Exclusivo!

Poucas & Boas nº 110: Onde está a mudança?

Edmeia Torres, Chapa 1, pode concorrer sozinha ao STRH

Edmeia Torres pode ser candidata única ao STRH
A eleição do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Heliópolis está indefinida. A Comissão Eleitoral, pressionada pelas Chapas 1 e 3, que tiveram os seus registros indeferidos, resolveu também indeferir o registro da chapa de Juarez Carlos. Esta última estava com um associado inadimplente, mesmo caso da chapa 3. A chapa 1 também foi impugnada por apresentar nome para a Secretaria da Juventude com idade de 32 anos, o limite. Para a Comissão Eleitoral, ela só tem 32 anos até o dia que completa os 32 anos! No dia seguinte já são 32 anos e um dia! A chapa substituiu o nome de Rubismara pelo de Márcio Serafim e foi dado como inadimplente. A Comissão eleitoral nem mesmo esperou o prazo de impugnação e já indeferiu toda a Chapa 1. Seria trágico se não fosse cômico. Fato é que, sem chapas para concorrer, virou um imbróglio jurídico. Está marcada para o dia 15 de Dezembro e não há ninguém concorrendo. Isso só ocorre na Bahia, e, em especial, em Heliópolis.   
A esperança será a medida judicial que Dra. Thais da Paixão e Dra. Teresa Cristina deram entrada na Justiça do Trabalho, em Euclides da Cunha, pedindo o deferimento do nome de Rubismara, Secretária da Juventude da Chapa 1, e consequentemente de toda a CHAPA. Ela deve acrescentar os últimos fatos ao documento, que deverá ser analisado na semana que vem, para que o juiz tome a decisão mais sábia. É possível imaginar que o magistrado possa manter o direito de a Chapa 1 concorrer. Dessa forma, poderá estar sozinha na eleição
O que se percebe é que Juarez não quer disputar porque pensa que perderá a eleição. Na dúvida, quer melar o processo para ver se consegue concorrer sozinho. Prova disso foi um acordo solicitado pela Comissão Eleitoral. Todas as chapas seriam validadas e o processo eleitoral seguiria normalmente. A Chapa 1 e a Chapa 3 aceitaram, desde que fosse criada uma Comissão Eleitoral Especial, com 1 membro de cada chapa, para assessorar todo o processo. Além disso, ambas as chapas pediram o afastamento imediato do Dr. Joel, que, segundo os concorrentes, vem melando todo o processo com artimanhas que beneficiam tacitamente a Chapa 2. Está claro que Juarez Carlos não aceitou e a Chapa 1 vai continuar com o processo na justiça e pode virar chapa única.
Verdade x Política
Não esperem compreensão de um grupo de políticos que vivem do sangue do poder. São carrapatos e não possuem a mínima consciência política. Inconformados com a chuva de insatisfação que paira sobre o governo de Ildefonso Fonseca, colocaram em cena uma prática que eles acham infalível: desqualificar o denunciante. Elegeram o professor Landisvalth Lima e a vereadora Ana Dalva como os vilões da história. Vivem por aí espalhando boatos estarrecedores. Este professor é um condenado, deve mais de 20 mil ao ex-prefeito, tem filho drogado, vai ser processado e há até ameaças de morte. De Ana Dalva falam que abrirão processo envolvendo o carro da Câmara e que vão cassar o mandato dela etc. Eles não escrevem em nenhum lugar. Não colocam os nomes de ninguém. Apenas espalham a notícia nos bares e esquinas da cidade. Sempre haverá alguém que, por motivos vários, acredita. Essa boataria não tira meu sono. Uma vez chegaram a dizer que uma filha minha havia sido presa envolvida numa quadrilha de traficantes. Na hora exata em que disseram que ela estava presa, estudava em sala de aula na universidade. O que verdadeiramente me dá dor de cabeça é a administração municipal, que parece não desejar uma transformação, e o silêncio dos que estiveram em minha casa pedindo renúncia de Ana Dalva à candidatura a prefeito e apoio a Ildinho Fonseca, prometendo lutar conosco para que Heliópolis voltasse a sorrir. Alguns deles chegam até a afirmar que evitam falar comigo. Um até afirmou: “Landisvalth fala verdades demais. É preciso agora fazer política.” Nunca pensei que estas duas palavras formassem um par antitético.

Lixão e circo na Isabel Ribeiro

O lixão está lá há mais de quinze dias incomodando os moradores
O cenário já é conhecido. Trata-se da Praça Isabel Ribeiro, a do novo e já antigo Mercado Municipal, que por sinal está fechado e abandonado. Na praça está instalado um circo e, como se lá estivesse para dar boas-vindas aos espectadores, ao lado da fábrica de espetáculos está uma montanha de lixo. Mau cheiro, podridão e um cenário deplorável que há mais de quinze dias atormenta os moradores e transeuntes.
É mais um retrato de uma cidade maltratada há décadas. Heliópolis parece não ter sossego e o prefeito atual parece não estar muito preocupado. Isso porque não é possível não ver o espetáculo. Os funcionários comissionados que frequentam o Bar do Fabinho só não enxergam se não quiserem, ou depois de algumas doses. De lá dá para ver o monte de lixo, com a presença caprichada, vez em quando, de um urubuzinho meticuloso, irônico e agradecido. 
Sorte maior, ou estratégia de marketing, foi a mudança da entrada do circo. Seria um espetáculo ver pessoas indo para a diversão e o lazer acompanhadas deste cenário de desleixo e descompromisso. O prefeito Ildefonso Fonseca precisa pegar o volante da máquina administrativa, se é que já não virou uma carroça. Mesmo ainda sendo uma carroça, dá para solicitar gentilmente à empresa da suposta limpeza pública, que leva rios do nosso dinheiro, a retirada do incômodo lixão. Ou será que a empresa é mais uma de faz-de-conta? 
PS: Segundo informações dos moradores, o lixão foi retirado por volta das 21 horas deste sábado, 23 de novembro.

Seguranças no Sindicato dos Trabalhadores?

A Chapa 1 foi indeferida pela Comissão Eleitoral sem direito de defesa
As arbitrariedades do ex-presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Heliópolis, Juarez Carlos de Oliveira, sob as ordens do seu conselheiro-mor, advogado Joel Farias, já estão beirando o absurdo. Associados do STRH comunicaram a este blog que foram contratados três seguranças para proteger ninguém de coisa nenhuma. Os profissionais contratados não tem nada com isso. Estão lá fazendo sua parte, no mole. Mas Juarez está com medo de alguma coisa? O que ele teria feito de tão grave? Aí é que está, o rapaz não é mais nada na instituição, mas continua mandando. Tanto é que a atual presidente da Comissão Diretiva, Marinalva Santana, pediu a Maria do Beiju que revelasse a este blog que ela não contratou nenhum segurança. Agora resta saber se os rapazes serão pagos com o dinheiro do sindicato. Marinalva está sem autoridade. A dupla Joel e Juarez estão fazendo o que querem do STRH. Até os pagamentos dos funcionários e fornecedores, que já estão atrasados, são autorizados por eles. Marinalva Santana não está presidindo nada. E quando é que a Presidenta vai bater a mão na mesa e mostrar sua autoridade, expulsando os dois sadans?
Impugnações e indeferimentos
Acredito que o motivo maior do medo de Juarez é o trabalho péssimo realizado pela Comissão Eleitoral. Logo de cara indeferiu a Chapa 1, liderada por Edmeia Torres e franca favorita a vencer o pleito. Primeiro disseram que Rubismara, Secretária da Juventude inicialmente, tinha mais de 32 anos, mesmo só tendo completado a idade no último mês de maio. Como o nome foi substituído por Marcinho, houve também a impugnação por ser, segundo eles, inadimplente. Nem mesmo deram o prazo de 72 horas para substituição, como reza o Regimento. A chapa foi toda indeferida. Dra. Thais da Paixão e Dra. Teresa Cristina já entraram com Liminar na Justiça do Trabalho, em Euclides da Cunha, pedindo o deferimento do nome de Rubismara, e consequentemente de toda a CHAPA 1. 
Também a CHAPA 1 faz um relato das enroladas de Juarez no STRH, e, caso o Juiz entenda pertinente, poderá suspender todo o processo eleitoral, todas as Comissões e começar tudo do zero. Além disso, as chapas 2 e 3 têm irregularidades e foram denunciadas pela Chapa 1. Mas não precisa nem pensar muito, só a CHAPA 3, de Mundinho do Tijuco, deve ser também indeferida. A Chapa 2, de Juarez Carlos, deve sair limpíssima com o aval de “aprovada” da Comissão Eleitoral. Juarez quer tentar concorrer sozinho porque imagina que não venceria. Certo é que, mais uma vez, o STRH passa por uma crise sem fim. Só espero que, como aconteceu na época de Zé Guerra, os espertinhos caiam de podres e nunca mais voltem a dirigir o STRH. Os trabalhadores rurais de Heliópolis merecem mais respeito.

Juiz acusa Major de aterrorizar Rio Real

Rio Real vive um clima de medo. Moradores acusam policiais de invasões de casas, agressões, tortura, truculência e até homicídios.
Alexandre Lyrio e Thais Borges – do CORREIO
Juiz Josemar Dias teria recebido denúncias contra a PM
(foto: Mauro Akin Nassor)
“Eu ando com medo. Tenho mulher, filha e já percebi que esse pessoal é capaz de tudo”. O relato poderia ser de muitos moradores de Rio Real, a 202 quilômetros de Salvador, na divisa com Sergipe. Mas, no caso, é do próprio juiz da cidade, Josemar Dias Cerqueira. Não é a única autoridade local a andar por aí com receio. “Eu circulo muito e tenho medo, né? A coisa está saindo do controle”, conta o presidente da Câmara de Vereadores, Clériston Barbosa.
Se juiz e presidente da Câmara estão com medo, imagine o restante da população. A razão do temor coletivo está na atuação da Polícia Militar local, comandada pelo major Florisvaldo Passos Ribeiro, há dois anos à frente da 6ª Companhia Independente da PM (CIPM), com sede no município. O major e seus comandados são acusados de promover espancamentos, torturas, invasões de residências e prisões ilegais. É o que revelam depoimentos formais e informais coletados pelo juiz e pelo CORREIO.
Vítimas e parentes de vítimas ouvidas ontem pela reportagem falam em atrocidades cometidas pelo major e sua tropa que incluem até execuções. Nas contas do juiz, só entre março e maio deste ano, foram dez assassinatos em circunstâncias “estranhas”, o que reforça a suspeita da existência de um grupo de extermínio. “É sempre alguém em um carro ou uma moto que chega, atira e vai embora. Desde que o major assumiu (em setembro de 2011), isso aumentou muito”, avalia o magistrado, que está há nove anos na cidade.
Diante dos fatos, juiz, presidente da Câmara e o próprio prefeito assinaram um ofício enviado ao Ministério Público (MP) pedindo investigação dos fatos. O problema é que Rio Real está sem promotor titular há cinco anos. “Eu não posso tomar nenhuma decisão se não for provocado pelo MP. O promotor é de Alagoinhas e acumula função. Mas acho que já passou da hora de tomar providências”, explica o juiz.  Diversos documentos semelhantes foram enviados também à delegacia.
Morte
Um caso é emblemático na cidade: o assassinato do advogado José Urbano do Nascimento Júnior, 28 anos, morto em novembro do ano passado. Urbano levou dois tiros em um loteamento. Detalhe: o crime ocorreu meses depois de ele ter sofrido duas agressões de PMs. “Meu filho foi chamado de ‘advogadozinho de merda’ pelos policiais. Morreu depois de reunir as provas contra os agressores e de processar um policial que xingou ele na internet”, relatou a mãe de Urbano, a professora Maria Lúcia dos Santos.
A presidente da OAB - Seção Alagoinhas, Maryella Gomes, encaminhou no mês passado um ofício ao juiz para comunicar “condutas ilícitas” por parte da PM de Rio Real. “Tomamos conhecimento de ameaças a cidadãos que comparecem às instalações, interferências nas conversas de advogados e seus clientes com a presença de elementos armados à paisana.
Viatura na frente da 6ª Companhia da Polícia Militar (CIPM-Rio Real), onde
teriam ocorrido torturas e intimidações, segundo relatos coletados
pelo juiz Josemar Dias 
(foto: Mauro Akin Nassor)
Chegou ao conhecimento que presos têm sido conduzidos às dependências da PM e submetidos a sessões de pressão psicológica e física, sendo negada a expedição de guias de corpo de delito”, diz o ofício. O CORREIO não conseguiu contato com o delegado Antônio Santana. 
Núcleo 
Segundo diversos relatos, os crimes que teriam a conivência do major - e muitas vezes sua participação direta - são praticados principalmente pelo chamado Núcleo de Informação, criado pelo comandante da 6ª CIPM.
Os policiais do NI circulariam à paisana, e um dos carros utilizados pelo grupo, um Gol preto com vidros fumê, ganhou, inclusive, apelido. “É o carro do corte”, revela o juiz. “O que nos parece é que o major resolveu ser tudo na cidade: policial, prefeito, juiz, carrasco, tudo ao mesmo tempo”, diz o juiz.
Uma jovem doméstica relatou à Justiça e ao CORREIO uma dessas ações arbitrárias. Em junho deste ano estava dormindo na casa de uma amiga quando homens armados invadiram o imóvel, torturaram ela, a amiga grávida e em um rapaz que estava com elas. “Nele usaram até saco plástico na cabeça. Bateram em mim e na minha amiga. Rodaram com a gente no carro e apresentaram drogas e armas na delegacia”, conta. O relato é semelhante ao que ela deu em audiência ao juiz, como parte do processo que apura o tal crime de posse de drogas e armas.
“Sistematicamente estou liberando presos com flagrantes sem nenhuma consistência”, diz o juiz. Há ainda narrações de agressões por meras infrações de trânsito. “Parei o carro em um lugar atrapalhando o trânsito. Na abordagem policial estava sem habilitação. Foi o suficiente para me espancarem e me levarem para a companhia. O próprio comandante viu tudo e me xingou de vagabundo”, conta o cunhado do presidente da Câmara de Vereadores, que preferiu não se identificar e admitiu ter dado um soco no PM durante as agressões.
Há um mês o cunhado do juiz foi encontrado portando uma arma. Foi preso e confessou o crime. “Não foi liberado sem antes tomar umas porradas dentro da companhia. Mas esse definitivamente não é o motivo de nosso pedido de investigação. Denuncio a PM desde o ano passado”, diz o magistrado, mostrando documentos. Os crimes atribuídos à PM de Rio Real estão sendo investigados pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas e de Investigações Criminais (Gaeco), do Ministério Público, desde terça-feira. O MP informou que os promotores não comentariam o caso.
Oficial se diz surpreso com denúncias e defende tropa
Comandante da CIPM, major Florisvaldo
Ribeiro: acusado de crimes
Apesar dos relatos de medo da população de Rio Real, o comandante da 6ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM), o major Florisvaldo Ribeiro, disse estar “surpreso” com as acusações. “Procuramos atender a segurança, mas nada é feito com arbitrariedade. Mas entendo que o trabalho feito com seriedade pode  incomodar as pessoas que praticam atos ilícitos”. Segundo ele, os crimes de roubo de carga e tráfico de drogas são frequentes na cidade - e o combate da PM a esse tipo de ação teria motivado as denúncias. “Tem muita gente infiltrada na alta sociedade envolvida”.
O comandante garante que os 96 homens da 6ª CIPM não cometem excessos. Para ele, também não há possibilidade de os PMs agirem sem o seu conhecimento. “Conheço o perfil da tropa e eles são tranquilos. Isso é fruto de imaginação, uma forma vingativa para desgastar o comando”.
Ele acredita que as prisões dos cunhados do juiz Josemar Cerqueira e do presidente da Câmara de Vereadores, Clériston Barbosa, também podem ter motivado algum tipo de perseguição. “Há uns dois meses, prendemos o cunhado do presidente (da Câmara). Ele desobedeceu a abordagem e chegou a agredir um policial. Depois, há um mês e meio, foi o cunhado do juiz, porque ele estava portando uma arma e mirando em um rapaz. Mas eles foram encaminhados à delegacia e liberados”, comentou.
O major confirmou a existência do Núcleo de Informação (NI) e também que os policiais trabalham à paisana - no entanto, hoje, o departamento é chamado de Seção de Missões Especiais (SME). “É um trabalho de inteligência, de acompanhamento da conduta dos policiais. Eles trabalham à paisana. São pessoas escolhidas a dedo, para não fazer coisa errada”. Segundo ele, hoje a SME conta com cinco policiais. Com relação às denúncias de espancamento e morte do advogado José Urbano Nascimento Júnior, Ribeiro confirmou que existiu um “atrito” entre o advogado e três PMs, em janeiro do ano passado. 
“Na época, instaurei um inquérito militar e eles responderam. Os três foram afastados”, disse, referindo-se aos soldados identificados como Ferreira, Hermes e Valnei. Já a segunda situação, quando José Urbano foi espancado em julho de 2012, não teria sido cometida por policiais da 6ª CIPM, mas da Companhia Independente de Policiamento Especializado (Litoral Norte). “Mas, com relação ao crime (a morte de José Urbano), tudo está sendo investigado pela Polícia Civil. Não convivíamos muito, mas nossa relação sempre foi boa”.

Pizzolato pode complicar Lula

Dossiê de Pizzolato preocupa comando do PT. Ex-presidente do BB, foragido na Itália, teria material com detalhes sobre a campanha eleitoral de Lula em 2002.
Wilson Tosta - O Estado de S. Paulo
Pizzolato está com dossiê que pode complicar Lula
RIO - Integrantes do comando nacional do PT indicam se preocupar com possíveis iniciativas do ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, condenado a 12 anos e sete meses de prisão no caso do mensalão. Ele fugiu do Brasil para Itália com um dossiê com detalhes sobre a campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2002.
Dirigentes petistas já sinalizaram querer conversar com pessoas próximas ao ex-dirigente do BB, que espera declaração mais firme de defesa por parte dos companheiros de partido. Até agora, as manifestações do comando petista se concentram no ex-presidente da legenda José Genoino, no ex-ministro José Dirceu e no ex-tesoureiro Delúbio Soares, presos em Brasília em circunstâncias que o partido considera abusivas.
O caso Pizzolato coloca o PT diante de uma situação difícil. O governo federal tem a obrigação legal de conseguir o repatriamento de Pizzolato, um companheiro agora foragido da Justiça brasileira. O ex-diretor do BB, que tem nacionalidade brasileira e italiana, porém, se mostra inconformado com a sentença. Ele conheceu por dentro uma parte relevante da relação do partido com o empresariado da campanha de 2002 até que estourou o escândalo do mensalão.
Quando Lula ainda era candidato pela primeira vez, Pizzolato marcava encontros de Lula com empresários. A notícia de que detalhes dessas reuniões integram o dossiê, que o ex-diretor do BB se disporia a usar em sua defesa na Itália, chamou a atenção de membros da direção nacional do partido. Eles se preocupam com possíveis consequências de revelações incômodas para o ex-presidente.
O partido há muito se preocupa com possíveis reações de Pizzolato. Informações de que o ex-diretor do BB, chave na campanha de Lula de 2002, estava inconformado e deprimido, corriam o partido havia muito tempo. A notícia do dossiê aumentou essas preocupações. Do lado de Pizzolato, espera-se uma defesa sem restrições do ex-diretor do BB, mesmo foragido na Itália.
Para o restrito comando político da defesa do ex-diretor do BB, as críticas do PT à sentença do Supremo Tribunal Federal (STF) ficaram no "macro", mas não entram em detalhes importantes. Falta, avaliam, que o partido, oficialmente, afirme que o dinheiro do fundo Visanet, repassado à agência DNA por determinação de Pizzolato (mais de R$ 70 milhões, para pagamento de publicidade), não era público, nem foi desviado. Se a Justiça tivesse aceitado essa tese, não existiria, por exemplo, a acusação de peculato (apropriação de recursos públicos por servidor).

O predador vomita bazófia

Sem coragem de enfrentar o debate de forma civilizada, Roberto da Farmácia navega na fanfarronice. Poderia ter mandado um e-mail para o Landisvalth Blog que seria publicado. Dou direito de respostas a quem pedir. O espaço é democrático, mas sempre haverá réplica. Resolveu ele publicar sua bazófia no Facebook porque, pela amplitude da rede, não será difícil encontrar alguém que o apoie. Afinal, tem gente defendendo os mensaleiros. Para uns são até heróis. Não seria estranho encontrar defensores de Hitler. Já ouvi dizer que há pessoas até que afirmam que não houve holocausto. Não seria impossível encontrar defensores da causa do predador, notadamente em Heliópolis, onde os interesses pessoais parecem se sobrepor ao interesse público.
Ele começa sua bazófia dizendo que “Em resposta às ofensas públicas diretamente escritas pelo Sr. Landisvalth Lima, no seu blog, contra mim, exercendo meu direito de resposta, gostaria de tornar público minha versão das acusações e demonstrar como aquele amargo blogueiro (ou seria político?) está proferindo calúnias e produzindo injustiças.”. Não fiz nenhuma acusação contra Roberto da Farmácia. São fatos. Não posso responder o seu “amargo” porque nunca fui “provado” por ele. Ele não sei, mas eu sou heterossexual. E não estou aqui estabelecendo superioridade ou inferioridade de nenhuma opção sexual. Também questiona se eu sou “blogueiro” ou “político”. Corrijo a informação: sou blogueiro, político, professor, artista, escritor e, agora, predador de predadores políticos.
Segue sua defesa dizendo:” Inicialmente quero dizer quando ele me chama de predador da Administração Pública de Heliópolis, fazendo insinuações mesquinhas e desprovidas de provas materiais ele sugere corrupção e favorecimento da minha parte. Todavia, ocorre o contrário! Todos sabem, que como empresário exercendo minha atividade lícita nessa cidade e região há mais de 10 anos eu sempre me interessei pelos destinos e desenvolvimento da cidade. Até porque uma coisa leva a outra e se a cidade vai bem, por consequência o comércio também! No mesmo sentido, todos sabem que, por convicção política e por amizade e carinho à família de Ildinho eu fui um dos pensadores da candidatura, da campanha e da vitória de Ildinho nas eleições de 2012, sempre demonstrando boa vontade e garra no processo complicado que enfrentamos para vencer as eleições municipais.”. Na visão dele isto aqui é um paraíso e o seu comércio é lícito. Então vamos lá: se alguém encontrar um farmacêutico na farmácia do queixoso me avisem. Ah, Landisvalth, mas é muito caro manter um farmacêutico! Mas o comércio não vai bem? A cidade não está desenvolvida? Resumindo: ou o nosso empresário está burlando a lei para se beneficiar ou o comércio é ruim ao ponto de os proprietários de farmácia não disporem de condições para cumprir a lei de ter um farmacêutico em cada loja. Para completar, ele foi o “pensador” da candidatura, da campanha e da vitória de Ildinho. Ou seja, eu, Ana Dalva, Zé do Sertão, Gama, Zeic, Renilson, Zélia.... e mais de 4 mil outros eleitores não “pensamos”. Nós participamos, votamos e elegemos Ildinho. Ele só “pensou”, até porque ele vota em Fátima. Também achei estranho ele afirmar que apoiou a família de Ildinho por convicção, amizade e carinho. Eu pensei que ele era parente de Ildinho, portanto sua família. Pensei que Ildinho era o seu sogro. Será que há algo que eu ainda não saiba?
Só que no parágrafo seguinte eu entendi a zanga de Roberto. Reparem: “Ocorre que, após somadas as forças, vencida a batalha, o blogueiro Landisvalth, gratuitamente iniciou um atrito particular contra mim. Se antes eu era um dos amigos da campanha, agora sou chamado, injusta e criminalmente, de PREDADOR.” E continua, desta vez fazendo uma propaganda enganosa: “Neste sentido, para conhecimento de todos, quero tornar claro os benefícios diretos que já conseguir(sic) para Heliópolis, com meu prestígio político (já que estou nessa árdua empreitada há mais de 15 anos) com os deputados os seguintes recursos:
- Emenda 250.000 (duzentos e cinquenta mil reais) com deputado Edson pimenta do PSD;
- Uma parte da emenda concedida pelo deputado JOSÉ NUNES do PSD;
- Um recurso estadual no valor de R$ 400,000 (quatrocentos mil reais) com o deputado e chefe da casa civil Rui Costa do PT. Recurso conseguido junto ao referido deputado com o apoio da ex-prefeita Jailma Dantas e Antônio Jackson.”
Esta noite, antes de escrever este artigo, fui a um curso na casa de Maria Augusta, procedimento obrigatório para quem vai ser padrinho de alguém. Lá, enquanto aguardávamos, passava o capítulo de “Amor à vida” e o Félix, o vilão e predador, respondendo a uma pergunta da atriz Natália Tímberg, não me recordo o nome da personagem, que queria saber o que o deixava tão aflito depois de ter feito aquelas arbitrariedades. Félix respondeu que sua mãe o havia chamado de “monstro”. Ou seja, a palavra fere mais que o ato. Não houve “mensalão”, não há “crime”, não há “ladrões do dinheiro público”, não há “corruptos”, não há “predadores” no serviço público. São quase santos! Até ajudam a desenvolver o município com a conquista de emendas que não chegarão por aqui tão cedo. Por que ele não disse que as emendas de 2010, de 800 mil, foram perdidas por incompetência e estas agora, de 2013, devem chegar aqui por volta de 2015, caso não haja contingenciamento ou revertério político? Além disso, temos que torcer para que os recursos sejam bem aplicados e não se percam nas licitações fraudulentas ou nas nádegas das empresas de fachada.
      Até aqui nosso queixoso não disse nada, não respondeu a nenhuma afirmação que fiz. Só fez propaganda enganosa. Mas continuou: “Pois bem. Por sua vez, sobre a afirmação de que a contabilidade e o setor jurídico são indicações minhas, devo dizer que na verdade o ponto da questão para reflexão não deveria ser essa. O que se deve refletir é são (sic) os valores dos Contratos dos respectivos setores entre a gestão anterior e a atual. Com efeito, se poderá observar que os atuais contratos estão totalmente dentro da legalidade e razoabilidade, contratando profissionais ímprobos (sic) e de notória especialização sobe (de subir, de sobre ou de sob?) valores éticos e proporcionais.” E continuou no parágrafo seguinte: “Por fim. Complementação minha resposta às seguidas acusações e ataques diretos a minha pessoa pelo blogueiro Landisvalth Lima, devo confessar que mais de uma vez pensei em fazer representação junto ao Poder Judiciário, mas em contato com advogados e, sobretudo, com a minha consciência percebi que para ele seria apenas mais um processo dos tantos que ele já enfrenta, em virtude, algumas vezes, de calúnias e difamações proferidas gratuitamente. O veneno desse senhor só faz mal a ele mesmo. Oportunamente dizer que, não estou brigado ou em guerra com a administração do prefeito Ildinho. Sou um colaborador como sempre fui. Jamais fui ou serei predador! Por sua vez, o Blogueiro Landivalth (sic) crítico assíduo de tudo e de todos, mais de uma vez foi convidado a participar da administração pública, assumindo a Secretaria de Educação, mas impulsionado pela sua vaidade, egocentrismo, individualismo e radicalismo, recusou-se a tentar contribui com o Município, optando pela zona de conforto das críticas que na verdade não passam de calúnias e fofocas!” e completa a bazófia com uma pérola: “ Não vou mais me alongar, até porque o que esse senhor sombrio gosta é de ibope e repercussão, mas essa resposta foi necessária.
E começo pela parte final: a resposta é necessária quando ela descontrói um discurso construído sobre fatos. Em nenhum momento Roberto da Farmácia contestou minhas informações. Não houve a discussão com Beto Fonseca? Não houve a ameaça de Ildinho pagar tudo? Não houve os impropérios verbais e solicitação de pagamento de dinheiro investido em campanha? Não houve afastamento das atividades nebulosas na prefeitura? Não houve pagamentos em espécie com descontos não oficiais em lugares estranhos? Não há funcionários recebendo metade do salário e pagos no mesmo esquema, inclusive fora da folha? Ele não passou por cima de uma ordem de Ildinho e mandou uma funcionária voltar ao trabalho? Tudo isso ficou sem respostas. Não falei de valores na contratação da contabilidade e do setor jurídico. Ele acabou confirmando que a indicação foi realmente dele e não do prefeito. Mas ainda está aberto o espaço para que se possa responder. Meu e-mail é público: landisvalth@oi.com.br. Só não vale propaganda enganosa, mentiras e devaneios. Outra: tenho sim processos. Num deles, inclusive, o queixoso se prontificou a ser minha testemunha de defesa, o que não foi necessário. Ainda estou agradecido pela gentileza. E ficaria ainda mais agradecido com mais esse processo. Seria mais um e o aguardo como um troféu. Será que ele teria tanta coragem assim? Havia me esquecido: sou crítico sim de tudo (quanto é coisa ruim) e de todos (os corruptos e malversadores do dinheiro público). O problema é que as pessoas se pelam de medo dos supostos poderosos. Não há poderosos contra os que não têm rabo preso. Ildinho só me chamou uma vez para ser o secretário de educação e, realmente, recusei o cargo. Roberto não completou a informação. Disse apenas o que lhe convinha. Não aceitei o cargo, mas aceitei ajudar o secretário indicado pelo prefeito, desde que meu projeto fosse implantado em sua administração, exatamente como estava na proposta de campanha inscrita junto com a candidatura. Lembrem-se de que Ildinho não tinha um Projeto de Governo e foi usado o do PPS de Ana Dalva, criado em conjunto pelo partido com a minha participação. Até hoje não fui sequer convidado para uma reunião sobre a implantação do programa, embora tenha feito algumas por minha conta, antes de Ildinho assumir. Ninguém se importou depois. Educação nunca foi prioridade por aqui.
Não tenho medo do debate, nem dos predadores, corruptos, malversadores, desviadores de verbas, imbecis, babacas, aprendizes de coronéis, solapadores do dinheiro público, canalhas, vassalos de políticos, puxa-sacos, carrapatos do serviços público, ladrões orçamentários etc. Não tenho o que temer, a não ser a barbárie e a ignorância. Se algum predador desejar me processar, não fique em ameaças. Quando estou errado, sei pedir desculpas. Se for condenado por alguma coisa, vou para a cadeia. Só não me venham para cá dizer que eu não posso falar mal dos corruptos. Corrupto bom é corrupto na cadeia. Para isso, teremos sempre que contar com um juiz imparcial e resoluto como Joaquim Barbosa. Para desespero dos maus e para o meu refrigério.
Com justificativas como esta, é melhor Roberto da Farmácia usar Óleo de Peroba. 

Extermínio em Poço Verde: TJ mantém acusado preso de testemunhas prestam depoimento

Cássia Santana – do portal INFONET
José Augusto continuará preso (foto: reprodução Rede Record)
O Tribunal de Justiça manteve a prisão de José Augusto Aurelino Batista, 40, acusado pelo assassinato do adolescente Jeferson Nascimento Santana, 16, crime ocorrido no dia 15 de novembro do ano passado na estrada que liga os municípios de Poço Verde e Simão Dias. Ele também é apontado como suspeito de integrar um grupo de extermínio com atuação no município de Poço Verde. O adolescente Jeferson Nascimento foi baleado no pé em Poço Verde e estava sendo transportado para um hospital em Aracaju, mas acabou executado no trajeto. Quatro homens encapuzados interceptaram a ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e o executaram com cerca de 13 tiros, conforme consta nos autos.
José Augusto Aurelino foi preso no mês de abril deste ano no município de Paragominas, no Estado do Pará, apontado como principal suspeito de ser um dos quatro homens responsáveis pela execução do adolescente. A polícia sergipana também o aponta como integrante de um suposto grupo de extermínio que atuou no município de Poço Verde, responsável pela morte de pelo menos 17 adolescentes. Os processos judiciais tramitam separadamente porque os crimes ocorreram em datas e locais distintos, conforme entendimento da justiça. Pela morte do adolescente Jeferson Nascimento Santana, sete testemunhas já foram ouvidas, mas apenas José Augusto Aurelino Batista figura como réu. Ele já prestou depoimento em juízo e nega envolvimento neste crime, especificamente, e também naquele suposto grupo de extermínio denunciado pela deputada Ana Lúcia Menezes.
Audiência
Nesta terça-feira, 19, o réu acompanhou mais uma etapa da audiência de instrução e julgamento realizada no Fórum Gumersindo Bessa, em Aracaju. Para evitar tumultos, o juiz Antônio de Souza Martins, da Comarca de Poço Verde, por onde tramita o processo judicial optou por realizar a audiência na capital sergipana. Na audiência, foram ouvidas três testemunhas, inclusive o Capitão Santana, que chegou a ser preso como suspeito de envolvimento no grupo de extermínio. Mas o policial foi libertado por não haver provas contra o envolvimento dele nas mortes. O advogado Getúlio Sobral, que atua na defesa de Augusto Aurelino com a tese de negativa de autoria, garante que não há qualquer prova no processo que possa incriminar o cliente. “Até a população de Poço Verde clama por justiça pela soltura do réu”, observa o advogado, que luta pela revogação da prisão do acusado. O advogado, inclusive, já ingressou com novo habeas corpus pela revogação da prisão, alegando que há fatos novos que beneficiam a defesa. “Quando o novo habeas corpus for a julgamento, faremos a defesa oral porque temos argumento para colocá-lo em liberdade”, comenta o advogado.
A família acredita que há uma perseguição contra Augusto Aurelino. Na opinião da dona de casa Simone Souza, esposa do acusado, a perseguição vem da própria polícia devido ao envolvimento do marido em um homicídio que teve como vítima um policial militar, crime que teria ocorrido há cerca de uma década, segundo a dona de casa. Simone informou que o marido já cumpriu parte da sentença pela morte do policial e que estaria sendo beneficiado por progressão de pena. O advogado Getúlio Sobral informa que o cliente estaria cumprindo o restante da pena em casa, em regime aberto, se não fosse o mandado de prisão expedido contra Augusto Aurelino decorrente do processo judicial relativo à execução do adolescente.

Beyoncé e Iron Maiden vencem última eliminatória do Coverama

A banda cover de Beyoncé conquistou o público
A última eliminatória do Coverama 2013 aconteceu no último sábado no Iate Clube de Aracaju. Dez bandas disputaram apenas duas vagas para a grande final dia 14 de Dezembro, também no Iate. Os côveres de Slayer, Sepultura, Iron Maiden, Rage Against the Machine, Green Day, CPM 22, Maroon 5, The Smiths, Bob Marley e Beyoncé animaram os fãs originais das bandas. A disputa foi acirrada. Ao final, por uma estreita margem de voto, deu Iron Maiden e Beyoncé. O resultado da 5ª e última eliminatória foi: 
1º Iron Maiden 2002 (classificada)
2º Beyoncé 1956 (classificada)
3º CPM 22 1556
4º Green Day 958
5º Bob Marley 932
6º Slayer 895
7º Maroon 5 861
8º Sepultura 779
9º The Smiths 707
10º Rage Against the Machine 577
     Os resultados oficiais das outras eliminatórias, com os respectivos votos do público foram:
A escolha é feita pelo público

1ª ELIMINATÓRIA
Pitty (Classificada) – 1323
Foo Fighters (Classificada) – 1249
Nightwish -1224
S.O.J.A. (Soldiers of Jah Army) – 1183
Adele – 747
Nirvana 732
Kiss – 706
Asking Alexandria – 658
Dead Fish – 599
The Strokes – 599

A turma da Beyoncé
2ª ELIMINATÓRIA
1º Metallica – 2149 (Classificada)
2º Matanza – 1699 (Classificada)
3º Capital Inicial – 1557
4º Black Sabbath – 980
5º Korn – 913
6º Avril Lavigne – 843
7º Raul Seixas – 803
8º Cranberries – 781
9º Ramones – 765
10º Katy Perry – 386
Os fãs disputam espaço

3ª ELIMINATÓRIA
1º System of a Down (Classificada) 1993
2º AC/DC (Classificada) 1610
3º Red Hot Chili Peppers 1314
4º Natiruts 1122
5º Dream Theater 1034
6º The Runaways 875
7º Stone Sour 698
8º Creed 504
9ºQueens of the Stone Age 297
10º Pennywise 236
Estes fizeram questão de pousar para o blog

Ana Dalva acompanhou a performance de 
sua filha Pétala (baixista) e da turma da Beyoncé

4ª ELIMINATÓRIA
1º Rihanna 1442 (Classificada)
2º The Beatles 1353 (Classificada)
3º Charlie Brown Jr 1331
4º Evanescence 1304
5º Arctic Monkeys 1292
6º Raimundos 1164
7º Avenged Sevenfold 1085
8º Paramore 1005
9º Kid Abelha 804
10º A Day To Remember 504


A final será dia 14 de dezembro no Iate Clube de Aracaju e, como todo ano, a disputa será nota por nota.

Fátima: III Noite Cultural: Saberes Sertanejos se consolida

ArMarias - grupo musical eclético de Feira de Santana
(foto: Jorge Souza)
A III Noite Cultural: Saberes Sertanejos - da cidade de Fátima - mostrou que o evento criado pela ASCAF – Associação Cultural Arte Fatimense – veio para ficar e já se consolidou como o principal evento de qualidade artística de nossa região. A realização é da Prefeitura Municipal de Fátima. Fugindo dos modismos e apostando no talento e no valor da criação, o evento este ano foi realizado nos dias 15 e 16 de novembro, no Colégio Municipal Floriano Peixoto. Foram inúmeras e variadas as atrações e gostos musicais. Na primeira noite o público vibrou com Cigarro de Palha, Adriana e Patrícia, Claudionor Alves, Walter Oliveira, João Sereno, Edir Carneiro, Érica Sá e ArMarias.
Edir Carneiro na III Noite Cultural
(foto: Jorge Souza)
Fica do todo difícil destacar alguém. João Sereno continua impecável, Edir Carneiro já é nome para ser relacionado entre os grandes e Érica Sá está cada vez mais leve e suave. Quando Érica canta, a gente esquece que o mundo é cruel e pensa num paraíso incomensurável. Mas a novidade este ano foi a presença do grupo formado só de mulheres, quase todas nascidas em Feira de Santana, denominado ArMarias. As meninas tiraram quase todos das cadeiras e o salão do evento virou um clube de mistura de ritmos. E a proposta do grupo é mesmo fazer música brasileira, misturando ritmos. Só para dar um exemplo, elas tocam Adriana Calcanhoto e Vanessa da Mata em ritmo de forró, ao lado de clássicos como “Carcará”, sem causar constrangimentos, muito pelo contrário. Como está no portal (http://tnb.art.br/rede/armarias), o nome 'ArMarias' retrata a popularidade, a coisa comum e cosmopolita, mas traz também a singularidade quando agrega-se o sobrenome a cada 'Maria', cada uma com sua influência pra banda, embora não tenha nenhuma Maria no grupo. A ideia foi formar a banda com os talentos musicais feirenses e mostrar a força da mulher no cenário musical. As integrantes da formação original da banda são: Amanda Queiroz (voz, piano e baixo), Dayane Sampaio (voz, violão e percussão) Luana Reis (voz, violão, percussão e saxofone), Michelly Cardoso (voz, violão, percussão e saxofone) e Rebeca Alves (voz, violão e percussão).
Um bom público participou do evento
(foto: Jorge Souza)
No sábado, o evento continuou em alto estilo com João Ricardo, Luiz, Lito Nyght, Meireles, Vando Reis e Sinval, Paulinho Jequié, Maviel Melo, Rodrigo e Lucas Santana. Mas o espaço não foi dedicado unicamente à música. Ao longo das duas noites houve exposição de pinturas e obras de arte, apresentação de Banda de Pífanos, artesanato, bordados, teatro e poesia. A III Noite Cultural: Saberes Sertanejos parece um projeto com visão de futuro. Binho, vereador, membro da ASCAF e presidente da Câmara Municipal de Fátima, em perfeita sintonia com o prefeito Nego, o Idelfonso deles, no fundo, querem transformar Fátima num polo cultural regional. A cidade, com vocação para a boa educação, para o comércio e para a agricultura, quer deixar de ser apenas mais uma cidade que sofre com os infindáveis eventos da estiagem. Fátima quer ir mais longe, quer ser protagonista da cultura regional. A trilha é esta. 
No portal CHEIO DE ARTE, além desta reportagem, seguem vídeos de alguns artistas que participaram do evento, inclusive o belíssimo clip Pontal, de Érica Sá, filmado em Aracaju, e um resumo da II Noite Cultural, feita em homenagem ao heliopolitano Helvécio Santana. Para acessar dê um clique AQUI. As fotos desta reportagem são do jornalista Jorge Souza, do portal Impacto Jovem.  Para vê-las, dê um clique AQUI.