Exclusivo!

Poucas & Boas nº 110: Onde está a mudança?

Gabinete odontológico móvel poderá ser devolvido?

Unidade móvel poderá ir para outro município
Paira no ar um dos mais incríveis absurdos da administração pública em Heliópolis. Muitos se queixam de que não recebem recursos do Governo Federal, mas muitas coisas que os municípios recebem não são colocadas em benefício da população. É o caso do Gabinete Móvel Odontológico, projeto Brasil Sorridente do governo federal. Com capacidade para atender, em média, 350 pessoas por mês, cada unidade odontológica móvel do Projeto Brasil Sorridente do Governo Federal é composta por cadeira odontológica, kit de pontas – conhecido popularmente como motorzinho, cadeira, refletor, raio-X odontológico, entre outros equipamentos. Receberam as unidades apenas 10 municípios da Bahia: Heliópolis, Antas, Araci, Barro Alto, Brotas de Macaúbas, Cansanção, Gandu, Ibititá, João Dourado e Queimadas, em junho de 2011. Pois bem, o prefeito anterior não prestou contas dos recursos recebidos, já que mensalmente são repassadas verbas de manutenção. Cabe ao prefeito apenas contratar o dentista e auxiliar. Ildinho Fonseca não regularizou a situação e também não contratou os profissionais e o Gabinete Móvel Odontológico está inoperante. O ministério da Saúde ameaça retomar o veículo e enviá-lo a outro município para cumprir a sua finalidade. A vereadora Ana Dalva entrou em contato com o secretário de saúde, ex-vereador Renilson Alves. Ele comunicou que já estava a par da situação e que entrará em contato com o Ministério da Saúde na próxima terça-feira e depois dará um posicionamento. Fato é que não pode ser falta de recursos. Será que tudo relacionado à saúde do povo tem que ser na base do “não funciona”? Seria incompetência, desinteresse ou leniência? Quando é mesmo que Heliópolis voltará a sorrir?

São Pedro 2013: 1ª noite foi de Canindé

Canindé foi o grande destaque do São Pedro de Heliópolis
A primeira noite do São Pedro mostrou o quanto o marketing atrapalha a análise correta das coisas. A atração da sexta-feira era a banda Forró Maior. Tanto que os organizadores colocaram a fala do prefeito Ildinho antes da apresentação da referida banda. Só que quem animou mesmo o público foi Canindé e sua banda. Quem tem ouvidos e sabe o que é música não tem dúvidas: Canindé salvou a sexta-feira do São Pedro. Não que Ronaldo Santos, Forró Maior e Olivan Monteiro não tenham cumprido satisfatoriamente suas missões. É que eles fizeram o mais do mesmo. Nada houve de novo do já conhecido do público. Canindé fez um show que agradou a gregos, troianos e brasileiros. Cantou de Zé Ramalho a Amado Batista e dedicou metade do espetáculo ao xote, baião e forró pé-de-serra. Imperdível! Bastava a noite ser só Canindé que já estava de bom tamanho. A sexta-feira inicia bem o São Pedro 2013, embora o público não tenha sido lá estas coisas, já que o primeiro dia é sempre o de menor participação pública. Minha preocupação é que, por ter elogiado o cantor, pode ser que ele não seja contratado para o próximo São Pedro. Nesse caso, peço mil desculpas a Canindé. É que eu não gosto de esconder a verdade e tem gente que não gosta disso.
Os renegados I
Durante minha estada ontem no calçadão, meus ouvidos cansaram de ouvir tantas queixas. A mais relevante foi a das pessoas que sempre ganhavam um dinheirinho para ajudar na ornamentação do arraial do São Pedro de Heliópolis. Alegam que foram colocados de lado e substituídos por ornamentadores de Poço Verde. Como o dinheiro que eles ganhavam gastavam na própria festa, este ano a diversão será menor. Os fornecedores do material para ornamentação e toda a criação são os mesmos dos anos anteriores, na então administração do PCdoB. A queixa maior cai sobre Leila Fonseca, esposa do secretário de administração. Queixas à parte, a ornamentação está muita bonita.
Os renegados II
Beto Moura: rifado (foto: Pequeno)
Um absurdo é o que estão fazendo com Val Santos, Beto Moura e Verônica Santos. Foram afastados completamente das atividades de comunicação. Eles que estavam na linha de frente durante toda a campanha do então candidato Ildinho, e não cobraram um tostão por isso, esperavam a vitrine do São Pedro para poder mostrar o seus talentos e ganhar um dinheirinho. Foram rifados. Beto Moura ainda tentou conversar, mas recebeu um cartão vermelho do outro  Beto, o Fonseca. Para seus lugares foi contratado o locutor Geraldo Macedo, que fez a campanha do candidato derrotado em Fátima, Roberto da Farmácia. Os vencedores perdem, os derrotados ganham! O novo apresentador do São Pedro está fazendo um ótimo trabalho, por ser, claro, um extraordinário profissional, mas eu já estou vendo a estreia em breve do filme A vingança dos renegados.
Coragem em tempos de cólera
E foi Geraldo Macedo quem ficou com a missão de animar o público na hora da apresentação do prefeito Ildinho. O locutor se esqueceu de que estava numa festa pública e abriu o vozeirão de apresentador de comício pedindo uma salva de palmas. Sorte dele é que ninguém vaiou e uma meia dúzia de abnegados aplaudiu. Muitos reclamaram. Virou comício? E quem estava no palanque era a deputada Fátima Nunes (PT) e o deputado federal Edison Pimenta (PSD), que se elegeu pelo PCdoB. Pimenta fez logo seu dever de casa e prometeu 300 mil em emendas para calçamento de ruas. Ele quer, lógico, um pedaço do eleitorado de Heliópolis, já que está num partido onde precisará ter o dobro dos votos que teve na última eleição. Pelo menos este ofereceu dinheiro para calçamento. Antigamente, o político ofertava bois aos “representantes”. O problema é que há pouco voto para muitos candidatos. Ou será que Ildinho tem tantos votos assim a ponto de se dar ao luxo de apoiar vários candidatos? É muita coragem!
Erramos!!
Este blog divulgou a ausência do prefeito Ildinho na solenidade da entrega das 130 retroescavadeiras, quando da visita de Dilma à Bahia esta semana. O prefeito estava presente e assinou o convênio de aquisição de uma motoniveladora (Patrol). Já temos um profissional treinado para a máquina, que deverá chegar até Agosto. Portanto, Heliópolis não receberá nenhuma retroescavadeira como chegaram a dizer. Nossa postagem já corrigiu a informação e pede desculpas aos leitores. Só aos leitores. Porque o prefeito ainda não tem uma assessoria de comunicação para informar aos jornais e blogs sobre sua agenda. Não tem, pois, o direito de reclamar quando há informações desencontradas. A informação foi corrigida graças ao vice-prefeito Gama Neves. A única coisa que o prefeito fez foi reclamar nos microfones da Festa de São Pedro e não citar o nome deste blog nem do seu articulador. Afinal, não cobramos para divulgar informações e nem é período eleitoral, quando se precisa do apoio e do trabalho de pessoas para se ganhar eleições.
Entrevista com Joilson Costa
Joilson Costa
Nesta manhã de sábado (6) fui a Ribeira do Pombal atender a um chamado do radialista Joilson Costa. Tive a honra de ser entrevistado por ele no seu programa Rádio Revista da Pombal FM. Foi um papo agradável. No cardápio tratamos de Heliópolis, da censura a esta blog, do partido Rede Sustentabilidade, da política nacional, da estadual. Falamos de Saúde, de educação, de corrupção, das manifestações que tomam conta do país e da administração de Ana Dalva frente ao legislativo em Heliópolis. Foram 45 minutos bem proveitosos. Em off, descobri que o nosso radialista ainda não é avô. Nesse ponto estamos empatados! Só nesse ponto. Nos demais, Joilson está dando de goleada.

Começa o São Pedro 2013 em Heliópolis. Ainda bem!

                              Landisvalth Lima
Com uma participação de público menor a cada ano, teve início nesta sexta-feira (5) mais uma Festa de São Pedro em Heliópolis. Considerado o maior São Pedro do Nordeste baiano, o evento está muito aquém das suas primeiras edições. O executor da primeira edição, em 1987, o ex-prefeito Zé do Sertão, queria criar uma Micareta para atrair turistas ao município que nascia dos ventres de Ribeira do Amparo. Argumentei dizendo que o melhor seria uma festa junina. Ele disse que não faria um São João porque poderia atrapalhar a festa de Poço Verde. Então lhe disse que fizesse A Festa de São Pedro de Heliópolis. Naquela época, só dois municípios festejavam com eventos o santo das viúvas: Jeremoabo e Retirolândia. Ele gostou da ideia e fez da festa algo grande, hoje marca da nossa municipalidade. Fui o apresentador do São Pedro por cinco anos. Anunciei nomes como Luiz Gonzaga, Genival Lacerda, Trio Nordestino, Osvaldinho do Acordeon, Dominguinhos, Marinês e sua gente, Joquinha Gonzaga, Trio Lembrança, Negrão dos Oito Baixos e tantos outros nomes da música nordestina que encantou o país e o mundo, via Luiz Gonzaga e Dominguinhos.
Mas os tempos mudam. Chegaram as bandas com a músicas internacionais dos anos 70 e 80, apimentadas de romantismo para conquistar os corações dos jovens. Não importa se não tenham poesia ou arranjos revolucionários. Importa é que o público consome vorazmente. Como as festas públicas viraram meio de vida político e econômico, pouco se importam com a preservação da cultura, da identidade. Vale o pragmatismo. Não há espaço para ideologias. Com a massificação da TV, do rádio e com o auxílio ilegal e oportuno da pirataria, o povão pede e os políticos dão. É o circo. O pão é o Bolsa-família. Oxalá eles tivessem a competência para fazer com a educação a mesma eficiência que tem para fazer uma festa, sem, é claro, os superfaturamentos de praxe. Mas a festa acabará na segunda-feira e os problemas voltarão a ser lembrados. O filho estará na escola no 9º ano ainda sem estar corretamente alfabetizado e uma senhora parirá seu filho em Pombal, Antas, Cícero Dantas, Poço Verde ou Aracaju, porque ainda não temos uma maternidade em nosso município. Quando a festa acabar, cairá sobre nossos olhos toda monstruosidade da nossa realidade. Saberemos, pois, que, seja qual for o tamanho do evento, quem nunca perderá será o político. No fim da festa, ele terá seu nome um pouco melhor ou pior, mas – seguindo a ordem natural da nossa política regional – estará com mais alguns reais acrescidos ao seu patrimônio. E sei também que uns poucos, muito poucos, não fazem disso um procedimento comum.
A Alvorada contou com a participação de um bom público (foto: Jorge Souza)
Mas não fiquem pensando que eu sou contra a festa idealizada por mim. Temos que agradecer a cada um heliopolitano que trabalha o ano inteiro para garantir o financiamento do nosso São Pedro. Sim, isso mesmo. Quem paga a conta somos todos nós. Por isso temos que aproveitá-la. Se é a única coisa que os políticos nos oferecem, com um mínimo de organização, vamos vivê-la. Mesmo que não tenha o mesmo brilho de outrora, vamos torná-la mais animada. Na abertura, a Álvorada com Danielzinho, nesta sexta-feira (5), a cidade recebeu turistas de várias localidades e o ambiente pedia uma renovação. Mas enquanto essa renovação não chega, vamos nos divertir. Serão três dias a menos em nossas vidas sem sofrimento, sem pensar em dor, sem pensar em desemprego. O São Pedro de Heliópolis é o nosso maior lenitivo contra os nossos problemas ainda não resolvidos. Veja a programação abaixo e caia na gandaia enquanto a realidade não vem!  
Programação do São Pedro de Heliópolis: Hoje aconteceu a Alvorada Festiva com Danielzinho e Forrozão Quarta de Milha. Agora pela noite teremos Forró Maior, Olivan Monteiro e Canindé. Amanhã, Sábado (6), Paixão Ardente, Alaelson do Acordeon, Boka de Sergipe, Gatinha Manhosa, Página Virada e Forró É o Chefe. Domingo (7), matinê as 15 horas com a Banda Fabilu. Pela noite: Forró no Alvo, Toca do Vale, Nino Coutinho e Banda Imortal, e Puro Desejo.
     Boa festa!!!!! 

Juiz de futebol é esquartejado após matar jogador

Otávio Jordão da Silva de Catanhede, de 20 anos, matou Josenir dos Santos Abreu, 31, e foi morto em seguida. Juiz foi agredido e respondeu jogando faca; ele foi morto brutalmente
Da Redação do CORREIO
Josenir foi esfaqueado em campo pelo Juiz
Uma simples partida de futebol tornou-se uma grande tragédia no Maranhão. No último domingo (30), duas pessoas morreram durante um jogo amador disputado no município de Pio XII, no Maranhão. Árbitro da partida, Otávio Jordão da Silva de Catanhede, de 20 anos, esfaqueou o jogador Josenir dos Santos Abreu, de 31 anos, e acabou sendo esquertejado em seguida. Segundo a polícia, a confusão teria começado por conta da expulsão de Josenir, que não gostou da decisão e deu pontapés no árbitro. O juiz do jogo então sacou uma faca da cintura e a atirou no peito do atleta, que não resistiu aos ferimentos e morreu a caminho do hospital. Alguns torcedores presentes no estádio invadiram o campo e partiram para cima de Otávio, que foi amarrado, agredido, apedrejado e esquartejado. A cabeça de Otávio ainda foi colocada em cima de uma estaca. "Relatos de testemunhas já indicaram algumas pessoas que estavam no local na hora do fato. Vamos identificar e responsabilizar todos envolvidos. Um crime nunca vai justificar o outro. Ações como essa não colaboram com a legalidade de um estado de direito", disse Valter Costa, titular da 7ª Delegacia Regional de Santa Inês, segundo nota da Secretaria de Segurança Pública (SSP) maranhense.
Confissão

O Juiz Otávio Jordão foi esquartejado
(Imagem da Folha de Parnaíba)
De acordo com o globoesporte.com, Luis Moraes de Sousa, de 27 anos, foi preso pela Polícia Civil de Santa Inês na cidade de Conceição do Lago Açu e confessou ter iniciado o espancamento no árbitro Otávio. Ele ainda relatou a participação de mais duas pessoas: Francisco Edson Moraes de Sousa e Josimar de Sousa. O primeiro teria esquartejado a vítima, enquanto o outro teria participado do assassinato.

Senado quer mandato de 6 anos e fim da reeleição

Senador Romero Jucá - autor da proposta.
Após a revolta dos deputados federais do PMDB contrários à realização do plebiscito da reforma política, a bancada do Senado também passou a defender mudanças no sistema político e eleitoral que batem de frente com as sugestões apresentadas pela presidente Dilma Rousseff. Um grupo de senadores do partido articula a aprovação de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) apresentada em dezembro de 2012 pelo senador Romero Jucá (PMDB-RR), que acabaria com a reeleição para todos os cargos eletivos e estenderia os mandatos para seis anos. 
Na prática, seriam extintas as eleições no país a cada dois anos. O senador Luiz Henrique (PMDB-SC) apresentou na noite da quarta-feira (3) seu parecer favorável à matéria na Comissão de Constituição e Justiça da Casa e se manifestou em favor de ampliar a proposta original, que prevê a extensão dos mandatos por seis anos apenas de prefeitos e vereadores eleitos em 2016, a fim de coincidir com as eleições gerais de 2022. Para entender melhor, no caso de Heliópolis, o prefeito Ildinho perderia direito à reeleição e o seu sucessor teria um mandato de 6 anos, até 2022. A intenção de um grupo de peemedebistas agora é levar a proposta diretamente para votação do plenário antes do recesso parlamentar.

Informações do Bahia Notícias.

Prefeitos insatisfeitos querem fechar as portas das prefeituras

Prefeitos Romualdo, Zé Aldo, Batistinha e Cleigivaldo
 ao lado de Dilma
Cerca de trezentos prefeitos baianos estiveram presentes nesta última quinta-feira (4) no Centro de Convenções da Bahia, para o lançamento do Plano Safra para convivência com o Semiárido do governo federal. A presidenta Dilma Rousseff (PT) fez questão de vir a Salvador, fazer o lançamento pessoalmente. Presentes também, os governadores Jaques Wagner (PT) Bahia, Eduardo Campos (PSB) Pernambuco, senadores Walter Pinheiro (PT) e Lídice da Mata (PSB), prefeito de Salvador ACM Neto (DEM), a presidente da União dos Municípios da Bahia (UPB), Maria Quitéria (PSB), deputados federais, estaduais, vereadores e lideranças políticas. A festa contou com a entrega de 323 equipamentos – 130 retroescavadeiras e 193 motoniveladoras e simbolicamente entregou 250 ônibus escolares do Programa Caminho da Escola. Heliópolis não foi contemplada com as retros, mas o prefeito Ildefonso Fonseca compareceu à cerimônia. Os prefeitos dos municípios de Sítio do Quinto, Canudos, Coronel João Sá, Cícero Dantas, Adustina, Novo Triunfo, Antas e Jeremoabo também participaram da cerimônia.  Os pequenos agricultores do semiárido serão beneficiados com 84.846 cisternas. Dilma assinou Ordem de Serviço para execução por intermédio da Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), para implantação de 38.252 cisternas no seminário da Bahia. O investimento é de R$ 217,25 milhões, beneficiando mais de 195 pessoas. Os municípios da nossa região beneficiados com a entrega de retroescavadeiras foram Araci, Conceição do Coité, Euclides da Cunha, Inhambupe, Monte Santo, Olindina, Paulo Afonso, Serrinha, dentre outros.
UPB
A tarde os prefeitos, vereadores, lideranças políticas se reuniram na sede da UPB, para um seminário técnico com a Câmara Setorial Inova Prefeitura, diversos temas foram debatidos, com representante do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), do seguimento jurídico, mas o clima teve seu momento de tom político. Depois de tantas informações uma participante e sindicalista de prenome Rosa, da APLB de Ibirapitanga, pediu a palavra e disse à plateia que chegava de tanta “enrolação, blá-blá-blá” se referindo as respostas dos palestrantes, e conclamou a população para irem às ruas e pedir ao governo federal mais dinheiro para os municípios. O apelo foi cooptado pela prefeita de Barro Preto, Jaqueline Reis da Mota e o prefeito Jabes Ribeiro (PP) de Ilhéus, conclamando os prefeitos para fecharem as portas das Prefeituras por um dia e protestarem junto com o povo nas ruas e cobrarem o Pacto Federativo. A gestora de Barro Preto, Jaqueline Reis, disse que não vai a XVI Marcha a Brasília em defesa dos municípios porque não resolve nada e só gasta dinheiro. A última Marcha que participou teve que tirar recursos de seu bolso, para pagar os débitos que fez. Jabes concluiu “estamos todos mortos”. A sindicalista Rosa convidou Jabes, para juntos darem inicio a manifestação e usarem as redes sociais.

Fonte básica: Itamar Ribeiro/www.itamarribeiro.com.br, em postagem do portal Jeremoabo Agora, feita por ADALBERTO MORENO.

Acusado de estelionato aplaude Dilma e ACM Neto

     
Elizeu está explorando a baixa popularidade de Dilma
(Foto: Marcelo Machado)
Vaiada na abertura da Copa das Confederações, em Brasília, a presidente Dilma Rousseff não foi à final do torneio, disputada no estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro, provavelmente por prever o que a aguardava. Em Salvador nesta quinta-feira (4), a petista recebeu aplausos ensaiados de um grupo que compareceu ao Centro de Convenções, para participar da cerimônia de lançamento do Plano Safra Semiárido. Vindas da região do bairro da Mata Escura, pessoas do Projeto Rural Paz e Vida ovacionaram Dilma em vários momentos de seu discurso, regidas por Elizeu Fagundes, presidente de uma entidade intitulada Federação Brasileira de Defesa dos Direitos Humanos. A federação é conhecida por dar um diploma de “defensor dos direitos humanos” ao deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP), presidente da comissão relativa ao tema na Câmara. Eliseu é acusado pelo Ministério Público Federal (MPF) de estelionato e de manter uma instituição irregular que se passava por órgão federal. Segundo o coordenador do projeto, Kléberson Silva, o grupo se deslocou até o Centro de Convenções para pedir moradias à presidente em áreas próximas à cidade. Além de saudarem efusivamente a mandatária, os integrantes do projeto aplaudiram e entoaram um coro de “ACM, ACM”, assim que a petista cumprimentou o prefeito de Salvador em sua fala.
     Informações do Bahia Notícias.

Deputados envolvidos com o crime organizado são afastados

                 Do UOL
     
Deputado Hermínio Coelho foi afastado
O Tribunal de Justiça do Estado de Rondônia determinou nesta quinta-feira (4) o afastamento por 15 dias de quatro deputados e do presidente da Assembleia Legislativa de Porto Velho, Hermínio Coelho (PSD). Eles são suspeitos de envolvimento em um esquema que envolve tráfico de drogas, estelionato, peculato e formação de quadrilha. Os outros parlamentares afastados são Ana das 8 (PT do B), Adriano Boiadeiro (PRP), Cláudio Carvalho (PT) e Jean Oliveira (PSDB). A Justiça também emitiu mandados de busca a apreensão na casa e nos gabinetes dos investigados, que estão sendo cumpridos pela Polícia Civil desde a manhã de hoje.

     
Ao todo foram afastados cinco parlamentares
Em nota, o tribunal afirma que "investigações preliminares apontaram para a presença de uma grande lista de funcionários fantasmas na Assembleia, além da presença de pessoas ligadas a traficantes, que estariam investindo nas campanhas dos deputados para em seguida obterem lucro mediante desvios de recursos públicos". Sessenta e quatro mandados de prisão foram emitidos, dois para vereadores de Porto Velho e dois para funcionários de gabinetes da Assembleia. A reportagem não conseguiu entrar em contato com os acusados.

Deputado do PT critica gestão de Dilma e quer Lula de volta

Deputado Devanir Ribeiro explicita a falta de consenso da bancada do PT, partido da presidente, com proposta de consulta popular que ela encampa. 'Quem pediu plebiscito? Falta gestão', diz petista.
VERA ROSA - O Estado de S.Paulo
Deputado Devanir Ribeiro (PT-SP)
O plebiscito proposto pela presidente Dilma Rousseff para mudar o sistema político divide até o PT. Embora a Executiva Nacional petista vá aprovar hoje um cronograma de mobilização, conclamando os militantes a se engajarem na campanha em defesa do plebiscito, a consulta popular não tem apoio unânime nem mesmo na bancada do PT na Câmara.
Em meio à polêmica, o coro do "Volta, Lula" agora é ensaiado por uma ala do partido que faz críticas contundentes à articulação política do governo Dilma. "Já está na hora de o Lula voltar", afirmou o deputado Devanir Ribeiro (PT-SP). Autor da proposta de terceiro mandato para o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Devanir disse que os protestos nas ruas tiveram outra motivação. "Quem pediu plebiscito? O que falta no governo Dilma é gestão. As pessoas querem transporte de qualidade, saúde e educação. Dinheiro tem. É só investir."
Para Devanir, a presidente continuará enfrentando problemas na base aliada, e não só com o PMDB, enquanto não der autonomia aos ministros para fazer a articulação política. "A Ideli (Salvatti), coitada, é como um elefante numa loja de cristais", definiu o deputado, numa referência à ministra das Relações Institucionais, responsável por negociar com o Congresso.
Amigo de Lula há mais de 30 anos, Devanir afirmou que a reforma política é assunto para "outro departamento". A proposta enviada por Dilma ao Congresso prevê que a população seja consultada sobre cinco pontos: financiamento de campanha, sistema de votação, término dos suplentes no Senado, voto secreto no Parlamento e fim das coligações partidárias.
"Eu sou contra esse plebiscito, mas voto com o governo. Agora, querer jogar para o povo uma coisa que não conseguimos resolver há mais de dez anos não vai dar certo", insistiu Devanir. "Essa reforma é para salvar os partidos, não é de interesse da sociedade." Na sua avaliação, a convocação de Constituinte exclusiva para votar a reforma seria mais apropriada. A sugestão chegou a ser feita por Dilma, mas ela recuou diante de críticas de políticos e juristas.
Na tentativa de amenizar a crise, o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, disse ontem que as discordâncias em relação ao plebiscito são "naturais". A bancada do PMDB na Câmara fechou questão contra a realização do plebiscito neste ano e, a portas fechadas, considerou a iniciativa "manobra".
"O PT também tem divergências, o PSB, o PDT... Isso faz parte", desconversou Carvalho. Mesmo assim, o ministro observou que será "uma decepção" se as mudanças não valerem para as eleições de 2014. "Se é verdade que queremos acabar com a corrupção, é importante que façamos uma reforma estrutural na política, que trabalhe primeiro o financiamento público de campanha." 
O deputado José Genoino (PT-SP) encaminhou à bancada proposta de emenda constitucional prevendo que a população autorize parlamentares eleitos em 2014 a revisar os artigos da Constituição que tratam do sistema eleitoral e partidário. A reforma passaria, então, por uma Assembleia Revisora e seria submetida a um referendo popular./ COLABORARAM TÂNIA MONTEIRO e RAFAEL MORAES MOURA

Agora servidor terá que ter Ficha Limpa

Com a aprovação pelo Senado, o projeto da vereadora Ana Dalva na Câmara Municipal de Heliópolis ficará prejudicado e deverá ser arquivado.
Vereadora Ana Dalva
O plenário do Senado aprovou, na noite desta terça-feira (2), uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que exige de ocupantes de quaisquer cargos públicos que se enquadrem nas exigências da Lei da Ficha Limpa. Esse é um dos 17 projetos listados como prioritários pelo presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), na semana passada, em uma agenda positiva de reação do Legislativo às manifestações que tomaram conta do país. A proposta, que vai seguir para a Câmara dos Deputados, proíbe que pessoas tomem posse ou exerçam função pública caso tenham sido condenadas por decisão definitiva de órgão colegiado da Justiça por crimes como corrupção, lavagem de dinheiro, tráfico de drogas e abuso de autoridade, conforme prevê a Lei da Ficha Limpa. A norma, aprovada em 2010, criou uma série de regras para impedir as pessoas de se candidatarem a cargos eletivos. Na votação desta noite, o líder do PMDB no Senado e relator da proposta, Eunício Oliveira (CE), apresentou um substitutivo em que ampliou a vedação para servidores efetivos - inicialmente a proibição era apenas para ocupantes de cargos em comissão e funções de confiança. Com esse projeto, a vereadora Ana Dalva, que vem tentando implantar a ideia no município de Heliópolis há dois anos, se sente contemplada, já que a Lei do Senado é válida para todo o país, nos três Poderes. “Como agora será nacional, melhor ainda. Meu projeto será arquivado porque ele só serviria para chover no molhado. Agora, espero que o projeto da criação da Liga Desportiva e o do fim da baixaria sejam discutidos e aprovados até agosto.”, confirmou.
Com informações de Ricardo Brito da Agência Estado/Bahia Notícias.

Marina Silva diz que o Congresso inviabilizou a reforma política

Ex-senadora e idealizadora da Rede defende maior diálogo com a sociedade antes de fazer reforma política
Do portal IG.
Marina Silva - da REDE (foto: Veja)
Marina Silva foi taxativa ao afirmar, em entrevista ao iG , que o Congresso é o responsável pelo fracasso das diversas tentativas de reforma política. Segundo ela, a pressão das manifestações é o combustível para que a reforma seja finalmente realizada. "O Congresso inviabilizou a reforma política e agora a sociedade dá sustentabilidade política para que a reforma seja feita", disse ela.
Questionada se a responsabilidade é do Congresso, Marina respondeu: "Mas é claro! O deputado Henrique Fontana (PT-RS, relator da Comissão Especial de Reforma Política da Câmara) havia feito um trabalho a duras penas no Congresso e o projeto foi engavetado pelo PMDB com a conivência da base do governo. E ainda apresentaram um projeto casuístico com um só ponto para tirar 36 segundos dos partidos que estão sendo criados. Reduziram a reforma política a 36 segundos", afirmou. Para ex-senadora e ex-ministra do Meio Ambiente, o atual formato do plebiscito proposto pela presidente Dilma Rousseff resultará em uma reforma política que aumenta o monopólio dos partidos políticos.
“O que estão propondo é para dar mais verticalização e maior monopólio para os partidos políticos”, disse Marina. Para a idealizadora da Rede, os parlamentares precisam consultar mais a sociedade antes de encaminhar. "O Congresso não é a resposta, ele é uma ferramenta. Se for apenas entre o Palácio e o Congresso, eles não entenderam nada." Marina esclarece que acredita na necessidade de uma consulta popular, mas que não concorda com as perguntas e nem como ele foi decidido. "Não estou contra o plesbicito, estou contra a maneira que ele está sendo feito."
Em sua campanha presidencial de 2010, Marina defendeu a criação de uma constituinte para elaborar uma reforma política, proposta igual a defendida incialmente por Dilma, e depois retirada. A ex-senadora disse ter amadurecido a ideia e que, após conversar com juristas, entende que a proposta não seja a ideal, mas que também não concorda com que o próprio Congresso elabore a reforma. "Quando os políticos viram uma classe, eles perdem a legitimidade para mediar os embates entre diferentes classes", defendeu.
Marina Silva em entrevista ao portal IG, em São Paulo. (foto: IG)
Marina criticou os atuais políticos que lutaram pela democratização do País na década de 1980 e agora não escutam o que a juventude está pedindo nas ruas, repetindo a forma tradicional de fazer política. “Nós influenciamos muito esses jovens que vão às ruas. Agora, além de decepcionar essa juventude, ainda querem desautorizar. Se você tem uma agenda, você consegue conversar com esse novo sujeito político em vez de quere encapsula-lo.” Marina voltou a atribuir as manifestações que acontecem em todo País ao "novo sujeito político" que ela identifica na juventude atual, o que ela chama de "novo ativismo". Para a ex-senadora, os jovens que vão às ruas não se identificam com as entidades clássicas como partidos e sindicatos, e procuram uma maneira direta de participar politicamente. A ex-senadora alerta para que o momento não se perca em uma "fragmentação" de bandeiras, que pode levar o movimento a se perder sem produzir mudanças. “Qual é o problema do novo ativismo? É de se fragmentar, de virar uma coisa hedonista.”
Rede
Marina, que articula a criação de seu novo partido, a Rede Sustentabilidade, rejeita o rótulo de pré-candidata à Presidência em 2014 e critica o adiantamento da agenda eleitoral."Não se pode mais disputar o poder pelo poder, é preciso um intervalo para poder se discutir sobre o que se fazer sobre saúde, educação", afirmou. A ex-senadora disse que os apoiadores da Rede não se identificam com os rótulos de "oposição e situação", pois no atual jogo político, "oposição por oposição só vê defeitos e situação por situação só vê as qualidades", e é preciso enxergar além disso, defendendo as coisas boas que estão sendo feitas e exigindo melhorias no que está ruim. Mesmo após recolher as 500 mil assinaturas necessárias para abrir a Rede, Marina busca ainda mais adesões, já contando com o descarte de 40% das fichas, e para isso procura um total de 800 mil apoios até o dia 10 de julho.

Ana Dalva News: Cotada para disputar as eleições presidenciais em ...

Ana Dalva News: Cotada para disputar as eleições presidenciais em ...:                        Do portal IG.   Para a ex-senadora Marina Silva, as manifestações realizadas em todo o País nas últimas semanas ensinam aos políticos pelo menos duas coisas: há um novo “sujeito político” em formação e essas novas pessoas querem um novo jeito de governar. 

Wagner e Neto entre vaias e aplausos no 2 de Julho

Por Evilásio Júnior / Bárbara Affonso/Rodrigo Aguiar e Bárbara Souza – do Bahia Notícias.

Jacques Wagner no 2 de Julho (Foto: Bahia Notícias)
Em entrevista coletiva antes da caminhada em comemoração ao Dois de Julho, nesta terça-feira (2), o governador Jaques Wagner considerou "ainda mais recheado" e "temperado" o cortejo deste ano, com os protestos que começaram antes da data histórica nas ruas de muitas cidades baianas. "Esta é a data maior da Bahia, sempre teve essa característica de apropriação popular. O Dois de julho foi feito por negros, índios, portugueses rebeldes, ou seja, desde o seu nascedouro teve essa conotação de ser uma festa da cidadania. A rua grita e o político tem que ouvir", ressaltou, ao afirmar que torce para que a energia brotada pelas manifestações seja da construção da democracia e não da destruição. "Eu creio que a rua chacoalhou a classe política. Alguém poderia estar dormindo em berço esplêndido e esse povo caiu da rede. Espero que o tombo não tenha sido suficiente para matar ninguém, mas acho bom que o povo dê essa coçada", comentou o governador, ao citar que não se pode deixar de reconhecer "tudo que foi feito ao longo desse período". "De 1985 para cá, o Brasil reconquistou a democracia, conquistou a estabilidade macroeconômica com o controle da inflação e com uma moeda forte, fez um processo ímpar de inclusão social e estamos em uma caminhada", enumerou.
Sobre a proposta de plebiscito que será apresentada nesta terça pela presidente Dilma Rousseff ao Congresso Nacional, o petista considera uma "contribuição" da chefe do Executivo federal "ao acolher a vontade de participação popular". "Eu estranho alguns que ficam dizendo que plebiscito é golpe. No dia em que a participação popular for golpe, está tudo de cabeça para baixo. Plebiscito é organizar a participação popular dentro da democracia da previsão constitucional", opinou. Para Wagner, um dos pontos urgentes da mudança é o fim da coligação proporcional nas eleições. "Já passou do tempo de acabar. Não acho que deva se criar obstáculo na formação de partido. Tem que dizer quanto o partido vale na medida em que ele tiver voto. Se ele não tem voto de rua, não tem que ter direito a tempo de TV, a dinheiro público", argumentou. Sob muitas palmas da comitiva que o acompanha, vaias crescentes de quem está nas ruas ao longo do trajeto e com a segurança do coronel Alfredo Castro, o governador quebrou o protocolo, entrou na varanda de uma casa decorada e cumprimentou uma mulher fantasiada de Maria Quitéria. "Só espero que protestem sem agredir, porque aí resvala para outro lado e você tem que ser obrigado a proteger quem está sendo agredido", avisou. Sem enfrentar grandes problemas com manifestantes – uma mulher tentou atingir o gestor com cerveja e acabou presa – Wagner abandonou o cortejo antes de chegar ao Terreiro de Jesus. Um helicóptero e três carros ajudaram no deslocamento da comitiva.
ACM Neto
ACM Neto cumpriu toda parte do desfile (foto: bene.blog.br)
O prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), concluiu sua participação na primeira parte do desfile cívico das comemorações pelos 190 anos de Independência da Bahia, que chegou ao Terreiro de Jesus, no final da manhã desta terça-feira (2). Antes de entrar no carro oficial, o chefe do Executivo municipal entrou na igreja do Rosário dos Pretos, onde cumprimentou presentes e orou por alguns instantes. Durante todo o trajeto, desde o Largo da Lapinha, o alcaide fez muito corpo a corpo e parou diversas vezes para abraçar populares e tirar fotos. Recebeu vaias e aplausos quase na mesma proporção, mas sempre que era vaiado, uma claque agia rápido e gritava em uníssono: “Neeeeto”. O pré-candidato do PSDB ao governo da Bahia, João Gualberto – ex-prefeito de Mata de São João – caminhou ao lado do democrata praticamente durante todo o percurso, diferentemente de dois outros pré-candidatos à sucessão de Jaques Wagner, o peemedebista Geddel Vieira Lima e deputado federal Antonio Imbassahy , também tucano, que ora acompanhavam Neto, ora não.

Quem pode ganhar com essa onda de protestos?

Políticos de oposição, como a ex-senadora Marina Silva, o senador Aécio Neves, aliados do governo, como Eduardo Campos, e até o presidente do STF, Joaquim Barbosa, se movem e se fortalecem como alternativas em meio à pressão das ruas
Izabelle Torres – da revista IstoÉ
Dizem os especialistas que em política não existe vácuo. Ele é logo ocupado por alguém. Por isso, é natural que políticos, principalmente os de oposição, e novos personagens se apresentem como alternativas ao eleitor neste momento em que o governo se mostra pressionado, tentando encontrar saídas para dar respostas efetivas ao clamor das ruas. Foi exatamente o que ocorreu nos últimos dias. Os presidenciáveis Aécio Neves (PSDB-MG), Marina Silva (Rede) e Eduardo Campos (PSB-PE) se apressaram em apresentar propostas para se contrapor às medidas anunciadas pela presidenta Dilma Rousseff. Candidato do coração dos manifestantes, segundo recentes pesquisas, o presidente do STF, Joaquim Barbosa, também se apresentou para o jogo político. Convidado na terça-feira 25 para uma conversa no Palácio do Planalto com a presidenta Dilma Rousseff, Barbosa saiu do encontro e convocou uma entrevista coletiva para falar de política. Respondeu a perguntas de forma afável e revelou sintonia com as ruas ao defender numa possível reforma política a diminuição, não a extinção, do peso dos partidos e propor um “recall” de candidatos – possibilidade de o eleitor voltar às urnas para destituir o político eleito, caso seu mandato não esteja em consonância com os anseios daqueles que o elegeram.
Apesar de dizer que não cultiva ambições eleitorais, Barbosa tem se beneficiado da situação de não político e angariado apoio das ruas. Independentemente das posturas questionáveis e irascíveis, Barbosa se tornou um símbolo de combate à corrupção. Exatamente por isso, foi questionado pela presidenta sobre as propostas prioritárias para o País. “O Brasil vive uma crise de legitimidade”, afirmou Barbosa, minutos depois de se dizer lisonjeado por pesquisa, realizada entre os manifestantes, que o colocou em primeiro nas intenções de voto para a Presidência da República em 2014.
Outro nome a figurar entre os primeiros na preferência das ruas, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) também capitalizou politicamente com o momento de fragilidade do governo Dilma Rousseff. Fez um duro discurso de contraponto à postura adotada por Dilma diante dos movimentos que foi elogiado até por integrantes de partidos aliados ao governo. Falando em nome da oposição, Aécio criticou o teor do discurso da presidenta e a acusou de ignorar os problemas postos em debate pelos manifestantes. “Ela oficializou o jeitinho de fazer política no Brasil, que é jogando os problemas para debaixo do tapete”, criticou.
Senador Aécio Neves (PSDB)
Além de ganhar espaço e fortalecer o discurso da oposição, Aécio Neves também comemora o fato de ter incluído entre as prioridades do Legislativo para responder às pressões populares a proposta de revisão do Pacto Federativo, uma de suas principais bandeiras desde que chegou ao Senado. O pacto prevê mudanças em leis como a que determina os critérios para a divisão da receita dos impostos entre estados, municípios e União e a que trata da unificação das alíquotas do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).
Hoje, o discurso contra o governo flui com tranquilidade, mas encontrar o tom adequado da crítica já foi um problema para a oposição. Na campanha de 2010, o tucano José Serra se perdeu ao tentar atacar o governo Lula sem parecer contrário aos programas sociais. Uma dificuldade que hoje parece superada pela avaliação de que o movimento que tomou as ruas é composto por gente que não depende do Bolsa Família e que a classe média gigantesca é capaz de derrubar a popularidade recorde de um presidente.
DISCURSO POLÍTICO
O presidente do STF, Joaquim Barbosa, encontrou-se com Dilma,
deu entrevista coletiva e propôs diminuição do peso dos partidos
Ao longo da semana mais difícil para Dilma desde a posse, aliados do governo interessados em voos independentes também criaram coragem para começar a adotar um discurso mais ácido. É o caso do governador pernambucano, Eduardo Campos (PSB), que ensaia uma mudança de postura. Suas primeiras aparições públicas trataram o governo com uma cautela pouco comum para quem se apresenta como possível adversário. Adotando um discurso de que as coisas poderiam melhorar ainda mais e fazendo considerações genéricas sobre os problemas do governo petista, Campos não despertou grandes preocupações no Planalto e a ameaça de que seria candidato foi tratada como um blefe. Mas, em conversas com correligionários nos últimos dias, Eduardo Campos prometeu elevar o tom contra o governo. Em encontros com representantes dos movimentos sociais que ocupam as ruas do País, o governador tem feito críticas à demora na conclusão de obras federais e às ideias lançadas por Dilma para acalmar os manifestantes. Em um cenário onde os aliados se contam nos dedos, a presidenta Dilma Rousseff telefonou para Eduardo Campos na quarta-feira 26. Queria convidá-lo para participar das reuniões sobre as medidas adotadas para conter a crise. O ex-presidente Lula também telefonou para pedir a opinião do socialista sobre as manifestações. Os dois conversaram sobre a importância da mobilização social. Nas conversas, no entanto, Campos não deu nenhum sinal de que pretende recuar nas críticas ao Planalto.
O cenário pessimista para o governo também fortalece o discurso da ex-senadora Marina Silva, um pouco modificado para se alinhar às pautas propostas pelos manifestantes. Empenhada na criação do partido Rede Sustentabilidade, Marina deu declarações nos últimos dias apoiando a mobilização. Na semana passada, a campanha em defesa da Rede lançou uma agenda estratégica listando as prioridades do novo partido. Em primeiro lugar estava a reforma política, seguida por saúde e educação. As medidas referentes à sustentabilidade, apesar de darem nome à legenda, passaram a ocupar a sétima posição entre as prioridades. “A motivação para os protestos que ocorrem em todo o País é o surgimento de um novo sujeito político no mundo. Os vinte centavos são o símbolo das manifestações, e neles estão incluídos o hospital que não funciona, o problema de segurança e a falta de canais para que se saiba qual é a agenda estratégica do País. Os antigos partidos políticos vão ter que se repensar”, disse. Marina tem criticado políticos que tentam pegar carona na mobilização apartidária, mas se preocupa em falar que coincidentemente a agenda dos manifestantes é a mesma da legenda pela qual pode sair candidata a presidenta em 2014.
     Foto: Adriano Machado - Agência IstoÉ -  e ED FERREIRA/ESTADÃO CONTEÚDO.

Garoto é atingido por tiro na cabeça em manifestação

PAULO PEIXOTO – da Folha de São Paulo

Vanderlei Gomes da Fonseca foi preso em casa
(foto. Record Minas)
Um menino de 12 anos foi atingido na cabeça por um tiro disparado por um policial militar aposentado na noite desta segunda-feira (1º) em Santa Luzia, na região metropolitana de Belo Horizonte. Testemunhas relataram que o homem estava incomodado com os barulhos de uma manifestação que pedia melhoria na coleta de lixo do bairro, onde mora o PM aposentado. O adolescente Lucas Daniel Alcântara Lima está internado em estado gravíssimo no pronto-socorro do hospital João 23, segundo a assessoria da rede Fhemig (Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais). Amigos e parentes do garoto disseram que ele não participava da manifestação. O garoto havia saído para comprar pão, segundo a família. De acordo com a Polícia Militar, durante a manifestação alguns sacos de lixo foram retirados das lixeiras pelos manifestantes e queimados na rua. O policial militar aposentado Vanderlei Gomes da Fonseca, 72, saiu armado de casa e disparou um tiro, que atingiu a cabeça do menino. O homem foi preso em flagrante em casa. Depois, foi levado para a delegacia. Ele ficará preso em uma unidade prisional da Polícia Militar, segundo o major Marcos Antônio Dias. Fonseca disse na delegacia a uma equipe de reportagem da TV Globo que atirou para "dispersar" os manifestantes, mas que o tiro acabou acertando o menino. A polícia não soube informar se o PM aposentado já tem advogado.

Congresso recebe temas para plebiscito sobre reforma política

 Executivo sugere consulta popular com questões sobre financiamento público de campanha, sistema eleitoral, voto secreto no Parlamento, suplência no Senado e coligações partidárias.
Daiene Cardoso - O Estado de S. Paulo
Eduardo Cardoso e Michel Temer (foto: R7.com)
O vice-presidente da República, Michel Temer, e o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, entregaram ao Congresso, na manhã desta terça-feira, 2, o ofício do Executivo com os cinco temas propostos para um possível plebiscito sobre a reforma política. Os cinco temas sugeridos pelo governo para a realização da consulta popular são o financiamento público ou privado das campanhas eleitorais, o voto proporcional ou distrital, a continuidade ou não do voto secreto no Congresso, o fim da suplência para senador e o fim de coligações partidárias em eleições proporcionais (para vereador ou deputado). Na segunda-feira, 1º, a presidente Dilma Rousseff disse que o Congresso poderá mudar a proposta de reforma política enviada pelo Planalto. “Enviamos nossa sugestão à Câmara e ao Senado no sentido de plebiscito, apontando em linhas gerais, as balizas que julgamos importantes. Isso não significa que outras balizas não podem aparecer”, declarou.
O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, considerou "respeitosa" a proposta do Executivo de plebiscito para a reforma política. Segundo ele, o governo sugeriu "três ou quatro itens" gerais para a consulta e deixou "a maior parte do tema para consideração dos parlamentares". Ao lado do vice-presidente da República, Michel Temer, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, defendeu o plebiscito para reforma política e disse que a população tem totais condições de opinar sobre a questão. "É fundamental que o povo participe. O povo tem que se expressar, tem o direito de dizer aquilo que ele quer", disse o ministro. Caso o plebiscito seja aprovado pelo Parlamento, Temer lembrou que haverá horário eleitoral para detalhar os itens à população em geral. "Haverá esclarecimento", afirmou. Para Cardozo, não se pode menosprezar a capacidade da população em compreender os temas a serem propostos pelo plebiscito. "Às vezes ainda hoje se parte de um visão, ainda um pouco elitista, de que o povo não sabe votar. O povo sabe votar. Fornecida a informação, o povo tem condições, sim, de fixar as diretrizes para a realidade que ele acha melhor", comentou o ministro.

São Paulo vai parar dia 11 de Julho

Força Sindical aprova greves e protestos para o dia. Rodovias serão fechadas. Movimento também deve parar marginais e Avenida Paulista.
Do portal Terra
Desta vez são as centrais sindicais que querem mostrar força e parar São Paulo (foto.G1)
A coordenação da Força Sindical divulgou nesta segunda-feira o cronograma do Dia Nacional de Luta com Greves e Manifestações, que acontecerá no dia 11 de julho. De acordo com o grupo, as manifestações ocorrem em todo o Estado de São Paulo e deverão fechar as principais rodovias paulistas, além das marginais Tietê, Pinheiros e a avenida Paulista, na capital. Na manhã de hoje, dirigentes das centrais sindicais se reuniram com o Secretário de Segurança Pública de São Paulo, Fernando Grella, e com o comandante da Polícia Militar, coronel Benedito Roberto Meira e garantiram atos pacíficos. “Informamos que as manifestações serão generalizadas em todo o Estado, com muita organização . Se tiver alguma pessoa infiltrada, visando fazer atos de vandalismo, nós mesmos avisaremos a polícia”, afirmou o presidente da Força Sindical, o deputado Paulinho da Força (PDT). Participam das manifestações, além da Força Sindical, a Central única dos Trabalhadores (CUT), a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), a União Geral dos Trabalhadores (UGT) e a Nova Central. De acordo com os sindicalistas, o metrô de São Paulo deverá parar por algumas horas e os funcionários dos portos também devem cruzar os braços. O governo estadual, por meio do secretário de segurança pública, informou que garantirá o direito de greve e manifestação dos trabalhadores. Além das centrais sindicais, a União Nacional dos Estudantes (UNE) e o Movimento dos Sem-Terra (MST) devem realizar atos por todo o Brasil. As principais reivindicações dos manifestantes são o fim do fator previdenciário, 40 horas semanais, reajuste para aposentados e ampliação nos investimentos nas áreas da Saúde e da Educação, além da reforma política e econômica no Brasil.
Protestos contra tarifas mobilizam população e desafiam governos de todo o País
Mobilizados contra o aumento das tarifas de transporte público nas grandes cidades brasileiras, grupos de ativistas organizaram protestos para pedir a redução dos preços e maior qualidade dos serviços públicos prestados à população. Estes atos ganharam corpo e expressão nacional, dilatando-se gradualmente em uma onda de protestos e levando dezenas de milhares de pessoas às ruas com uma agenda de reivindicações ampla e com um significado ainda não plenamente compreendido. A mobilização começou em Porto Alegre, quando, entre março e abril, milhares de manifestantes agruparam-se em frente à Prefeitura para protestar contra o recente aumento do preço das passagens de ônibus; a mobilização surtiu efeito, e o aumento foi temporariamente revogado. Poucos meses depois, o mesmo movimento se gestou em São Paulo, onde sucessivas mobilizações atraíram milhares às ruas; o maior episódio ocorreu no dia 13 de junho, quando um imenso ato público acabou em violentos confrontos com a polícia. A grandeza do protesto e a violência dos confrontos expandiu a pauta para todo o País. Foi assim que, no dia 17 de junho, o Brasil viveu o que foi visto como uma das maiores jornadas populares dos últimos 20 anos. Motivados contra os aumentos do preço dos transportes, mas também já inflamados por diversas outras bandeiras, tais como a realização da Copa do Mundo de 2014, a nação viveu uma noite de mobilização e confrontos em São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Salvador, Fortaleza, Porto Alegre e Brasília. A onda de protestos mobiliza o debate do País e levanta um amálgama de questionamentos sobre objetivos, rumos, pautas e significados de um movimento popular singular na história brasileira desde a restauração do regime democrático em 1985. A revogação dos aumentos das passagens já é um dos resultados obtidos em São Paulo e outras cidades, mas o movimento não deve parar por aí. “Essas vozes precisam ser ouvidas”, disse a presidente Dilma Rousseff, ela própria e seu governo alvos de críticas.

Brasileiros querem ver mensaleiros na cadeia

FLÁVIO FERREIRA – da Folha de São Paulo
Pesquisa do Datafolha apontou que 74% dos brasileiros querem que os réus condenados no processo do mensalão sejam presos imediatamente.
Até mesmo entre os entrevistados que disseram ter o PT como partido de preferência o percentual de respostas favoráveis à imediata execução das penas aplicadas pelo STF (Supremo Tribunal Federal) foi alto --coincidiu com o índice geral da pesquisa de 74%. O julgamento do mensalão foi concluído em dezembro passado e os réus apresentaram recursos contra as condenações. Cabe agora ao relator do caso, o ministro Joaquim Barbosa, marcar a data para o início da análise das apelações pelo plenário do STF. Segundo o entendimento dos ministros da corte, as prisões dos condenados só poderão ocorrer depois que se esgotarem as possibilidades de apresentação de recursos, o que na linguagem jurídica recebe o nome de "trânsito em julgado". O levantamento feito pelo Datafolha nos dias 27 e 28 de junho apontou que para 14% dos entrevistados pode ter havido injustiça no caso e os réus merecem um novo julgamento. O índice de pessoas que não souberam responder à questão do instituto de pesquisa sobre a situação dos réus foi de 12%. As maiores taxas de manifestações favoráveis à prisão imediata dos condenados foram apuradas entre os entrevistados que declararam preferir o PV (83%), o PSDB (77%), o PT (74%) e o PMDB (74%). Entre aqueles que disseram considerar que os réus merecem um novo julgamento, destacaram-se os entrevistados que afirmaram ter como partidos de preferência o PTB (29%), o PSB (24%), o PMDB (19%) e o PT (18%). O Datafolha realizou 4.717 entrevistas em 196 municípios. A margem de erro máxima da pesquisa é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

Muito cuidado, prefeitos!

Herdeiros de ex-prefeito são acionados pelo MPF por ressarcimento de 250 mil. O ex-gestor contratou uma empresa para obras de saneamento sob dispensa de licitação, sem que houvesse amparo legal para tal.
Ex-prefeito de Nazaré Clóvis Figueiredo deixou uma herança indigesta aos herdeiros
Na nossa região, é costume comum membros de famílias participarem da administração de um município quando um dos seus membros chega ao poder. O nepotismo chega a ser quase que algo comum. Aqui neste blogue, os eleitores sabem os vários casos de nepotismo em nossa região. O jornalista e radialista Joilson Costa chegou a divulgar uma lista quase interminável de parentes de prefeitos eleitos que assumem cargos variados na administração pública de prefeituras da nossa região. Ocorre que, quando os prefeitos são condenados por quaisquer desvios de recursos, normalmente seus parentes ficam isentos. O problema fica sério quando o condenado morre. Todos esquecem que o morto deixa herança, mas também deixa dívidas e os herdeiros também devem assumi-las. O Ministério Público Federal (MPF) na Bahia ajuizou ação contra os herdeiros do ex-prefeito de Nazaré, Clóvis Figueiredo, buscando o ressarcimento de danos causados por atos de improbidade administrativa realizados pelo falecido gestor. Sob sua gestão, a prefeitura da cidade contratou uma empresa para obras de saneamento sob dispensa de licitação, sem que houvesse amparo legal para tal. Na ação, o MPF processa sua viúva e filhos, que devem restituir cerca de 250 mil reais aos cofres públicos até o limite da herança.
O município de Nazaré, distante 200 km de Salvador, firmou, em 2000, um convênio com o Ministério do Meio Ambiente (MMA), recebendo 138 mil reais em recursos, para a criação de um sistema de esgotamento sanitário, visando a despoluição do rio Jaguaribe. Para executar a obra, Figueiredo contratou diretamente a empresa de engenharia denominada “Coordenação de Engenharia dos Municípios”, sem licitação, alegando que seria necessária uma empresa especializada, o que impossibilitaria o processo licitatório, conforme o artigo 25, inciso II da Lei nº 8.666/93. Entretanto, segundo a ação, um parecer técnico da Secretaria de Recursos Hídricos do MMA concluiu que as obras eram corriqueiras na área da engenharia de projetos, havendo diversas empresas na Bahia e no Brasil capazes de efetuar os trabalhos, o que não justificaria a contratação direta efetivada pela prefeitura. A secretaria concluiu que a contratação da empresa era irregular, mas os valores repassados por meio do convênio nunca foram ressarcidos à União. Por meio da ação civil pública para ressarcimento ao erário, o procurador da República Edson Abdon requer a condenação dos herdeiros de Clóvis Figueiredo ao pagamento de cerca de 250 mil reais (prejuízo atualizado pela Controladoria Geral da União no ano de 2003), com as devidas correções monetárias.
Para não dizer que não estamos falando claro, os parentes de prefeitos que brincam com recursos públicos devem colocar as barbas de molho. O Brasil está mudando e não vai jogar lixo debaixo do tapete. Quem acha que chegar ao poder é uma forma de enriquecimento, muito cuidado. Há casos curiosos de empresários que fecharam seus respectivos negócios para se “dedicar” ao serviço público, achando que o “negócio” é melhor. Muito cuidado. Corrupção já passará a ser crime hediondo e inafiançável. Hoje, já é extremamente perigoso ser administrador público, inclusive como secretário municipal. Pior ainda é ser eleito prefeito e entregar a administração a parentes não oficiais, com fome avassaladora de cooptação de recursos públicos, e deixar uma herança indigesta aos parentes oficiais. 
Com informações complementares do CORREIO.

Marina vence Dilma no Sul, Norte e Centro-Oeste

Eleitores do Nordeste, mais velhos, menos instruídos, pobres e do interior sustentam Dilma Rousseff. Marina Silva já está à frente no Sudeste e entre jovens.
Fernando Rodrigues – do UOL
Marina Silva (Rede)
Quando se faz um recorte na taxa de intenção de voto de Dilma Rousseff para presidente (29% a 30%, segundo o Datafolha), nota-se que a presidente se sustenta com base em eleitores do Nordeste, mais velhos, menos instruídos e os que vivem no interior. O cenário ainda mais provável para a sucessão de 2014 inclui Dilma, Marina Silva (Rede), Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB). Eles pontuam 30%, 23%, 17% e 7%, respectivamente. Mas veja o que acontece com os 30% Dilma Rousseff quando se estratifica o resultado:
- Região: a presidente tem 45% no Nordeste contra apenas 22% no Sudeste, 27% no Sul e 28% no Norte/Centro-Oeste;
- Natureza do município: Dilma tem 24% em capitais e regiões metropolitanas e 34% em cidades do interior;
- Idade: a petista tem 33% entre os eleitores de 60 anos ou mais e 27% na faixa de 16 a 24 anos;
- Escolaridade: Dilma tem 38% dos votos dos eleitores com ensino fundamental, mas só 19% daqueles que têm curso superior;
- Renda familiar mensal: a presidente recebe o apoio de 36% da faixa até 2 salários mínimos e 19% no grupo que ganha mais de 10 salários mínimos.
O que tudo isso significa? Que o voto de Dilma Rousseff é bem menos homogêneo do que foi em levantamentos passados. E que os apoios estão no estrato do eleitorado que até hoje mais se beneficiou das políticas sociais petistas. Nesse cenário (a petista contra Marina, Aécio e Campos), Dilma Rousseff já perde numericamente para Marina Silva no Sudeste (24% a 22%) e no Norte/Centro-Oeste (30% a 28%). A diferença percentual nesses casos está dentro da margem de erro, mas ainda assim é um sinal inédito para a presidente no atual ciclo eleitoral. Entre os jovens de 16 a 24 anos, Marina Silva tem 31% contra 27% de Dilma. No caso dos eleitores com nível superior, a diferença é grande: Marina vai a 33% contra apenas 19% de Dilma.