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Poucas & Boas nº 110: Onde está a mudança?

Vem aí livro sobre a saída de Bell do Chiclete

Por Marconi de Souza Reis – transcrito do Blog Veja Iguaí
Bell Marques - ex- Chicleteiro
Encerrei o ano de 2002 atrás do trio elétrico do Chiclete com Banana, isto é, escrevendo uma série de denúncias envolvendo o grupo musical. Foi um escândalo aquelas reportagens! Mostrei que, por trás daquela bandana que o cantor Bell Marques carrega sobre sua cabeça, se esconde muito mais do que uma incômoda calvície – fraudes, sonegação fiscal, caixa dois e até exploração de talentos em proveito próprio.
A primeira reportagem foi publicada no dia 17 de novembro de 2002, no jornal A Tarde, com o título “Líder do Chiclete acusado de exploração”, com farta documentação ilustrando a matéria. Narrei o drama de Paulla Cristinny, nascida em Paulo Afonso, e que Bell conheceu em 1994, quando ela tinha 10 anos de idade e era vocalista da Banda Dissonantes. A garota era um talento que encantava a cidade!
Ele trouxe a menina para a capital baiana, para gravações na WR e, em 1996, criou a Banda Coxa Bamba. A família da garota veio junta e assinou um contrato com a Babell – empresa do grupo Chiclete com Banana –, na qual a garota teria direito a 50% da renda bruta e 60% dos direitos fonográficos ao longo de 10 anos. Paulla Cristinny foi elogiada na Rede Globo em cadeia nacional no Carnaval de 1998.
Mas a verdade é que nunca recebeu os 50% da renda bruta nos 47 shows que fez em quatro estados brasileiros. Recebia apenas cachês de R$ 100. Resultado: entrou com ação (16ª Vara Cível de Salvador) e o Chiclete com Banana apresentou uma relação de pagamentos num papel sem timbre e sem assinatura. Ridículo! E mais: se recusou a entregar o livro da contabilidade. Aí minha série de reportagens pegou fogo!
Um mês depois, eu trouxe outro personagem envolvendo o grupo. No dia 15 de dezembro de 2002 estampei a manchete “Jonne processa Chiclete por fraudes”, também com farta documentação. Ao longo de uma semana denunciei a sonegação fiscal, a prática de caixa dois e outras fraudes do grupo. E foram nessas reportagens que apareceu a empresa Mazana, do Chiclete, hoje estopim do rompimento do grupo.
João Fernandes da Silva Filho, o Cacik Jonne, ex-guitarrista da banda, ingressou com duas ações cíveis (23ª Vara Cível) e uma trabalhista. As denúncias provocaram grandes turbulências no grupo, a ponto de, seis meses depois (em junho de 2003), a Delegacia da Receita Federal concluir – no processo de Paulla Cristinny – que apenas 34% da renda bruta dos eventos do Chiclete com Banana estavam contabilizados.
O perito Alex Andrade (PJO – 2605) afirmou nos autos: “O cantor Bell Marques registra toda a sua movimentação financeira por meio de conta-caixa, apesar da existência de conta corrente bancária com um volume significativo de transação e que difere da conta-caixa em vários lançamentos caracterizando assim a ausência de conciliação”.
E mais: o perito constatou que na declaração de impostos de pessoa física, de 1997, Bell Marques afirmava ter um patrimônio de R$ 1,6 milhão e rendimentos tributáveis de R$ 67 mil (ganhava R$ 5,5 mil por mês), daí que pedia uma restituição da Receita Federal de R$ 961! No ano seguinte, Bell informava que seus rendimentos eram de R$ 75 mil (ganhava R$ 6,2 mil por mês), e queria a restituição em R$ 3 mil.
Em 1999, seus rendimentos tributáveis foram de apenas R$ 9 mil ao ano (ganhou cerca de R$ 750 por mês), e ele pedia R$ 559 de restituição à Receita Federal. Na minha reportagem, eu cheguei a perguntar se Bell Marques ainda era o cantor ou agora trabalhava como “cordeiro” de trio-elétrico, mas o editor cortou minha pergunta!
O perito constatou, ainda, que as declarações das empresas de Bell Marques (dos anos 90) foram retificadas em 25 de novembro de 2002, ou seja, uma semana após minha primeira reportagem. Um detalhe: o advogado de Bell Marques fez um acordo com a cantora Paulla Cristinny, para que os fatos não chegassem ao conhecimento da imprensa, mas eu furei o plano e publiquei tudo.
De lá para cá, tudo isso aí foi virando uma enorme bola de neve no Chiclete com Banana, principalmente porque os outros membros do grupo – inclusive os irmãos de Bell, Waldemar e Wilson Marques – abriram os olhos. E o grupo entrou em colapso, segundo me disse um empresário do ramo no início deste ano, informando-me que o rompimento era inevitável diante da insana contabilidade.
Enfim, a verdade sobre a saída de Bell Marques dificilmente será revelada pela imprensa baiana. Assim como nenhum jornalista tem coragem de escrever sobre um escândalo ainda maior envolvendo Ivete Sangalo e seu irmão Jesus Sangalo. Mas eu vou contar tudo no livro “ACM e Adriana – uma história de amor, traição e grampo”.
O Chiclete aparece no Capítulo 22, com o título “A banana do Chiclete”! Lá você vai ler a repercussão no grupo sobre a compra do jatinho de Bell, que custou R$ 17 milhões em 2010, e o que levou o grupo a vender a sua rádio recentemente por R$ 13 milhões!
Não posso adiantar nada agora porque ainda preciso de confirmações contundentes para o que me informaram. Aliás, minha marca no jornalismo foram os documentos – não havia reportagem minha sem documentação. Ademais, a última vez que falei com Jonne foi em 2006, quando ele estava aposentado pelo INSS, ganhando uma miséria que mal dava para pagar os remédios da sua grave doença!
Ele é portador de ataxia cerebelar, uma doença resultante de lesões que afetam o cerebelo, causando tremores no andar, na fala, na escrita, etc… E pergunto: como é que estão os processos de Jonne? Foram extintos? Algum advogado se vendeu? Olha, cadê essa imprensa de merda que não faz nada…
Bem, somente quando você comprar o meu livro vai saber a história completa do rompimento de Bell Marques com o Chiclete. Isso aqui foi só a introdução, o prelúdio, para evitar que o fã não fique tanto com cara de banana, mas o suficientemente esperto para parafrasear a canção: Se você é chicleteiro, Deus te perdoa. Se você não é, Deus tá “de boa”! Bom dia!
*Marconi de Souza Reis é escritor e jornalista na Bahia

Justiça condena ex-prefeito por desviar verba

Nem mesmo na hora da tragédia, o senso de humanismo penetra no coração de um político corrupto. No Brasil, um prefeito foi capaz de roubar uma população inteira, diante de uma catástrofe que matou 500 pessoas.
Dermeval Moreira: corrupto e insensível!
A Justiça Federal condenou o ex-prefeito de Nova Friburgo (RJ), Dermeval Barboza Moreira Neto, por improbidade administrativa pelo desvio de verbas públicas da União destinadas às famílias que perderam tudo durante a catástrofe de janeiro de 2011 na região serrana do Rio. A tragédia deixou mais de 500 mortos em Nova Friburgo e em Petrópolis. Na sentença, o juiz Eduardo Francisco de Souza determina que o político devolva aos cofres públicos cerca de R$ 940 mil, que equivale à multa de duas vezes o valor do dano. A decisão inclui ainda a suspensão dos direitos políticos por oito anos e a proibição de firmar contratos com o poder público, receber benefícios ou incentivos fiscais por cinco anos. É lamentável saber que a sentença não é final. Os condenados podem recorrer. Mesmo estando claro que a punição não foi devida. Um político desses deveria ser banido da vida pública e passar o resto da vida na cadeia.
Para assegurar o cumprimento da sentença, o juiz determinou o sequestro dos bens e o bloqueio das contas do ex-prefeito. Segundo o Ministério Público Federal, responsável pela ação civil pública que denunciou o caso à Justiça, o ex-secretário da Educação, Marcelo Verly Lemos, o ex-secretário de governo, José Ricardo Lima, e dois empresários, Adão de Paula e Alan Cardeck Miranda de Paula, estavam envolvidos nas fraudes e também foram condenados por improbidade. O município de Nova Friburgo recebeu da União R$ 10 milhões para custear ações emergenciais decorrentes da catástrofe. A prefeitura contratou então a empresa Adão de Paula Me por cerca de R$ 600 mil, sendo que R$ 171 mil foi desviado para o patrimônio da empresa, mediante desconto de um cheque na boca do caixa em junho de 2011. Além disso, serviços contratados de desinsetização, desratização e limpeza de reservatórios de água foram superfaturados e, muitas vezes, não foram sequer prestados. A investigação diz que a empresa recebeu até por serviços em escolas que não foram atingidas pela tragédia ou que não existiam mais. De acordo com o processo, os próprios empresários revelaram que dez dias antes da confecção dos orçamentos já haviam acertado as contratações com Dermeval Neto e José Lima.
O ex-secretário Marcelo Verly foi condenado ao ressarcimento do dano no valor de R$ 71 mil e teve seus direitos políticos suspensos por três anos, além de ter sido proibido de fazer contratos com o poder público ou receber benefícios fiscais por três anos. Já os empresários Adão de Paula e Alan Cardeck de Paula foram condenados à perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao seu patrimônio, além das mesmas punições sentenciadas ao ex-prefeito como a devolução aos cofres públicos de cerca de R$ 940 mil, que equivale a multa de duas vezes o valor do dano. O grupo é alvo também de processo criminal movido pela Procuradoria Regional da República da 2ª Região, no Tribunal Regional Federal do Rio, acusado de fraude em licitações, corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica. A denúncia foi feita pelo Ministério Público Federal de Friburgo, pela Controladoria Geral da União e por duas CPIs: uma na Assembleia Legislativa do Rio e outra na Câmara de Vereadores de Friburgo.

Informações da Folha de São Paulo.

Atrizes do elenco de "Amor à Vida" contra decisão do STF

ANAHI MARTINHO – da Folha de São Paulo
Rosamaria Murtinho, Carol Castro, Susana Vieira, Barbara Paz e Natalia Timberg 
postam foto de atrizes de luto pelo Brasil em protesto contra decisão do STF
     Bárbara Paz, Rosamaria Murtinho, Nathália Timberg, Carol Castro e Susana Vieira chamaram a atenção ontem ao aparecerem vestidas de preto em uma foto publicada no Instagram, sob a legenda "atrizes em luto pelo Brasil". As cinco atrizes, todas da novela "Amor à Vida" (Globo), usaram a rede social para mostrar indignação com a decisão do STF sobre o julgamento do mensalão. Segundo Rosamaria Murtinho, o elenco estava reunido gravando a cena de um casamento quando soube da decisão. "O Ary Fontoura terminou de gravar as cenas dele e eu pedi pra ele ver qual tinha sido o resultado. Ficou todo mundo indignado", contou a atriz. "Combinamos de ir de preto para mostrar nosso luto." Segundo a atriz, a decisão foi um desrespeito com o cidadão brasileiro. "Os cidadãos esperam que quando o STF julga um caso, se cumpra o que foi determinado". Indignada, a atriz, de 77 anos, relembrou um caso que marcou o início do processo. "Delúbio Soares, há uns seis anos atrás, quando foi descoberto, disse que o mensalão, depois de um tempo, viraria 'piada de salão'. Eles estavam tão certos da impunidade que fizeram piada com isso. E foi exatamente o que aconteceu", lamentou. "Isso parece coisa do tempo do golpe [militar]. Eles [ministros do STF] não servem pra nada? Então é melhor todo mundo pedir demissão e ir embora", encerrou Rosamaria, que acredita que o mensalão foi o pior escândalo de corrupção da república brasileira. "O tempo do Collor é fichinha." Susana Vieira, 70, também se manifestou em seu Twitter após a decisão do STF. "Estou passada com a decisão do STF!", tuitou. "Ministro Joaquim Barbosa, o senhor não está só. Estamos com você!", escreveu Susana, completando a mensagem com coraçõezinhos. Procurada, a atriz Bárbara Paz, que publicou a foto no Instagram, disse que já havia dito tudo o que tinha a dizer na rede social. As demais atrizes ainda não comentaram o assunto.

Superfaturamento em shows de artistas virou moda

AGUIRRE TALENTO e BRUNO BENEVIDES – da Folha de São Paulo
Governo do Ceará paga até oito vezes mais por shows de artistas de projeção nacional. Shows de artistas de projeção nacional custam até oito vezes mais quando são pagos pelo governo do Ceará.
A conclusão, com suspeita de superfaturamento, é do Ministério Público de Contas do Estado, que analisou shows contratados em 2011 pela gestão Cid Gomes (PSB). O festival "Férias no Ceará" bancou shows gratuitos, em Fortaleza e no interior, de nomes como Gilberto Gil, Vanessa da Mata, Nando Reis, Roberta Sá e Seu Jorge. Ao analisar os gastos, o Ministério Público apontou preços acima da média na contratação de 15 das 45 apresentações musicais no festival. O show de Jorge Vercillo, por exemplo, custou R$ 135 mil aos cofres cearenses. O cantor, contudo, havia se apresentado no mesmo ano em Itajaí (SC) por R$ 15,7 mil e, em Fortaleza, por R$ 35 mil. Zélia Duncan tocou por R$ 140 mil no festival, mas na Paraíba cobrou R$ 37 mil. A banda Jota Quest cobrou R$ 223 mil no Ceará e R$ 95 mil em Bonito (MS). Os outros shows pagos pelo governo cearense com suspeita de superfaturamento são de Biquini Cavadão, Skank, Kid Abelha, Lulu Santos, Paralamas do Sucesso, Cidade Negra e Jorge Benjor. Os gastos da gestão Cid com esses artistas somaram R$ 10 milhões, segundo o TCE (Tribunal de Contas do Estado). As diferenças entre os valores pagos pelo Ceará e o máximo desembolsado em outros Estados para apresentações desses mesmos artistas alcançaram um total de cerca de R$ 1 milhão. Seria esse, então, o valor superfaturado, segundo o levantamento dos promotores. Outros shows já motivaram controvérsia no governo Cid, que contratou Ivete Sangalo por R$ 650 mil para inaugurar um hospital e pagou R$ 3,1 milhões ao tenor Plácido Domingo na abertura de um centro de eventos. Esses dois casos, contudo, não envolvem suspeitas de superfaturamento.
INVESTIGAÇÃO 
O Ministério Público de Contas, órgão ligado ao TCE, encaminhou o relatório ao tribunal, que analisa o caso, e pediu que o processo seja transformado numa tomada de contas especial. Isso ocorre quando conclui-se pela necessidade de aprofundar a investigação, iniciada em 2011. Ainda não há resposta ao pedido. Para o Ministério Público, o governo do Ceará não apresentou justificativas suficientes para os preços dos shows. Em muitos casos, apresentou só uma cotação, e de períodos em que os shows são mais caros, como no Réveillon. "Resta evidenciada a malversação dos recursos públicos ao realizar contratações de artistas com valores que extrapolam a razoabilidade estipulada pelo mercado", diz o relatório do Ministério Público, finalizado na semana passada.

Professor de Filosofia mata a mãe

Ele confessou que passou sete vezes com o carro pelo corpo da mãe
Da Redação do CORREIO

Fábio Augusto: sem remorso
O professor universitário Fábio Augusto Antea Rotilli, 33 anos, foi preso em flagrante acusado de matar a mãe atropelada na BR-316, próximo ao município de Satuba, em Alagoas.  Fábio, que ensina filosofia na Universidade Federal de Alagoas (Ufal), passou diversas vezes com o carro dele, um New Beetle preto, por cima do corpo de Alda Marina Antea, 62 anos, no fim da tarde de quarta-feira (18). Ele havia saído do campus da Ufal de Arapiraca e seguia junto com a mãe e uma amiga para Maceió. Testemunhas contaram à Polícia Rodoviária Federal (PRF) que a senhora desceu do carro e, enquanto passava pela frente, o professor arrancou com o veículo.  “O homem disse que estava vindo no banco do carona e ia assumir a direção. Enquanto a senhora saiu para passar para o banco do carona, ele acelerou e ela caiu na frente do veículo com o impacto da porta. Ele aproveitou a queda e passou diversas vezes por cima do corpo num acesso de fúria”, afirmou um policial ao portal G1.  Depois de matar a mãe, Fábio seguiu em direção a Maceió pela BR-316. Ele parou o carro em um posto da PRF, apresentou-se e confessou o crime. Em entrevista ao Tribunal Hoje, o professor declarou que tentou estrangular a mãe com o cinto de segurança do veículo, mas ela teria conseguido se libertar e desceu do carro. Fábio disse ainda que passou sete vezes pelo corpo da mãe.  Sem demonstrar arrependimento, ele alegou que nunca havia recebido carinho da mãe. "Não estou arrependido. Fiz na hora certa. Viver sem amor é muito ruim", afirmou.  Alda morava no Paraná e estava em Maceió para passar alguns dias com o filho. O professor foi autuado em flagrante por homicídio qualificado.

Corpos de desaparecidos há 40 anos são achados em lago

Um dos carros é um Chevrolet Camaro 1969 e o outro um Chevrolet 1952
Folhapress – Via CORREIO

Carros estavam a 3,7 metros de profundidade (Foto: Reprodução/Daily Elk Citian)
Dois carros, enferrujados, cobertos de lama e com até seis corpos em seus interiores, foram retirados do fundo de um lago em Oklahoma, nos Estados Unidos. A polícia descobriu os carros acidentalmente na terça-feira (17), quando radares utilizados para outra tarefa marcaram a localização deles no fundo do lago Foss, a cerca de 240 quilômetros de Oklahoma.  Os investigadores acreditam que um dos carros pode ser de um adolescente que desapareceu junto com dois amigos em 1970. O outro veículo poderia estar ligado ao desaparecimento de um homem no final dos anos 60, de acordo com informações da imprensa.  Um dos carros é um Chevrolet Camaro 1969 e o outro um Chevrolet 1952. Ambos estavam a 3,7 metros de profundidade. O Camaro supostamente pertencia a Jimmy Williams, 16, que foi visto pela última vez em 20 de novembro de 1970. Os outros corpos no veículo seriam de Thomas Rios e Leah Johnson, de 18. Já no segundo carro estavam os corpos de mais três pessoas. Debbie McManamman disse acreditar que seu avô, John Alva Porter, 69, estava dentro de um dos veículos. John Porter estava viajando em um Chevrolet verde com o irmão, Alrie Porter, e uma amiga, Nora Marie Duncan, 58, em 8 de abril de 1969, quando desapareceram, segundo informações do Sistema Nacional de Pessoas Desaparecidas e Não Identificadas. “Ele simplesmente desapareceu”, disse a neta de Porter.  “Seu dinheiro estava no banco, sua casa, intacta.” Médicos forenses disseram a jornais locais que a perícia para determinar a identidade das pessoas e a causa da morte pode levar “de dias a anos”, dependendo da condição dos corpos.

Curtas & Boas da Semana

Toinho de Dorinha condenado
Toinho de Dorinha: problemas com o Ministério Público
O ex-prefeito de Poço Verde Antônio de Dorinha foi condenado em ação de improbidade administrativa patrocinada pelo Ministério Público de Sergipe. A sentença, datada de 9 de Setembro último, impõe fortes multas e devolução de todo prejuízo, em dobro, sofrido pela municipalidade. Toinho contratou servidores e renovou os contratos seguidas vezes, não realizando Concurso Público para suprir a necessidade. Com a condenação, Toinho de Dorinha teve também seus direitos políticos suspensos por 5 anos. Isso poderá afetar significativamente sua campanha para Deputado Estadual. À decisão do Juiz de Poço Verde cabe recurso.
Na Bahia, tudo numa boa!
A condenação dada a Toinho de Dorinha está longe de ser uma injustiça, mas se ele fosse prefeito na Bahia jamais seria condenado. Minto, sequer teria um processo aberto por contratação irregular. É que aqui a coisa é mais devagar. Só agora temos um promotor que está verdadeiramente trabalhando. Na minha terra, há promotores que dizem “dever favores a políticos” e nada contra prefeitos aliados é julgado. Tudo ia para a gaveta. A festa que os prefeitos fizeram nos últimos anos do governo do PT baiano foi quase um orgasmo da imoralidade. As Leis foram substituídas por um “quem manda é o homem”. Quem fez denúncias contra chefes políticos está até hoje aguardando já sem esperanças, isso na maioria esmagadora das Comarcas. Só para se ter uma ideia, um processo aberto contra a coligação que elegeu o ex-prefeito de Heliópolis foi arquivada este mês, cinco anos depois, com a alegação de que a parte denunciante não conseguiu provar o denunciado. O Ministério Público eleitoral da época nem sequer apurou o fato.
Construção da Creche
O absurdo da Justiça baiana chega ao ponto de ter um processo aberto há mais de dois anos, que corre, ninguém sabe por que motivo, em segredo de justiça, sem uma definição. O processo foi provocado pelo proprietário de uma construtora que, não aguentando mais dar propina, abriu o bico e, usando a delação premiada, denunciou o ex-prefeito de Heliópolis. A obra teve sua construção embargada, fizeram outra licitação e até hoje ainda não está concluída. Isso tudo corre na Justiça e envolve mais de 1 milhão e 300 mil reais. Dizem que há fortes políticos segurando a sentença. Há quem diga que não sairá resultado algum antes de 2015. Há políticos que não querem perder nenhum voto para garantir a continuação do legado. E se perder, o vencedor pegará uma herança maldita.
Superfaturamento educacional
Como é sempre bom avisar aos amigos sobre problemas futuros, chamo a atenção de uma diretora de um colégio, pessoa muito gentil e prestimosa, que há um zunzunzum com as compras feitas na última remessa de verbas destinadas ao aparelhamento patrimonial da escola. Foram comprados 02 aparelhos de ar condicionado de 9 mil BTU´s, por mais de 1 mil e 300 reais cada, 10 ventiladores grandes, por mais de 180 reais cada, e um liquidificador industrial com 10 litros, por mais de 900 reais. Se os números conferem, há superfaturamento. O preço médio por aí é de 1 mil para os aparelhos de ar, 600 para o liquidificador (inox) e 100 para os ventiladores. Vamos ver quem será capaz de aprovar estas contas!
Liga Esportiva Heliopolense
Os vereadores das Comissões da Câmara Municipal de Heliópolis já deram o Parecer favorável ao Projeto da vereadora Ana Dalva, que cria a Liga Heliopolitana de Desporto. Mesmo assim, Ana Dalva não quer colocar em votação antes de colher contribuições do maior número de desportistas possível. Já está com os convites prontos para uma reunião dia 28 de Setembro, na Câmara Municipal, com a maioria daqueles que tem ligação ou desenvolve atividades esportivas no município. Depois disso, com as possíveis emendas em mãos, colocará o Projeto em votação.
Boa desculpa 
O Secretário de Administração e Finanças da Prefeitura Municipal de Heliópolis escapou de ser sabatinado na Câmara Municipal. É que Ivan Fonseca, irmão do secretário, sofreu um acidente numa viagem a Salvador. O acidente não foi grave. Segundo informações, houve fraturas em uma das mãos, mas Ivan está fora de perigo. O acidente, que ocorreu no domingo, serviu como uma boa desculpa para o secretário ficar longe da Câmara Municipal, pelo menos por mais uma semana. Já que há esta interação fraterna, o bróder da secretaria poderia aproveitar para se aconselhar com o mano acidentado, que parece ter um pouco mais de juízo político.

PT vê articulação política frágil e entrada de Campos como obstáculos para 2014

Dilma e o antecessor almoçaram juntos nesta quinta no Palácio da Alvorada para avaliar o cenário da sucessão. PSB deve entregar cargos.
Tania Monteiro - O Estado de S. Paulo
Eduardo Campos - Governador de Pernambuco - é o grande problema do PT
A presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva almoçaram nesta quinta-feira, 9, juntos, no Palácio da Alvorada, para discutir o cenário de 2014 já considerando a candidatura do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB). A ordem é tentar pacificar o quanto antes disputas locais com o PT e aliados que possam ter implicações nacionais e melhorar a articulação política com parlamentares que serão potenciais candidatos. Foi feito um diagnóstico de que a articulação política da presidente com o Congresso segue frágil e o relacionamento com os parlamentares, considerados correia de transmissão de popularidade da presidente nos grotões, precisa melhorar. O almoço contou com a presença do presidente nacional do PT, Rui Falcão, e do ministro Aloizio Mercadante (Educação), cotado para coordenar a próxima disputa presidencial. Dilma, que desde o início do ano passou a se relacionar diretamente com prefeitos, na tentativa de se livrar de chantagens e pressões dos parlamentares a cada votação, foi advertida de que a estratégia não deu certo. Por isso, a partir de agora a presidente passará a agradar aos parlamentares com convites para viagens às suas bases eleitorais, informações sobre liberação de recursos para prefeituras, permitindo que eles possam também capitalizar politicamente benefícios para os municípios. Será feito ainda um levantamento sobre as emendas que poderão ser liberadas.
Campos - A candidatura de Eduardo Campos foi um dos principais temas do almoço. Há uma divisão na cúpula petista sobre o que fazer em relação aos cargos que o PSB detém no governo. Lula defende que o ônus de permanecer como aliado do governo federal é de Campos e, por isso, prega a "conciliação", lembrando que cabe ao governador demonstrar coerência política. O governo federal não teria nada a perder. No Planalto, no entanto, há quem defenda que os cargos de Campos sejam retirados desde já, levando o partido para a oposição, a fim de atender a demandas de aliados sedentos por cargos para continuar apoiando o governo e a reeleição. Integrantes da Executiva Nacional do PSB foram convocados pelo presidente da legenda, governador de Pernambuco, Eduardo Campos, para reunião extraordinária a fim de decidir sobre a permanência da legenda no governo Dilma. Segundo membros da cúpula do partido ouvidos pelo Broadcast Político, a "tendência" é que o PSB entregue os cargos. A reunião ocorrerá nesta quarta-feira, 18, em Brasília. A decisão foi tomada em almoço realizado na tarde desta terça-feira, 17, na capital federal, que também contou com a participação dos governadores Renato Casagrande (Espírito Santo) e Ricardo Coutinho (Paraíba), dos líderes do PSB no Congresso e de alguns dirigentes da legenda.
Discórdia - O PT está preocupado com palanques da eleição do ano que vem em vários Estados e, apesar dos problemas no Congresso, quer tentar usar os parlamentares e os prefeitos para darem capilaridade ao projeto da reeleição. Um dos dados avaliados pelos petistas, com base em uma pesquisa qualitativa realizada pelo partido recentemente, mostrou que apesar de a oposição ter aproveitado o 1.º de Maio para abordar o aumento da inflação e criticar o governo, os adversários políticos ainda estão sem discurso. Os petistas estão convencidos de que, apesar da subida da inflação, a percepção da população é de que há uma sensação de bem estar nas famílias e que o lento ritmo do crescimento econômico ainda não os afetou. No programa do PT veiculado nesta quinta em rádio e TV, o ministro Guido Mantega (Fazenda) foi encarregado de enfatizar que o governo "continua a baixar a inflação de forma implacável". 
Prefeitos - Estratégias já adotadas por Dilma foram reavaliadas pelo núcleo político do PT ontem. Uma delas é a articulação pessoal com prefeitos. Em eventos recentes, Dilma passou a entregar ônibus escolares e retroescavadeiras aos prefeitos. Isso irritou congressistas que vão se candidatar em 2014. Dilma também distribuiu "mimos" no Nordeste para golpear prováveis rivais. O gesto foi considerado contraproducente.

Deputadas do PT e PSOL cobram 'caixinha' de funcionários

Inês Pandeló - praticando "filantropia" no PT
Desembargador confirma condenação de Inês Pandeló, que exigia parte dos vencimentos dos servidores do Legislativo a título de "filantropia". Janira Rocha, do PSOL, enfrenta investigação com acusações semelhantes. Um mau presságio para a deputada estadual Janira Rocha e todo o PSOL do Rio: a Justiça fluminense confirmou, em segunda instância, a condenação da deputada Inês Pandeló, do PT, por improbidade administrativa. Ela cobrava parte dos salários dos servidores de seu gabinete a título de “filantropia”. O desembargador Custódio de Barros Tostes manteve a condenação de Inês Pandeló, atendendo a um pedido do Ministério Público do Estado (MP). A ação civil pública aberta pelos promotores afirma que Inês Pandeló “se apropriava de parte do subsídio de seus assessores parlamentares em benefício próprio”. Segundo a versão da parlamentar petista, os recursos seriam enviados para instituições filantrópicas. Uma nota divulgada esta tarde pelo MP informa que, a partir de agora, Inês Pandeló passa a ter seus direitos políticos suspensos por cinco anos. Além disso, terá de devolver os valores obtidos indevidamente.
PSOL – Janira Rocha responde a duas acusações. Uma, a de realizar o que o partido chamou de “cotização”, ou seja, o recolhimento compulsório de parte dos salários dos servidores do gabinete, supostamente com destino  ao caixa do PSOL. Ela também é acusada de realizar caixa 2 para a campanha de 2010 e de omitir recibos com gastos referentes àquela eleição. Janira deixou a presidência regional do partido e enfrenta, na corregedoria da Assembleia Legislativa, uma investigação sobre as irregularidades.
Informações: Veja.com

True Love - S.O.J.A. (Bass cover) - Pétala Bass


Para esquecer um pouco os nossos problemas, vejam o desempenho de minha filha Pétala tocando um cover de S.O.J.A. Este vídeo já foi visto por mais de 40 mil pessoas no YouTube.

Médicos cubanos atuarão em postos sem banheiro e com trincas

DANIEL CARVALHO, NELSON BARROS NETO, PAULO PEIXOTO e FELIPE BÄCHTOLD – da Folha de São Paulo.

Caixa de medicamentos no chão do setor de armazenamento do posto de saúde de Barreira, em Araci (BA)
(foto: Nelson Barros Neto/Folhapress)
Infiltrações, rachaduras, mofo, estruturas enferrujadas, equipamentos quebrados, salas improvisadas, banheiros interditados e remédios jogados ao chão fazem parte do cenário que os médicos cubanos encontrarão na semana que vem em unidades de saúde de diferentes municípios do país. A situação foi flagrada pela Folha em postos de saúde de cidades da região metropolitana de Porto Alegre e do interior de Minas Gerais, da Bahia e de Pernambuco. O governo federal diz que irá bancar a reforma das unidades. Os locais visitados pela reportagem fazem parte do grupo de 206 municípios, de 18 Estados, que irá receber os primeiros médicos cubanos. São localidades que foram rejeitadas por profissionais brasileiros e demais estrangeiros na primeira fase do programa voltado para reduzir o déficit de médicos no interior e nas periferias. Essas realidades revelam municípios na contramão das regras do Mais Médicos. Em julho, quando anunciou o programa, o Ministério da Saúde apontou como responsabilidade das prefeituras o fornecimento de "condições adequadas" para o trabalho dos médicos" participantes do programa federal.
Entre as exigências aos municípios estão postos e unidades de saúde "com segurança e higiene", "fornecimento de equipamentos necessários", "instalações sanitárias" e "mínimas condições de conforto para o desempenho das atividades" médicas. Um contraexemplo do que está no papel é Frei Miguelinho, no agreste de PE. A mesa reservada ao médico cubano está enferrujada, assim como a escadinha usada pelos pacientes para alcançar a mesa de exames. No local, a geladeira que deveria guardar vacinas está quebrada há seis meses, e os dois banheiros não têm água há pelo menos um ano. O jeito então foi improvisar: a água para descarga fica em baldes destampados na sala da enfermeira. E esse mesmo banheiro também é usado como depósito para materiais de limpeza. A situação não melhora na minúscula unidade de apoio, a 7 km do posto de saúde principal do distrito de Capivara. Lá, as vacinas chegam em isopor porque, como um cartaz na porta avisa, a geladeira está desativada. Além da estrutura, o acesso a postos de saúde na zona rural será um problema para os cubanos. Na última quinta-feira, por exemplo, a Folha não conseguiu chegar ao posto na zona rural de Salgadinho (PE). Chovia, e a estrada de terra que leva à unidade estava intransponível. "A estrutura não está conservada. A manutenção não vinha acontecendo há anos", diz Fátima Lopes, secretária de Saúde de Passira (PE), cidades que receberá três cubanos e cujos postos têm sinais de mofo e infiltrações.
Na Bahia, na unidade de um distrito de Araci, a última faxina foi há três meses. Equipamentos estão quebrados, e a sala de armazenamento de remédios tem caixas acumuladas no chão. "Toda semana a gente tem ao menos um dia sem água. Não tem ambulância. O desfibrilador não está funcionando. Se chegar alguém com parada [cardiorrespiratória], a gente vai orar, e só", diz a médica Tamillys Figueiredo, 26. Estrutura precária também é realidade na unidade de Campo de Santana, distrito da mineira Prudente de Morais (MG). O médico cubano encontrará um posto deteriorado, com partes das paredes e do teto sem reboco e com trincas que assustam moradores e funcionários. O posto funciona há 20 anos em uma casa da prefeitura. "É uma precariedade danada em relação às novas unidades. A gente reconhece", disse o secretário local de Saúde, Deivisson Melo. Em Sapucaia do Sul (RS), o cubano atuará em um posto que funciona em um puxadinho de uma escola municipal. O espaço é apertado, e a estrutura, escassa: três salas, um ambulatório, uma sala de vacinas e uma cozinha. Segundo o Ministério da Saúde, todas as unidades onde atuarão profissionais do Mais Médicos irão receber recursos para requalificação até o fim de 2014. O governo promete R$ 15 bilhões. As prefeituras admitem os problemas de estrutura e dizem que aguardam ajuda federal para resolvê-los.
Sala improvisada em garagem em Santa Maria do Cambucá (PE)
(foto: Bernardo Dantas/Folhapress)
Posto de saúde em Araci está há três meses sem faxina 
No aguardo de médicos cubanos, que chegam na semana que vem a Araci (BA), o posto de saúde da família do distrito de Barreira teve a última faxina em junho, os equipamentos estão quebrados e a sala de armazenamento de remédios tem caixas espalhadas pelo chão. "A gerente é a enfermeira. Uma boa gerente, diga-se de passagem", diz a médica local Tamillys Figueiredo, 26. Ela rotula as condições da unidade como "terríveis". "Toda semana a gente tem ao menos um dia sem água. Não tem ambulância. O desfibrilador não está funcionando. Se chegar alguém com parada [cardiorrespiratória], a gente vai orar, e só", diz a médica. A Folha visitou o local na quinta-feira passada (12). Na fila de atendimento, beneficiárias do Bolsa Família se preocupavam sobre como será a comunicação com o médico novato. "Vai ser difícil, mas prefiro esperar ele chegar para saber se será bom", disse a dona de casa Joana Silva, 36, que recebe R$ 134 da bolsa federal. O secretário de Saúde de Araci, João Batista, diz que o posto foi aprovado na visita de representantes do ministério, também na quinta-feira. No município vizinho de Tucano, o a unidade de saúde do povoado de Rua Nova, também na zona rural, não conta com salas da gerência e de inalação coletiva, de acordo com as funcionárias Luciana Alves, 26, e Eliana Matos, 29. Embora a unidade se mostrasse em melhor estado, fruto de uma reforma em 2011, a prefeitura não autorizou o registro de imagens do local. A enfermeira tenta fazer o papel de médica da região. Aos 25, a secretária de Saúde do município, Isis Miranda, diz que os três postos que serão ocupados cubanos estão "todos ótimos". A Bahia é o terceiro Estado que receberá mais profissionais do programa (45), atrás de Pará e Amazonas. O Ministério da Saúde diz que serão investidos R$ 15 bilhões até 2014 na expansão e melhoria da rede pública de saúde do país. Segundo a pasta, a unidade de Araci, uma das visitadas pela reportagem, deve passar por ampliação no valor de R$ 76.725,00.