcelos Santos, até porque não houve tempo hábil para derrubar a Liminar. Segundo Dr. Teresa, advogada do STR de Heliópolis, até que ela estava com tudo pronto e seria fácil derrubar a Liminar, mas a advogada dependia do advogado de Juarez, que não compareceu para a viagem combinada. Alegou estar dominado por uma virose. A pergunta que não quer calar é: se Juarez tivesse certeza de que ganharia a peleja, a virose atacaria seu advogado?
Sobre o conteúdo alegado para suspensão da eleição estão relacionados vários itens. Um deles insiste na alegação de que o presidente do PT foi impedido de ser candidato. Pelas leis internas do STR de Heliópolis, não há a menor a possibilidade de Aderaldo ser candidato. Se ele pode ser eu também posso. Na peça jurídica, alega a chapa de Agostinho do Camboatá, que dizem ser comandada pelo secretário de Agricultura José Guerra, que Mundinho do Tijuco, ex-vereador, é sócio e exerce funções de confiança na Prefeitura Municipal de Heliópolis. Acontece que ele é aposentado como trabalhador rural, o que o deixa com pleno direito. Em outros fatos alegados, muitos são velhos problemas existentes desde a época em que Zé Guerra era presidente e não impedem a realização do processo eleitoral. Como perderam todos os prazos, vale o que a Juíza determinou. Agora, tudo começará do zero e outra eleição só nos próximos três meses.
Mas é só isso? Nada! Há muito mais água debaixo da ponte. Na verdade, há coisas que não entendo. Como uma pessoa como Aderaldo aceita virar moeda de troca nas mãos de Zé Guerra? O presidente do PT poderia ser o condutor de uma nova política, de um novo ideário. Poderia ser o líder condutor de um processo de renovação na política de Heliópolis e, pasmem, prefere o jogo baixo da política sindical, emprestando seu nome para algo que não dará nada de novo aos trabalhadores rurais de Heliópolis. De Zé Guerra eu não espero mais nada! Ele jogou fora a oportunidade que teve como Vice-prefeito de ser um balizador desta transformação tão sonhada, depois de ter inúmeras outras oportunidades como presidente do PT e como presidente do STR por longos anos. Agora, parece que vai jogar fora mais uma chance recebida das mãos do prefeito Ildefonso Andrade Fonseca, como secretário da agricultura.
O que eu já entendi é que o jogo não envolve fazer o melhor para os trabalhadores, mas fazer o bem a si mesmo. A oportunidade recebida por Juarez Carlos, atual presidente, é de se lamentar. Seu comportamento dúbio, centralizador e sem abrir o diálogo com os seus diretores contribuiu significativamente para a divisão da atual diretoria. Isso permitiu a candidatura de Edmeia Torres nascer forte, a ponto de se transformar em favorita e liderar o pleito nas conversas dos associados. Essa liderança fez acender a luz vermelha na Prefeitura Municipal. Lá, muitos torciam pela eleição de Agostinho, e até ajudavam. Com as caminhadas, perceberam que Edmeia liderava com folga e chegaram até a sugerir uma composição com a chapa da esposa de Joaquim Torres, ex-presidente e fundador do STR de Heliópolis. Talvez esteja aí o real motivo do apelo à Justiça.
Fato é que, mais uma vez, os politiqueiros de reizinhos na barriga, usando de artimanhas, atrapalharam o processo democrático no STR de Heliópolis. Mas só atrapalharam. Haverá novas eleições e a vontade do povo será configurada, para o bem ou para o mal. E quem ouvir o povo e zelar por ele é que iniciará a verdadeira transformação que, espero, seja um ciclo de competências. Torço para que a mentira, a politicalha, o mandonismo, a incompetência e o nepotismo sejam banidos do Sindicato dos Trabalhadores e que a instituição seja realmente uma entidade a serviço dos trabalhadores e aposentados rurais desta Heliópolis sofrida que nunca desiste de buscar o melhor possível.

Estudantes de Heliópolis visitam Canudos

Aula de História no meio das ruínas
Depois de percorrer mais de 200 quilômetros, 90 dos quais em estrada sem asfalto, a caravana educacional do município de Heliópolis chegou às ruínas da velha Canudos. Foi uma viagem cansativa, mas valeu a pena.
Ruínas da igreja da 2ª Canudos
Eram 4:30 da manhã do último sábado (15) quando três ônibus escolares da Prefeitura Municipal de Heliópolis saiam da Praça Padre Mendonça com destino à cidade de Canudos. Ao todo, 80 alunos do Colégio Waldir Pires e 38 alunos do Colégio Estadual José Dantas de Souza. Os professores Marizan Gama, Eraldo Neves e Landisvalth Lima, além de dois convidados e os três motoristas, completaram o quadro. Antes da viagem, compareceu ao local o secretário de educação, professor José Quelton, para dar os últimos retoques e desejar boa sorte aos turistas do conhecimento.
Visita ao Parque Estadual de Canudos
Alunos ouvem atentos o professor Eraldo
Por volta das 8:30, chegaram ao centro de Canudos. De cara, o poeta José Américo deu boas vindas. Seguiram então para o povoado Canudos Velho,  localizado do outro lado do açude de Cocorobó e próximo às ruínas da 3ª Canudos. Visitas como esta só são possíveis quando houver diminuição considerável da água armazenada na represa. Este ano, com a prolongada estiagem, e o número cada vez crescente de projetos de irrigação ao longo de vale do rio Vaza-Barris entre Canudos e Jeremoabo, as águas do açude baixaram a níveis recordes. Se continuar sem chover nas cabeceiras do rio, será possível, dentro em breve de atravessar a pés das ruínas da igreja até o Alto da Favela. Só não será possível ver o alicerce da igreja destruída em plena guerra de 1897, porque uma camada de lama de mais de um metro encobre o cenário principal de uma insanidade que custou a morte de 28 mil seres humanos.
As ruínas vão desparecer quando a seca acabar
Ainda no Parque
O professor Eraldo Neves fez uma rápida palestra sobre o episódio da Guerra de Canudos no centro da igreja arruinada e mais viva do que nunca. Antes, alguns alunos confundiam Lampião com Antônio Conselheiro e, mesmo depois das explicações do professor, a expressão de incredulidade diante de tantas mortes só fazia aumentar.

Visita ao Jorrinho de Canudos
Um refresco merecido!
Depois das ruínas, foi a vez de visitar o Parque Estadual de Canudos. Caminhando pelas vielas da caatinga rala, vendo as fotos dos personagens sobreviventes da guerra, vivenciando a visão privilegiada que o exército tinha da cidade de Canudos lá no Alto da Favela e ouvindo as histórias do Vale da Morte, os alunos aproveitavam para ironizar o fato de não poder retirar nada do sítio arqueológico. Perto da hora do almoço, foram alertados por um guarda que o Memorial de Canudos fecharia exatamente ao meio-dia. Quando lá chegaram, com míseros dez minutos de atraso, um outro guarda levantou o dedo do não. Como não deu para o Memorial, todos fizeram o abastecimento devido no restaurante Os Sertões e foram parar no Jorrinho, o de lá, que fica localizado na barragem do açude de Cocorobó. Quem caiu na água não pensava tão cedo em voltar, mas o professor Marizan foi implacável com a hora. A  caravana saiu de Canudos às 15:00 horas e às 18:30 todos chegavam são, salvos e melhores informados em Heliópolis. (Clique na foto para ampliá-la)