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Antas tem 60 dias para adequar transporte escolar

O Ministério Público quer organizar o Transporte Escolar. Quando será a vez de Heliópolis?
O transporte escolar do município de Antas, situado a 346 km de Salvador, feito por 16 veículos, dos quais apenas três foram aprovados durante vistoria feita esta semana, deverá ser regularizado no prazo de 60 dias improrrogáveis, de acordo com o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) que foi firmado entre o Ministério Público estadual e a Prefeitura Municipal. Segundo a promotora de Justiça Ana Patrícia Vieira Chaves Melo, que participou da inspeção junto com o Ciretran, a Prefeitura é responsável por assegurar não apenas o ensino público e gratuito para crianças e adolescentes, mas também por proporcionar a permanência delas na escola e fornecer o transporte escolar.
Segundo termos do documento assinado por Ana Patrícia e pelo prefeito Wanderlei dos Santos Santana, um cronograma de trabalho deverá ser apresentado pela Prefeitura em até 15 dias após o prazo de 60 dias dado ao Município, com um novo diagnóstico do transporte escolar, visando estender o benefício para todos os alunos da rede pública de ensino. Em caso de descumprimento, o Município deverá pagar uma multa diária, sob a modalidade de responsabilidade solidária, no valor de R$ 1 mil, corrigida monetariamente, até o efetivo cumprimento das obrigações acordadas no TAC. Segundo Ana Patrícia, a medida adotada integra o programa “O Ministério Público e os Objetivos do Milênio: Saúde e Educação de Qualidade para Todos.”
Explica a promotora de Justiça que, além da Constituição Federal, os direitos dos estudantes do ensino público ao transporte escolar estão preconizados no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e no Programa Nacional de Apoio ao Transporte do Escolar (Pnate). No município de Antas, prossegue, o transporte público escolar é realizado sob responsabilidade da Prefeitura diretamente ou através da terceirização do serviço. Após a vistoria feita, com sua participação, apenas três dos 16 veículos foram aprovados pela 6ª Circunscrição Regional de Trânsito (Ciretran). Os demais apresentam irregularidades diversas que os tornam inaptos ao tráfego e transporte de estudantes.
Após instaurar um inquérito civil, ela constatou que os ônibus trafegam com a capacidade acima do permitido levando passageiros em pé, sem segurança e alguns alunos são conduzidos por motocicletas, que também apresentam falta de condições. A Prefeitura agora terá que regularizar o transporte e se comprometeu ainda a promover a necessária pavimentação ou adequação de pistas, de acordo com a legislação do trânsito, para os caso em que não for possível o acesso de ônibus. Estes, inclusive, deverão ser dotados com os equipamentos obrigatórios e de segurança previstos no Código de Trânsito Brasileiro e com os estabelecidos pelo Conselho Nacional de Trânsito, bem como apresentarem perfeitas condições de trafegabilidade, informou a promotora de Justiça.  

Informações do Cecom/Ministério Público.

Desvalorização da profissão afasta professor da sala de aula

Adeus, docência.
Número cada vez maior de professores que abandonam a profissão piora o quadro de escassez de profissionais na Educação Básica e coloca em questão a capacidade de atração da sala de aula atual
Rodnei Corsini – do UOL – Revista EDUCAÇÃO – Julho – edição nº 195
Baixos salários, insatisfação no trabalho, desprestígio profissional. As condições são velhas conhecidas dos docentes, mas têm se convertido em um fenômeno que torna ainda mais preocupante a escassez de profissionais na Educação Básica: os professores têm deixado a sala de aula para se dedicar a outras áreas, como a iniciativa privada ou a docência no ensino superior.
Até maio deste ano, pediram exoneração 101 professores da rede pública estadual do Mato Grosso, 63 em Sergipe, 18 em Roraima e 16 em Santa Catarina. No Rio de Janeiro, a média anual é de 350 exonerações, segundo a Secretaria de Estado da Educação, sem discernir quantas dessas são a pedido. Mas a União dos Professores Públicos no Estado diz que, apenas nos cinco primeiros meses deste ano, 580 professores abandonaram a carreira. Para completar o quadro, a procura pelas licenciaturas como um todo segue diminuindo, e a falta de interesse pela docência provoca a escassez de profissionais especialmente em disciplinas das ciências exatas e naturais.
Motivos para a evasão
"O motivo unânime para a evasão docente é a desvalorização da profissão e as más condições de trabalho", diz a professora Romélia Mara Alves Souto, do departamento de Matemática e Estatística do programa de Mestrado em Educação da Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ), em Minas Gerais. Em um estudo com alunos da universidade, Romélia constatou que entre os formados de licenciatura em Matemática entre 2005 e 2010, quase dois terços trabalham como docentes - mas, destes, 45% não pretendem continuar na Educação Básica. A maioria presta concurso para instituições financeiras ou quer se tornar pequeno empresário. Uma boa parte também faz pós-graduação ou vai estudar em outra área para não seguir na docência.
"Para mim, a ferida principal disso tudo é o salário do professor. Os professores estão tendo de brigar para receber o piso", avalia. Romélia também já lecionou na Educação Básica e foi para o ensino superior, sobretudo, por questões salariais. Deu aulas de matemática durante dez anos quando, em 1996, migrou para a docência superior.
O quadro parece se repetir há mais de uma década. Em 1999, Flavinês Rebolo, atualmente professora da pós-graduação em Educação da Universidade Católica Dom Bosco (UCDB), em Campo Grande (MS), defendeu uma tese de mestrado na Faculdade de Educação da USP em que focou o período de 1990-1995 na rede estadual paulista. Ela identificou que, além dos baixos salários, os fatores que mais contribuíam para a evasão docente eram a insatisfação no trabalho e o desprestígio profissional. "A questão salarial é uma luta de classe dos professores, em que eles têm toda a razão, mas no grupo que entrevistei o sentimento era muito mais de inutilidade que eles viam no trabalho", lembra Flavinês. A desvalorização, pelos próprios alunos e pela comunidade, minava o ideal dos professores de que iriam contribuir para uma sociedade melhor, aponta a pesquisadora.
No princípio de tudo
"Choque de realidade" é o termo usado para esse sentimento entre os professores iniciantes, grupo em que a evasão costuma ser alta. A pedagoga Luciana França Leme se ressente da falta de pesquisas sobre a evasão docente no Brasil, mas avalia que uma das hipóteses para a desistência no começo da carreira é a exposição do professor iniciante às escolas mais vulneráveis. "Não é que o professor não tenha de ir para essas escolas, mas há uma relação entre perfil do alunado e as condições de trabalho docente."
Luciana aponta, ainda, as diferenças da evasão entre as áreas de conhecimento. Ela considera a hipótese de que os professores das áreas de exatas têm mais possibilidade de migrar para outras por conta de uma formação mais específica, que permite a aplicação dos seus conhecimentos em setores como o mercado financeiro. Já entre os licenciados em humanidades, a aplicação dos conhecimentos da graduação em outras áreas profissionais é, normalmente, mais restrita, com exceção do curso geografia, em que há maior possibilidade de os formados trabalharem em empresas de geologia.
Fabio Rodrigues exemplifica a questão. Ele sonhava com a carreira docente quando ingressou na licenciatura de matemática na USP, no final de 2010. Depois de lecionar em cursinhos e, ao longo de três semestres letivos, em estágios obrigatórios na rede estadual, já no último semestre da graduação conseguiu emprego como assistente financeiro em uma empresa de engenharia. Em 2011, migrou para a área de Tecnologia da Informação, onde segue trabalhando como analista e desenvolvedor de sistemas. "Eu já tinha conhecimento sobre desenvolvimento de sistemas porque tive algumas disciplinas da área na USP e fazia alguns cursos por curiosidade e também por hobby", diz.
Na outra ponta, Gisele Teodoro, formada em letras em 2008, migrou das aulas de inglês para o trabalho como telefonista bilíngue em uma empresa de mineração em Araxá. A desvalorização, o baixo salário e o excesso de trabalho fora da sala de aula foram os fatores para ela deixar o magistério. "Tanto o salário e os benefícios quanto a carga de trabalho bem menor são determinantes para que eu, pelo menos por enquanto, não tenha a menor pretensão de voltar para a sala de aula", diz.
Futuro em perspectiva
Professor do Programa de Mestrado em Administração Universitária da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e ex-diretor de Educação Básica Presencial da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Dilvo Ristoff pondera que em todas as profissões há evasão de profissionais. "O IBGE nos mostra que somente um terço dos engenheiros formados, por exemplo, atua como engenheiro e que apenas 75% dos médicos formados exercem a medicina", diz. O professor da UFSC faz a comparação com os professores de Educação Básica para concluir que, se em profissões com salários mais altos a evasão é expressiva, não surpreende, em sua opinião, que a evasão de professores formados seja alta. Além de uma renda maior, Ristoff lista algumas necessidades urgentes na carreira docente no Brasil: perspectiva de carreira, boas condições de trabalho e de formação, respeitabilidade social. "O professor, como todo ser humano, é movido por uma imagem de futuro que constrói para si. Se no seu trabalho ele percebe, dia após dia, que o seu futuro será uma réplica do seu presente - ou seja, no caso, tão ruim quanto o seu presente - ele desanima e, na primeira oportunidade, abandona a profissão", afirma.
A pedagoga Luciana França Leme ressalta que a solução de atratividade para a carreira docente pode ser alcançada a longo prazo, porque ela vai reverberar na questão social e na questão cultural quanto à imagem do professor. Na sua tese de mestrado sobre os ingressantes nas licenciaturas em matemática e física e em pedagogia na USP, os motivos para que os alunos apontassem dúvidas quanto a querer ser docente eram muito semelhantes nos três cursos. A questão salarial era a de maior influência, mas há outras. "Uma das razões mais pontuadas, no escore da pesquisa foi que os alunos seriam professores caso pudessem ingressar em uma escola reconhecida com bom projeto educacional", diz. Ela afirma que medidas pontuais para atrair docentes à Educação Básica não vão resolver o problema justamente pela atratividade ter muitos fatores conjugados.
Em 2010, a Fundação Carlos Chagas elaborou uma pesquisa para investigar a atratividade da carreira docente no Brasil pela ótica de alunos concluintes do ensino médio. Uma das autoras do artigo em que são apresentados os resultados da pesquisa, Patrícia Albieri de Almeida - pesquisadora da Fundação e professora da Universidade Presbiteriana Mackenzie - afirma que um fator determinante para a baixa atratividade à docência, presente no estudo, é o pouco reconhecimento social da profissão, no sentido de o magistério não ser entendido como uma carreira em que é necessário um conhecimento específico que a diferencia de outras formações. "Até mesmo como reflexo disso, muitos estudantes descartam a docência por acharem que não têm as características pessoais para isso. Esse fator aparece até mais forte do que a questão do baixo salário. É muito forte, em nossa sociedade, a ideia de que basta ter dom e vocação para exercer a docência", afirma Patrícia.
Professores em Déficit 
Para Mozart Ramos - professor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), membro do Conselho Nacional de Educação (CNE) e do conselho de governança do movimento Todos pela Educação -, a baixa atratividade à docência é o maior desafio, hoje, na educação brasileira. "É uma questão estratégica: ter bons alunos egressos do ensino médio para os cursos de licenciatura e, posteriormente, para a carreira do magistério é essencial", afirma. Em sua avaliação, são quatro as principais razões para a pouca atratividade à profissão: baixos salários - a média salarial no Brasil, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2009, citada por Mozart, é de R$ 1,8 mil; falta de plano de carreira e pouca expectativa de crescimento profissional; pouca conexão entre as licenciaturas e a Educação Básica; e más condições de trabalho. "As condições de trabalho são ruins tanto no âmbito das questões de violência, em sala de aula e fora dela, quanto na falta de insumos para que o professor exerça bem suas atividades", diz.
O problema da baixa quantidade de professores formados não é recente, segundo adverte Antônio Ibañez, conselheiro da Câmara de Educação Básica do CNE e professor aposentado do curso de engenharia mecânica da Universidade de Brasília (UnB). Quando era reitor da UnB, em 1991, ele constatou por meio de relatórios o pequeno número de professores licenciados em ciências exatas e naturais pela universidade nos 30 anos anteriores. "Eram poucos mesmo, menos de duas dúzias. Fiquei preocupado de como uma universidade importante tinha formado tão poucos professores para Educação Básica, algo que, constatei depois, era um problema generalizado em outros estados".
O CNE publicou um relatório em maio de 2007 que, por meio de uma simulação, quantificava os professores necessários para atender a todos os alunos que estavam matriculados no segundo ciclo do ensino fundamental e no ensino médio. "A conclusão foi que, sobretudo nas disciplinas mencionadas, faltavam docentes ou, então, as vagas eram preenchidas por professores que não tinham a qualificação específica ou a titulação necessária para a disciplina", diz Ibañez. A estimativa era de que havia demanda total por 106,6 mil professores formados em matemática e 55,2 mil em física e em química. Mas o número de licenciados entre 1990 e 2001 havia sido somente de 55,3 mil (matemática), 7,2 mil (física) e 13,5 mil (química).
A cada dez alunos ingressantes nas licenciaturas em física e em matemática da Universidade de São Paulo (USP), em 2010, cinco não queriam ser professores na Educação Básica ou não estavam certos sobre isso. Os dados são da tese de mestrado da pedagoga Luciana França Leme.
Desinteresse
Entre os licenciados em física no campus de Bauru da Unesp, entre 1991 e 2008, a maior parte chegou a dar aulas no ciclo básico - mas um terço desistiu da profissão. A constatação também é fruto de uma pesquisa de mestrado, de Sérgio Kussuda, sobre a escolha profissional dos licenciados em física na universidade. Entre 377 concluintes da licenciatura em física no período, a pesquisa teve a participação de 52 licenciados que responderam aos questionários. Entre eles, 32, em algum momento da carreira, lecionaram na Educação Básica. Segundo a apresentação da tese de Kussuda, uma das principais conclusões é que a falta de professores de física não se deve somente ao pequeno número de formados, mas, sim, à da evasão docente para outras áreas profissionais.
O estudo de Luciana também apontou que, entre os que se matricularam em pedagogia em 2010, 30% não queriam ou estavam incertos quanto ao ingresso na carreira docente. "A propensão a não ser professor entre os ingressantes em pedagogia é bem menor do que nas licenciaturas em física e matemática, mas não é um percentual desprezível", diz a pedagoga.
A pouca procura por cursos de licenciatura em geral e os baixos índices de formação, a propensão de parte significativa dos ingressantes nesses cursos para não seguir carreira docente e a evasão de jovens professores da Educação Básica são alguns dos principais fatores que, somados, resultam em um quadro de escassez docente. O desafio em atrair professores não é exclusividade do Brasil e, por enquanto, não tem afetado a rede privada de forma importante, embora gere algumas preocupações. O problema se agrava quando se observa que professores lecionam matérias para as quais não têm formação específica. "Dados demonstram que cerca de metade dos professores da Educação Básica são improvisados, isto é, não foram formados para ensinar o que ensinam", diz Dilvo Ristoff.
Vera Placco, professora e coordenadora do programa de pós-graduação em Educação (Psicologia da Educação) da PUC-SP, avalia que muitas das políticas educacionais para valorizar o professor e a educação não têm alcançado resultados concretos e desejados. "É preciso que o professor tenha uma formação continuada que possibilite a ele agir de forma mais atuante na sala de aula e na escola, participando da estruturação do currículo e do projeto político-pedagógico da escola", defende. Para ela, a preparação do professor para trabalhar com diferentes idades deveria ser aprofundada na formação continuada.
Dilvo Ristoff avalia que medidas importantes têm sido tomadas no sentido de valorização da carreira docente e consequente busca pela atratividade à profissão, como o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (Pibid), a lei do piso salarial e o Plano Nacional de Formação de Professores da Educação Básica (Parfor), do qual o programa de segunda licenciatura faz parte. "Mas são todas ações insuficientes: algumas são apenas pontuais e outras dependem da superação da crise sistêmica e do conflito de competências na Federação para o seu sucesso." Ao mesmo tempo que enfrentam as questões centrais, as instituições e o governo federal devem criar políticas focadas para formação de professores com ênfase especial nas áreas mais carentes. "Isso, no entanto, não deve significar desincentivo às demais áreas, pois temos carências em todas as disciplinas e em todas as regiões do país", diz.
Paula Louzano, professora da Faculdade de Educação da USP, destaca que a profissionalização do docente implica valorizar a ideia de uma profissão que deve ser ocupada por alguém que estudou devidamente para isso. "Se se concorda com essa ideia, então não dá para termos formação a distância - ninguém fala, por exemplo, em ensino a distância para formação de médicos. Não dá, portanto, para ser uma formação aligeirada." Segundo Paula, hoje 30% dos cursos de formação de professor no Brasil são a distância. Em 2006, eram 17%.
Um programa em estruturação do MEC, Quero ser professor, quero ser cientista, é voltado para as áreas de matemática, química, física e biologia, com estímulos a alunos do ensino médio para seguir carreira na área científica ou na docência na Educação Básica. O programa tem como meta atender 100 mil estudantes: serão incorporados, segundo o MEC, estudantes medalhistas de olimpíadas de matemática e de língua portuguesa, entre outras - não foram claramente definidos os critérios ainda. Professores que participarem do programa terão direito a bolsas e extensão na formação - o Quero ser professor... não pretende condicionar as bolsas e titulações de pós-graduação ao desempenho satisfatório dos estudantes, mas isso poderá ser decidido nos estados e municípios. A meta é oferecer dez mil bolsas Pibid. O MEC não informou se serão novas bolsas, somadas às que já são oferecidas pelo Pibid, ou se parte das bolsas já oferecidas serão destinadas ao programa - segundo a Capes, em 2012 foram oferecidas 40 mil bolsas Pibid para a categoria alunos de licenciatura. "As bolsas para motivar o estudante para ir para as licenciaturas concorrem com uma infinidade de outras bolsas. Por isso, não é mais um recurso tão atrativo", avalia Antonio Ibañez.
O conselheiro do CNE idealiza que a rotina dos professores de Educação Básica tenha similaridades com a dos professores universitários. "Eles têm uma carreira e sabem qual percurso têm para seguir", descreve. E defende que os professores possam fazer pesquisas sobre métodos e resultados da aprendizagem dos alunos, apresentando-os em congressos de Educação Básica, com uma dinâmica similar à que existe na educação superior. Flavinês Rebolo aposta em um cenário diverso do atual. "Um clima de escola com relações interpessoais harmônicas e equilibradas, com apoio mútuo entre os professores, possibilidades de trabalho coletivo, são alguns dos aspectos que podem tornar o trabalho mais satisfatório e prazeroso, e isso com certeza contribui para que o professor se mantenha na profissão. Mas é claro que não depende só de esforços das pessoas, é preciso ter políticas públicas que ofereçam espaços para os trabalhos coletivos e outro tipo de organização do trabalho dentro da escola. Isso, devagarzinho, está acontecendo", diz Flavinês.

A falta de atratividade das licenciaturas
O que pode agravar o diagnóstico do CNE feito em 2007 é que a procura pelas licenciaturas como um todo, no país, segue diminuindo nos últimos anos. Em 2005, foram 1,2 milhão de matriculados. Já em 2010, após uma queda verificada ano a ano, foram 928 mil matrículas. Os números foram processados e apresentados em novembro do ano passado em um artigo de Dilvo Ristoff em coautoria com Lucídio Bianchetti, também professor da UFSC, a partir de dados do Censo da Educação Superior. A queda contrasta com o número crescente de bacharéis e tecnólogos formados. "Os programas existentes da Capes, apesar de serem bons e necessários, não conseguem interferir na falta de atratividade das licenciaturas. As universidades precisam ajudar, redesenhando com coragem os seus projetos pedagógicos de licenciatura, entendendo que nesses cursos há que se preparar o futuro professor e não o bacharel", opina Ristoff.

"Eu já preparava aulas para qualquer disciplina"
William Rodrigues, deixou a docência para voltar à graduação
William Rodrigues se licenciou em história no campus de Assis da Universidade Estadual Paulista em 2010. Entre o último semestre da graduação e o início de 2012, foi professor da rede estadual de São Paulo na categoria "O" - regime de contratação por tempo determinado para atender necessidades temporárias, como substituição de docentes. "Muitas vezes eu dei aulas de matemática, física e inglês. E os alunos sabiam que eu era professor de história e que estava lá tapando um buraco, eles tinham total consciência disso", diz. De julho a dezembro de 2011, ele fazia uma espécie de plantão, esperando a falta aleatória de algum professor. Chegou, em uma semana, a dar 46 aulas. "Eu já preparava, em casa, aulas que pudessem ser ministradas para qualquer disciplina", diz. No início de 2012, William foi aprovado no concurso de docentes para um posto definitivo na rede estadual paulista. Mas preferiu desistir da carreira de professor e não assumiu o cargo. Na ocasião, estava se mudando para Foz do Iguaçu (PR), onde acabara de se matricular em uma segunda graduação, em relações internacionais, na Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila). Hoje, segue como estudante no segundo ano do curso.  William estava em Assis em maio, em férias do curso de RI, quando conversou por telefone com Educação. O contato com a cidade natal onde se licenciou na Unesp o fez pensar na possibilidade de voltar a lecionar. "Estava com muitas saudades daqui. Nesse último mês, senti muita falta das aulas: história me dá brilho nos olhos, é um curso com o qual eu queria trabalhar", afirma. "Acho que eu até voltaria a dar aula, tenho saudade da sala e do contato com os alunos. Ser professor é muito bom, não é ruim. O que é ruim é o descaso, é sair de casa e não conseguir trabalhar por falta de estrutura."

E na rede particular?

Amábile Pacios, presidente da Federação Nacional das Escolas Particulares (Fenep) e diretora do colégio Dromos, no Distrito Federal, não vê, até o momento, problemas expressivos de escassez de professores na rede particular de Educação Básica. "Mas acho que a rede poderá sofrer impacto no futuro, pois temos cada vez menos pessoas interessadas no magistério", prevê. "Precisamos de política pública, mas falta também reconhecimento da população. Há desprestígio e desqualificação do professor - e, em alguns casos, na particular é mais acentuado: quando, por exemplo, as famílias dão razão ao filho em detrimento de uma posição que um professor tenha assumido em sala de aula", avalia. João Carlos Martins, diretor-geral do Colégio Renascença, em São Paulo, e consultor educacional na rede particular, atua na gestão de colégios há cerca de 20 anos e também se preocupa com uma possível escassez docente no futuro. "Ainda temos um bom grupo de professores no mercado para educação infantil e educação fundamental 1, mas para fundamental 2 e ensino médio o quadro já está difícil", identifica ele. Ele avalia que muitos licenciados vão da graduação diretamente para a pós-graduação.

Ibope/Estadão: Dilma tem 30%, Marina 22% e Lula chegaria a 41%

Pesquisa aponta que presidenta despenca 28 pontos e disputa de 2014 fica mais competitiva. Marina iria para o 2º turno em todos os cenários.
José Roberto de Toledo - O Estado de S. Paulo
Pesquisa nacional Ibope feita em parceria com o Estado entre quinta-feira e domingo passados  revela um cenário bem mais competitivo da sucessão presidencial de 2014. No cenário com quatro candidatos a presidente, Dilma tem 30% das intenções de voto estimuladas, contra 22% de Marina Silva (sem partido), 13% de Aécio Neves (PSDB) e 5% de Eduardo Campos (PSB). Contra os mesmos adversários, Lula chegaria a 41%, e os adversários ficariam, respectivamente, com 18%, 12% e 3%. Por comparação, a taxa de Lula é 37% maior que a de Dilma.
Num segundo cenário, com cinco candidatos a presidente, Dilma fica com 29% das intenções de voto, contra 21% de Marina e 12% de Aécio. Os três perdem um ponto porcentual com a entrada no páreo do presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa. O magistrado chega a 6%, contra 5% de Eduardo Campos. Nesse segundo cenário, trocando-se Dilma por Lula, o candidato do PT cresce dez pontos e chega a 39%. Marina cai para 17%, Aécio permanece com 12%, Barbosa fica com 6%, e Campos cai a 3%.
No único cenário estimulado que é comparável ao da pesquisa Ibope/Estadão de março, Dilma despencou. Na simulação com quatro candidatos a presidente, ele caiu de 58% para 30% de intenção de voto estimulada. Ao mesmo tempo, Marina cresceu 10 pontos: de 12% em março, para 22% em julho. Aécio ganhou 4 pontos: de 9% para 13%. Campos oscilou de 3% para 5%. Também foi notável a expansão do voto nulo e branco. Entre março e domingo passado, a taxa dos que não votariam em nenhum dos candidatos testados dobrou de 9% para 18% - mais um reflexo do descontentamento dos eleitores com os políticos.
O crescimento de Marina e a queda de Dilma na pesquisa estimulada se explicam, em parte, pela inversão das preferências dos eleitores mais ricos. Entre os que ganham mais de 10 salários mínimos, a presidente caiu de 43% para 19% das intenções de voto, enquanto Marina pulou de 18% para 44%.
Espontânea. A primeira pergunta do Ibope sobre a sucessão pediu ao eleitor que dissesse em quem ele votaria se a eleição fosse hoje, mas não apresentou opções. Nessa resposta, dita espontânea, Dilma ficou com 16% das intenções de voto, contra 12% de Lula, 5% de Aécio, 4% de Marina, 3% de Joaquim Barbosa, 3% de José Serra (PSDB), 1% de Eduardo Campos e 1% de Geraldo Alckmin (PSDB). Outros 40% dos brasileiros não souberam dizer espontaneamente o nome de um candidato a presidente, e 13% responderam que votariam em branco ou anulariam. Demais nomes somaram 1%.
Em comparação à pesquisa feita pelo Ibope em março, Dilma perdeu mais da metade sua intenção de voto espontânea. Ela tinha 35% de citações na pesquisa anterior, contra 16% agora. A perda de eleitores coincide com a queda abrupta da popularidade da presidente após as manifestações de rua ocorridas desde junho. 
Metodologia. A pesquisa Ibope/Estado foi feita entre os dias 11 e 14 de julho. Foram entrevistados 2.002 brasileiros de 16 anos ou mais de idade em 140 municípios de todas as regiões do Brasil. A margem de erro máxima é de 2 pontos porcentuais, para mais ou para menos, em um intervalo de confiança de 95%. Isso significa que se a mesma pesquisa fosse feita simultaneamente 100 vezes, em 95 delas os resultados deveriam ficar dentro da margem.

Manifestantes ficam nus na Câmara Municipal

       Da Redação do CORREIO  
Os manifestantes colocaram alguns retratos de cabeça para baixo
e um deles segura o da ex-vereadora Manuela D´Ávila.
Um grupo de pessoas encontrou uma forma bastante irreverente para chamar a atenção das autoridades presentes na Câmara Municipal de Porto Alegre. Entre nus e seminus, os manifestantes ainda fizeram uma foto simbólica do ato e divulgaram em redes sociais. Pouco tempo depois, as fotos foram apagadas. O presidente da Câmara, Thiago Duarte (PDT), ficou surpreso com as imagens que viu na manhã desta quinta-feira (18). "Vamos apurar as circunstâncias em que elas foram tiradas, para decidir o que será feito a respeito. É um desrespeito à Casa do Povo, e aquele não é o povo de Porto Alegre, é apenas um grupo", disse ao G1 Rio Grande do Sul. A manifestação chegou ao fim no fim desta manhã e, pouco tempo depois, os projetos de passe livre e de abertura das planilhas das contas das empresas de ônibus foram protocolados pelos vereadores. Ao todo, cerca de 200 pessoas participaram do protesto. O acordo firmado entre as duas partes previa que estas pessoas deixassem o local ainda na noite da última quarta (17), oque não aconteceu. Nesta quinta, ainda existiam pessoas no térreo, aguardando que os parlamentares cumprissem o combinado. Na última quarta, a ocupação completou uma semana, oque causou paralisação no funcionamento da Casa. As atividades no Legislativo devem ser retomadas ainda nesta quinta-feira, de acordo com assessoria do local.

Médicos desistem de programa de Dilma

CLÁUDIA COLLUCCI – da FOLHA de S. PAULO  - com Colaboração de JOHANNA NUBLAT, da Sucursal de Brasília
A uma semana do término das inscrições do programa "Mais Médicos", bandeira do governo Dilma para levar profissionais da saúde ao interior do país, candidatos estão desistindo dele alegando falta de direitos trabalhistas. O governo argumenta que, por se tratar de bolsa de formação, ela não prevê hora extra, 13º salário e FGTS, mas que, como paga INSS, os médicos terão outros benefícios, como para a aposentadoria. Os profissionais receberão R$ 10 mil mensais, com jornada de 40 horas semanais, pelo período de três anos. "Não há direito algum. Fica complicado aceitar um trabalho nessas condições", diz o urologista Cesar Camara, 38, de São Paulo, que fez a inscrição e desistiu de efetivá-la.
As regras estão no edital do programa, que diz não haver vínculo empregatício. Mas a Fenam (Federação Nacional dos Médicos) entende que o governo está descumprindo as leis trabalhistas e vai orientar os sindicatos a entrar com ações na Justiça. "Esse programa é uma arapuca. Fere totalmente a legislação trabalhista", diz Geraldo Ferreira Filho, presidente da Fenam. Ele afirma que a entidade não desestimulou a inscrição porque, para muitos, o trabalho é uma "questão de sobrevivência". Para o advogado Otavio Pinto e Silva, professor da USP, a Justiça pode entender que a relação de trabalho prevista no programa configura emprego (por ser contínuo e com subordinação) e deve ser regida pela CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas). Parlamentares estão tentando incluir, na medida provisória que criou o "Mais Médicos", a previsão de um contrato de trabalho e de direitos trabalhistas para médicos que aderirem ao programa. Há propostas do tipo entre as 567 emendas apresentadas por deputados e senadores ao texto original, que está no Congresso há uma semana.
SABOTAGEM  
O Ministério da Saúde disse ontem que 11.701 médicos (2.335 com diploma do exterior) já fizeram a inscrição pela internet, mas não sabe quantas foram efetivadas com envio de documentos. Há também um movimento de boicote ao programa -- de médicos que pretendem efetivar a inscrição e desistir depois, para atrapalhar o cronograma e o recrutamento de médicos estrangeiros. O ministério disse estar fazendo um "pente-fino" entre os inscritos, com ajuda da Polícia Federal, para avaliar o real interesse do médico. "Não queremos ninguém que esteja fazendo qualquer tipo de sabotagem para atrasar um programa que visa oferecer médicos para a população", disse o ministro Alexandre Padilha. Os médicos também questionam as regras da ajuda de custo que o governo federal oferecerá aos profissionais, que pode chegar a R$ 30 mil, dependendo da região. Pelas normas do programa, na hipótese de desligamento voluntário em prazo inferior a 180 dias, o médico terá que restituir os valores. "E se o profissional não concordar com as condições de trabalho e quiser desistir? Conheço a politicagem no interior. O prefeito muda, o secretário da saúde muda. Se você não puxa o saco, fica em apuros", diz o psiquiatra João Mario Sales, outro que se candidatou e desistiu depois.

Tonho Coca lançará Livro

         
         O poeta Antônio Pedro Caldas, o popular Tonho Coca, lançará no dia 10 de Agosto o livro que reúne um conjunto de diversas obras suas, intitulado Coletânea dos meus versos. 
         O local de lançamento será na Quadra de Esportes de Cedro de São João, município sergipano e terra natal do poeta. Para brindar a noite de autógrafos, os cantadores Giló, o forró Casaca de Couro e o inconfundível Wilson Aragão. Socorro Caldas, Calango da EBDA e Jorge estão à frente dos preparativos e esperam a presença de vários amigos no evento. 
         Todos estão convidados para esta data que referencia um dos maiores poetas nascido sob as bênçãos do Rio São Francisco. 

Saiu a concorrência do concurso de Cícero Dantas

Concorrência para vagas na Prefeitura Municipal de Cícero Dantas

Concorrência para vagas na Câmara Municipal
Saiu a divulgação do quadro de concorrência para os cargos da Prefeitura Municipal de Cícero Dantas e também para a Câmara Municipal da cidade. O cargo mais concorrido na Câmara é o de Assistente Administrativo: 21 inscritos para 1 vaga. O menos concorrido para o Legislativo é o de Recepcionista: apenas 4 para uma única vaga. Para cargos da prefeitura, o mais concorrido é o de Auxiliar de Serviços Gerais, com 165 candidatos disputando uma vaga. O menos concorrido é o de Médico: só 5 se inscreveram para disputar 10 vagas. Confira toda a estatística nos quadros acima. As provas objetivas serão realizadas no dia 28 de julho. Ainda haverá prova prática para motoristas e prova de títulos para os cargos de nível superior e professores. O concurso terá validade de 2 anos e poderá ser prorrogado, uma vez, pelo mesmo período.

Informações do portal Jeremoabo Agora.

Pesquisa CNT: Marina Silva cresce, Dilma e Aécio despencam

FERNANDA ODILLA – da FOLHA DE SÃO PAULO
Com queda de quase 20 pontos, pesquisa indica Dilma com 33,4% das intenções de voto.
Marina Silva, da #REDE, disputaria o 2º turno com Dilma (PT).
Nova pesquisa de intenção de voto para a Presidência da República, divulgada nesta terça-feira pela CNT (Confederação Nacional do Transporte), aponta que a presidente Dilma Rousseff tem 33,4% das intenções de votos dos brasileiros. A queda é de 19,4 pontos percentuais na comparação com os números registrados na pesquisa anterior, divulgada antes dos protestos que se espalharam pelo país. Os números mostram que Dilma vem perdendo apoio dos eleitores e, se as eleições fossem realizadas hoje, o segundo turno seria inevitável. Em 11 de junho, a própria CNT mostrava que Dilma tinha 52,8% da preferência dos eleitores. Em julho de 2012, as chances da presidente se reeleger eram ainda maiores: Dilma tinha 59% das intenções de voto. Comparando-se com os números do mês passado, Aécio Neves (PSDB), principal candidato da oposição, em segundo lugar, oscilou de 17% para 15,2% das intenções de voto, Marina Silva (Rede) surgia com 12,5% em junho e agora com 20,7%. O governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), havia sido citado por 3,7% dos entrevistados e agora tem 7,4% das intenções de votos. As intenções de votos em Dilma despencaram e avançaram no caso de Marina e Eduardo Campos. A variação de Aécio permaneceu na margem de erro, que é de 2,2 pontos para mais ou para menos. A pesquisa foi encomendada pela CNT e realizada pelo instituto MDA Pesquisa. Foram entrevistadas 2.002 pessoas, em 134 municípios de 20 estados, das cinco regiões, entre os dias 7 e 10 de julho de 2013. Esses números são da pesquisa estimulada. Na espontânea, Dilma aparece com 14,8%, Lula com 10,5%, Marina com 5,9%, Aécio com 4,9%, Eduardo Campos com 1,4%, José Serra com 1,2% e o presidente do STF, Joaquim Barbosa, com apenas 0,7%. A pesquisa indicou ainda que Marina Silva capitalizou parte da intenção dos votos que Dilma perdeu. Também aumentou a rejeição dos políticos votos, medida pelo aumento de votos nulos e brancos, que saltaram de 8,4% para 17,9% em 30 dias. O Datafolha já havia indicado, no final de junho, que Dilma teria 30% das intenções de votos para a disputa presidencial de 2014, em um cenário de disputa que inclui Marina Silva (Rede), Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB). Nesta simulação, a petista tinha 51% das intenções de voto na pesquisa anterior, realizada nos dias 6 e 7 deste mês. Ou seja, a presidente perdeu 21 pontos em três semanas.
POPULARIDADE DO GOVERNO DILMA DESPENCA 
Um dia depois de rezar com evangélicos pelo "momento crítico" do Brasil, pesquisa aponta que a presidente Dilma Rousseff teve uma queda de 22,9 pontos na popularidade de seu próprio governo. É o que mostra a pesquisa divulgada nesta terça-feira (16) pela CNT (Confederação Nacional do Transporte). A avaliação do governo Dilma é positiva para 31,3% dos entrevistados, que classificaram a gestão como "ótima" ou "boa". Em junho, a soma de "ótimo" e "bom" era de 54,2%. A avaliação negativa subiu de 9% para 29,5%, se comparado os números do mês passado. A pesquisa mostra ainda que a queda na avaliação pessoal da presidente Dilma foi ainda maior. Em junho, 73,7% consideravam o desempenho pessoal de Dilma ótimo ou bom, agora o índice é de 49,3% de aprovação. Foram entrevistadas 2.002 pessoas, em 134 municípios de 20 estados, das cinco regiões, entre os dias 7 e 10 de julho de 2013. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos.
EFEITO DAS MANIFESTAÇÕES 
A pesquisa apresentou também a opinião da população a respeito das manifestações de rua que tomaram conta das principais cidades do Brasil, em especial no mês de junho. Cerca de 30,7% classificaram como negativa a atuação da presidente diante dos protestos e 24,6% avaliaram como positiva. Em relação a resposta do Congresso, 10,3% acharam positiva e 46,7% negativa. Dos entrevistados, 84,3% aprovam os protestos e 13,9% desaprovam. A maioria (58%), contudo, declarou não ter participado das manifestações e, tampouco, intenção de ir às ruas protestar. Também identificou, na opinião do povo, o alvo dos protestos, as principais reivindicações, os motivos do movimento, entre outros assuntos. A corrupção foi citada pela maioria dos entrevistados como a reivindicação mais importante e também como o motivo dos protestos.

Heliópolis não terá Unidade Básica de Saúde

Ainda não teremos unidades de saúde como esta.
Mais uma vez ficamos de fora. Quando se trata de saúde, Heliópolis é massacrada. No blog do Joílson Costa está a relação das cidades da nossa região que receberão UBS – Unidades Básicas de Saúde e os seus respectivos valores. São elas: 1- Adustina (1) R$ 406.000,00. 2- Antas (1) R$ 408.000,00. 3- Araci (12) R$ 5.104.000,00. 4- Cícero Dantas (6) R$ 2.448.000,00. 5- Caldas de Cipó (1) R$ 408.000,00. 6- Coronel João Sá (2) R$ 816.000,00. 7-Euclides da Cunha (5) R$ 2.040.000,00. 8- Fátima (2) R$ 816.000,00. 9- Itapicuru (2) R$ 816.000,00. 10- Nova Soure (2) R$ 816.000,00. 11- Pedro Alexandre (2) R$ 816.000,00. 12- Quijingue (4) R$ 1.632.000,00. 13- Ribeira do Pombal (8) R$ 3.368.000,00. 14- Santa Brígida (1) R$ 408.000,00. 15- Tucano (7) R$ 2.856.000,00. O Ministério da Saúde (MS) publicou portaria que indica as cidades que vão receber recursos para a construção de novas Unidades Básicas de Saúde (UBS). As informações foram publicadas no Diário Oficial da União, um dia após a pasta ter identificado as 264 cidades baianas que têm prioridade para receber médicos pelo programa Mais Médicos, inclusive Heliópolis, lançado na segunda-feira, 8 de julho, e que prevê a contratação de médicos para atuar em municípios com carência de profissionais. Araci e Ribeira do Pombal serão as mais agraciadas, com 12 e 8 unidades, respectivamente. Em Pombal, as unidades serão construídas em Tapera, Boca da Mata, Mocó, Curral Falso, Pedra, Vila Operária, Bairro Pedro Tibúrcio e uma na sede.

As informações são do portal do Joílson Costa, Rádio Pombal FM, com pesquisa no site do Ministério da Saúde.

Em Serrinha, tinha uma Sucuri no meio do caminho

Adriano quase perdeu sua bezerrinha!

O e-mail foi enviado a mim pelo meu amigo de longa jornada Josenilton. Mas não foi o autor da façanha. Ele recebeu um outro e-mail de Adriano Oliveira da cidade de Serrinha, onde nasci. Adriano disse que, como todos os dias faz pela tarde, foi apartar o gado e encontrou no meio do caminho uma cobra Sucuri que se preparava para engolir uma bezerra. “Mais um pouco eu tinha perdido minha bezerrinha... Graças a Deus cheguei a tempo.”. E ele ainda faz questão de dizer, numa atitude ecológica nobre, que não matou a cobra: “Devolvi pra natureza, deixei-a ir embora!”. Adriano Oliveira não perdeu tempo e tirou uma foto para não parecer história de fazendeiro, que é irmã das histórias de pescadores. “Só registrei para mostrar para vocês o que a fome não faz... Essa aí deve estar sem comer há meses.” E concluiu dizendo que era uma cobra Sucuri, encontrada no meio do caminho em Serrinha.

>>>Cheio de Arte: Educação: Conhecimento à venda?

Atenção professores, alunos, pais! Não deixem de ler o artigo do link abaixo. Imperdível!!!!
>>>Cheio de Arte: Educação: Conhecimento à venda?: Renato Nunes Bittencourt – da Revista FILOSOFIA Ciência & Vida – edição nº 78.                          

Prefeituras do País criam 64 mil cargos para nomeação política em quatro anos

Prefeitos incharam a máquina com aumento de 14% das vagas sem concurso nas 5.566 cidades brasileiras; uso dos postos como moeda de troca é recorrente. Em Heliópolis, cinco famílias de políticos ocupam mais da metade de todos os  cargos comissionados do executivo.
Com informações básicas de Daniel Bramatti e José Roberto de Toledo - de O Estado de S. Paulo
Prefeitos gritam por recursos, mas distribuem cargos em troca de votos.
Nos quatro anos de mandato entre 2008 e 2012, os 5.566 prefeitos do País criaram, em conjunto, 64 mil cargos comissionados – aqueles para os quais não é necessário fazer concurso público, e que costumam ser loteados por indicação política.
Esta semana, Heliópolis e mais alguns municípios da região receberam motoniveladoras (patrol) para melhorar a questão da buraqueira nas estradas municipais. Se o prefeito Ildinho não fizer como o Gabinete Odontológico Móvel, que está parado por falta de contratação de profissionais, a máquina cedida pelo governo federal vai ser de grande valia para os nossos heliopolenses. Para esta patrol, um funcionário foi treinado e deve ser contratado emergencialmente, caso não seja concursado na prefeitura municipal. No concurso que fará, o prefeito terá que incluir um novo cargo público: Operador de Motoniveladora. Quando o povo eleger um novo prefeito, ele não mais precisará contratar ninguém porque já há um funcionário especializado para operar a motoniveladora. Ocorre que não é assim que os prefeitos estão fazendo. Com a massiva abertura de vagas, o total de funcionários públicos municipais em postos de livre nomeação subiu de 444 mil para 508 mil. Juntos, eles lotariam os oito maiores estádios da Copa de 2014. Na semana que passou, milhares de prefeitos, que comandam essas máquinas municipais, muitas vezes infladas por loteamentos políticos, se deslocaram a Brasília a fim de pressionar a presidente Dilma Rousseff a liberar mais recursos.
Dados da Pesquisa de Informações Básicas Municipais, divulgada no início do mês pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelam que o porcentual de servidores não concursados é maior nas prefeituras pequenas – as mais dependentes de verbas federais e as que lideram o lobby pela ampliação dos repasses. Na média, as cidades com até 5 mil habitantes têm 12% de seu quadro ocupado por servidores comissionados. No restante do universo dos municípios, essa taxa cai para 8%. Em Heliópolis esta taxa está em torno de 10%, mas o problema é maior se incluirmos os contratados temporariamente. Pior, muitas vezes, 1 contratado fica encarregado de dividir seus salários com outro, ou até mais dois. Em Brasília, os prefeitos foram agraciados com o anúncio de R$ 3 bilhões em recursos extraordinários. Parte da plateia, porém, vaiou Dilma, pois queria a ampliação do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), principal canal de repasses federais para as prefeituras. O FPM é especialmente importante para os micromunicípios. A receita tributária própria, de impostos como IPTU, ISS e ITBI, chega no máximo a 3,5% do orçamento das cidades de até 5 mil habitantes, segundo estudo do pesquisador François Bremaeker, da Associação Transparência Municipal.
Uso político. Cargos de livre nomeação, em tese, servem para que administradores públicos possam se cercar de pessoas com quem têm afinidades políticas e projetos em comum. Na prática, no entanto, é corrente o uso dessas vagas como moeda de troca. Além de abrigar seus próprios eleitores ou correligionários, os chefes do Executivo distribuem as vagas sem concurso para partidos aliados em troca de apoio no Legislativo ou em campanhas eleitorais. Só para se ter uma ideia, em Heliópolis, cinco famílias de políticos ocupam mais da metade de todos os  cargos comissionados do executivo, sem levar em consideração os contratos temporários. Isso quer dizer que os prefeitos não podem alegar que o crescimento da máquina administrativa responde a pressões demográficas. De 2008 a 2012, o número de vagas para servidores sem concurso cresceu 14%. No mesmo período, a população brasileira teve aumento de apenas 2%. Enquanto as prefeituras abriam as 64 mil vagas, o governo federal, no mesmo período, passava a abrigar mais 493 servidores não concursados em seus quadros (aumento de 9%). A diferença de escala fica mais evidente quando se analisa o total de não concursados: o número é 85 vezes maior na esfera municipal que na federal (508 mil contra 5.930).
Fenômenos goiano e baiano. A onda de “carguismo” não se manifesta com a mesma força em todas as regiões. Os números do IBGE mostram que Goiás concentra sete das dez prefeituras com maior porcentual de não concursados na máquina administrativa. A primeira colocada é a pequena Vila Propício, no norte do Estado. Na esfera estadual, Goiás também lidera. Reportagem do Estado publicada em março mostrou que, em 2012, o governador Marconi Perillo (PSDB) abrigava em sua burocracia 10.175 funcionários sem  concurso, cerca de 10% dos servidores estaduais de todo o País nessa situação.
A Bahia, governada pelo petista Jaques Wagner, está em segundo no ranking em números absolutos, com 9.240 não concursados, sem falar nos contratos via REDA, temporários e terceirizados. Aqui, faltam funcionários públicos em todas as áreas. Médicos, professores, motoristas, auxiliares gerais, secretárias, zeladoras, merendeiras e tantos outros profissionais são contados nos dedos da mão numa repartição pública como concursados. Já os chamados contratos via REDA, temporários, terceirizados ou em cargos comissionados são a maioria. É só ter como base uma escola pública estadual como o José Dantas de Souza. Os cargos comissionados são três: Diretor e 2 vices, todos já nomeados. Funcionários efetivos são dez, entre auxiliares e professores. Entre contratados temporários, REDA e terceirizados o número está próximo de vinte. Já um Coordenador Pedagógico, concursado, com causa ganha na justiça que garante sua nomeação, aguarda pacientemente ser nomeado há meses.