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Poucas & Boas nº 110: Onde está a mudança?

A história de Poço Verde

       Veja no Cheio de Arte a produção em vídeo dos alunos do 3º ano do Colégio Estadual Prof. João de Oliveira - CEPJO - sobre o crescimento e formação da cidade de Poço Verde, no Estado de Sergipe. Para ver o vídeo completo, dê um clique aqui.

Impacto Jovem Blog entrevista Ana Dalva

     
Vereadora Ana Dalva
O Jornal Impacto Jovem Blog fez uma entrevista esta semana com a vereadora Ana Dalva (PPS), presidente do Legislativo Municipal de Heliópolis. A vereadora respondeu a várias perguntas do jornalista Jorge Souza e tirou dúvidas de algumas questões, principalmente em torno da eleição para a mesa diretora da Câmara de Heliópolis, que ocorrerá nesta segunda-feira. Para ler a entrevista completa, dê um clique aqui.  

As contribuições de Ana Dalva ao Legislativo municipal

                                                               José Eraldo Neves
Prof. José Eraldo Neves
Nesse texto não tratarei do trabalho desenvolvido por Ana Dalva na área da saúde por dois motivos: Primeiro porque Heliópolis é pequeno, todo mundo se conhece e sabe do trabalho desenvolvido por essa aguerrida mulher. Portanto, não vou “chover no molhado”. O segundo motivo e, mais contundente, é por entender que Ana Dalva não aprendeu a fazer política usando a dor alheia como isca para ganhar voto, indo para palanque explorar o sofrimento alheio. Ela tem a devida compreensão que solidariedade se presta em silêncio. Carinho a um jovem acidentado, a um pai sofrido, a uma mãe transpassada de dor. Carinho por uma criança, por uma mulher, por um homem que está com câncer ou acometido por algum outro mal, a gente revela visitando, criando as condições, aportando solidariedade à família, acolhendo-os, não expondo as dores das pessoas, não fazendo do sofrimento do próximo bandeira para ganhar votos. Isso além de ser antiético e imoral, vai de encontro aos preceitos cristãos.   Meu propósito aqui é outro, abordarei as contribuições da Vereadora e atual presidente do legislativo municipal   para o parlamento municipal.
Em seu primeiro mandato (2008-2012), Ana Dalva quebrou um aspecto muito enfatizado por antigos e/ou atuais representantes do legislativo de Heliópolis. Refiro-me à falta de atitude e independência do vereador. Quando alguém cobrava uma atuação mais eficaz e combativa na “casa do povo”, alguns edis afirmavam que nada faziam porque não podia desagradar seu grupo e porque “uma andorinha só não faz verão”. A vereadora provou o contrário: Foi à luta, apresentou x importantes projetos, mesmo fazendo parte da bancada da oposição, votou favorável pelo menos em um projeto vindo do executivo (o projeto das casas populares), por entender que ele beneficiava a população mas, sobretudo, foi uma combatente voraz, fiscalizando e denunciando supostos atos ilegais praticados pelos gestores do executivo e do legislativo daquela época. Foram idas e vindas infindáveis ao TCM (Tribunal de contas dos Municípios), ao Ministério Público Estadual e ao Ministério Público Federal para denunciar o que ocorria na cidade do Sol. Como se sabe, os referidos atos ilegais estão sendo investigados pelos órgãos competentes. Também apoiou a luta das categorias por melhorias salarias e, por seu intermédio, o município recebeu recursos de uma emenda parlamentar do então Deputado Federal Coubert Martins, para execução do calçamento da rua Isaias Ribeiro. Além disso, “levantou” sua voz em defesa do povo de Heliópolis, quando um conhecido deputado usou a tribuna da Assembleia legislativa da Bahia para adjetivar o povo que chamava por mudanças, de arruaceiros, badernistas, bandidos.
Ana Dalva mostrou que, mesmo isolado, o vereador pode prestar um importante serviço. Legislar e fiscalizar com independência. Não vejo nisso um “ato de bondade”, mas o cumprimento de uma prerrogativa constitucional. Embora, no contexto atual, isso tenha se tornado uma exceção e não a regra como deveria ser.
Depois de ser reconduzida pelo povo para mais uma legislatura (2013-2017) e tendo sido escolhida presidente da Câmara municipal, em uma conturbada eleição, Ana Dalva mais uma vez provou sua competência, seriedade e zelo com o bem público. Seu primeiro ato na condução daquela casa foi fazer ajustes nas contas para melhorar o funcionamento interno e melhor atender aos colegas de legislatura e à população. Para isso “cortou na própria carne”. Abriu mão de privilégios temporários para concretizar mudanças permanentes: aquisição de automóvel para câmara, reforma daquela casa, implantação do sistema de refrigeração, aquisição de aparelhos de som de boa qualidade, pagamento de vereadores e funcionários em dia, pagamentos regulares de diárias para consultas ao TCM, criação e atualização do site da câmara municipal, reforma do regimento interno, incluído sessões itinerantes nos povoados como forma de democratizar o  acesso aquela casa à população rural e prestação pública e transparente de todas às contas da câmara municipal no plenário da casa e outros meios. Também, pela primeira vez na história do legislativo municipal, devolveu 4.000,00 reais ao executivo. Além disso, todos os vereadores, seja da bancada da situação ou oposição, tem tratamento igualitário porque ela entende que, independente do mérito, independente do juízo de valor que ela tenha, foram democraticamente eleitos pelo povo e, portanto, merecem respeito. Ana Dalva só não conseguiu realizar concurso público para preenchimento de vagas do legislativo municipal porque, embora abrisse chamada pública em duas ocasiões, não encontrou empresa disposta a realizar o certame. Em dois anos a câmara aprovou x projetos, y proposituras, z indicações ao executivo.... um trabalho digno de respeito e elogios sinceros.
Se vai ser reconduzida ao cargo não sei, em terras heliopolenses competência pouco é levada em conta mas, independentemente do resultado do pleito, sua gestão já entra para história como aquela que demostrou para a classe política e para o povo que câmara municipal não é uma extensão do executivo, são poderes independentes que trabalham em harmonia, mas sem subserviência. Essas são ao meu ver, as contribuições dadas pela vereadora ao parlamento municipal. “O pior cego é aquele que não quer enxergar” !!!

Uma Bahia mísera e decadente

                                                    Landisvalth Lima
Se fizermos um levantamento detalhado dos setores em que a Bahia vem perdendo espaço, caberia uma conclusão inquestionável: estamos em plena decadência. Há uma crise capitalista no ar, sim. Não precisa dizer. Todos estão cansados de saber. As crises em economia são resolvidas por decretos, ajustes, trabalhos governamental e privado. O problema é que estamos vivendo também uma crise de criatividade. Chega a ser bestial o momento em que estamos vivendo. Nunca jamais na história deste estado fomos tão sem noção, tão sem norte! Tão míseros e sem criatividade. E isto requer muito mais que medidas corretoras. Precisamos de um choque cultural.
A primeira coisa que se precisa para corrigir um erro é admiti-lo. A propaganda governamental é combustível para o otimismo. Esse negócio de ficar comparando o agora com o antes é balela. Até minha avó morta sabe que sempre é possível melhorar em alguma coisa, por mais ruim que possa ser o governo. A estrutura que governa a Bahia tem mais de 30 anos. Os vícios são seculares e as virtudes são poucas e centralizadas. Todas as estruturas estão contaminadas pelo continuísmo e pela ideia do se mudar é pior. O lema mais comum é o empurrar com a barriga.
Só para não dizer que estou jogando conversa fora, pergunto: o que mudou na educação da Bahia nos últimos anos? Nada, porque o Ensino Fundamental de 8 para 9 anos foi projeto nacional. Ensino Técnico? É projeto também nacional, não vale. Criação de universidades? Também não vale. É coisa do MEC. Nem mesmo a UNEB cresceu. A Bahia parou na estrutura de governo montada por Antônio Carlos Magalhães e se ancora nos projetos oriundos do governo federal.
E não é só na educação, não. Nosso maior ídolo na música retoma letras de velhos boleros, que estariam bem melhores na voz de Maria Bethânia. O axé gorou nossa criação musical. Não há mais novos Caetanos e Gilbertos. O Pelourinho pede socorro, o teatro está de cuia na mão e a nossa literatura desapareceu da mídia. Os artistas que criam algo novo não conseguem aparecer porque não tem o lepo-lepo. Até na política a oposição é velha. Pasmem que, como saída, querem um neto de ACM, que desenvolve com questionável competência velhos métodos ligados ao aumento de impostos e obras de restauração para turistas.
E no futebol? Precisa dizer mais algo? Precisa revelar que vendemos os nossos Taliscas jovens por bagatelas e compramos ex-craques ultrapassados e com defeitos em várias partes da rebimboca da parafuseta? Neste ponto não devemos nos preocupar. O Flamengo em breve ultrapassará Bahia e Vitória em número de torcedores no nosso estado e teremos o nosso representante global na 1ª divisão. Acho que o melhor é torcer para o Confiança de Sergipe, que agora vai disputar a 3ª divisão! Lá, pelo menos estão melhorando em alguma coisa. Não demora muito e poderemos ter Confiança e Vitória no Lourival Batista, em Aracaju, pelo campeonato brasileiro da 2ª ou 3ª divisão. Alguém duvida?
Por fim, deve aparecer algum otimista de plantão para dizer que eu estou falando mal da Bahia. É que o babaca não leu, não ouviu e nem viu a arte de Gregório de Matos, Padre Vieira, Manoel Botelho, Castro Alves, Frei Itaparica, Pedro Kilkerry, Euclides da Cunha, Jorge Amado, Adonias Filho, Caetano Veloso, João Gilberto, Gal Costa, Maria Bethânia, João Ubaldo Ribeiro, Gerônimo, Caribé, Antônio Torres, Dias Gomes e centenas de tantos outros artistas que, criando o novo ou parodiando o velho, sempre fizeram brilhar a velha face da Bahia. Espero que tudo isso não vire saudade num túnel sem uma nova luz!
Angico grita novamente
Moradores do Angico interditam BA 393 mais uma vez
E o pequeno povoado Angico, município de Fátima-Ba, localizado no km 3 da BA 393, que liga Heliópolis-Ba a Poço Verde-Se, ainda não obteve nenhuma resposta das autoridades. Na semana passada fizeram manifestação pedindo a instalação de quebra-molas no local, após a morte do jovem Adão Nascimento, de apenas 16 anos. Ninguém deu satisfação. Hoje, mais uma vez, interromperam o tráfego na BA 393 no local e aguardam solução para o problema. É a Bahia! Estamos no mês final do ano e ainda não resolvemos os velhos problemas. Será que a solução ficará para depois do próximo carnaval?
Heliópolis ainda sem Orçamento

Ana Dalva: Sessões até o Natal
A Câmara Municipal de Heliópolis não realizou sessão ordinária nesta segunda-feira. O número de vereadores presentes não foi suficiente para iniciar a reunião. Todos os vereadores da oposição, incluindo Valdelício, não apareceram. Alguém precisa avisar aos estrategistas da oposição que a coisa foi mal planejada. Uma coisa é obstrução, outra é ausência. A presidenta da casa, vereadora Ana Dalva, pode descontar dos salários dos edis a ausência. É que não deram nenhuma satisfação e nem apresentaram atestado médico. Também não podem apresentar a interdição da pista no Angico como desculpa porque eles moram do lado de cá. Ninguém entendeu o que quer os opositores. Falavam na apresentação de uma emenda que até o momento não apareceu. E olhem que há dois políticos experientes dividindo o comando: o vereador Mendonça (PCdoB) e o Vice-prefeito Gama Neves (DEM). O blog tentou entrar em contato com o vice-prefeito mas ele desligou o telefone. Já o prefeito Ildinho Fonseca esperava o vice-prefeito para uma conversa neste fim de semana. Parece que nada aconteceu. Fato é que, segundo Ana Dalva, não haverá tempo para, em uma sessão, votar o Orçamento, a mudança no Regimento Interno e promover a eleição da nova mesa diretora da casa. “Tudo indica que este ano chegaremos até o Natal”, disse a presidente. Sem aprovação do Orçamento, a Câmara Municipal não poderá entrar em recesso. A última sessão do ano seria na próxima segunda-feira, dia 15 de dezembro.