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Poucas & Boas nº 110: Onde está a mudança?

Sorria e Binho lideram pesquisa eleitoral em Fátima


As pesquisas feitas em nossa região pelo Instituto Babesp, conhecido por DataNilo, de propriedade do presidente da Assembleia Legislativa da Bahia, tem causado grande alvoroço no meio político. No município de Fátima, chegaram a falsificar esta semana uma pesquisa com números generosos para o ex-prefeito Manoel Missias Vieira, o Sorria, atribuída ao instituo do deputado Marcelo Nilo. Numa pesquisa divulgada aqui neste blog, Sorria liderava de fato a corrida pela cadeira de prefeito da cidade em 2016, mas foi encomendada por ele. Agora, o Babesp tem números diferentes e que mostram um quadro bem complicado para as eleições do ano que vem. Sorria(PP) tem próximo dele o vereador Binho de Alfredo (PT).
É bom alertar que a pesquisa foi para consumo interno, mas tivemos acesso aos números exatos para prefeito de Fátima em 2016:

Ex-prefeito Sorria – 20%
Vereador Binho – 17,9%
Roberto da Farmácia – 17,5%
Prefeito Lourival – 14%
Milton da Laje – 4,2%
Indecisos/não souberam – 26,4%

Estes números indicam que quatro pessoas de um mesmo grupo, Sorria, Binho, Lourival e Milton detêm 56,1% da preferência do eleitorado. O único entrave é a união de todos em torno de um projeto político. Mesmo o ex-prefeito Nego sofrendo as consequências da Operação 13 de maio, o povo está demonstrando não querer a oposição liderada por Roberto da Farmácia. O problema é que o prefeito em exercício, Lourival, além de ter uma saúde frágil por causa de sua idade, está sofrendo as cabeçadas produzidas por seus filhos na condução da administração do município.
E cabe aqui ainda uma observação sobre o desejo de Sorria de voltar ao cargo. Sua vontade é legítima, mas pode dividir o grupo. Além do mais, o ex-prefeito está enrolado com a Justiça e será preciso um advogado muito competente e um Juiz cego para abonar sua candidatura. Ocorre que ter 20% de um eleitorado exigente como o de Fátima não é pouca coisa. Sorria poderia aproveitar este patrimônio eleitoral ainda forte para promover uma mudança radical nos modos de fazer política. Há dois bons vereadores no seu grupo: Binho e Zezinho. Por que não reunir o grupo e estabelecer que a chapa seria formada pelos dois e que o prefeito e o vice seriam determinados por pesquisa mais adiante? Além de garantir a vitória, Sorria continuaria como o líder natural do grupo e daria outra face à administração futura.
Ainda com relação à pesquisa, também foi feita uma sondagem com relação aos vereadores. Pelo lado da oposição, estão bem na fita os vereadores Bel e Odilon de Aldelino. Pela parte governista, Binho, Nego de Pretinho, Zezinho, Gilvan de Pedro de Dé, Oliveira e Geovane (que assumiu o mandato após falecimento de Zé de Maria) foram os mais citados.
Há ainda um ponto bom a destacar: os números surpreendentes do vereador Binho de Alfredo, que vem crescendo de forma consistente e, não será surpresa, poderá liderar nas futuras pesquisas. O que poderá impedir o crescimento de Binho é se Sorria sair da disputa e apoiar Zezinho, que é do seu grupo, ou se, de repente, a gestão de Lourival entrar no eixos. De qualquer forma, sabe-se que um vereador, com percentuais tão representativos, jamais seria afastado de uma chapa majoritária de um grupo que pretenda vencer uma eleição. Há políticos vaidosos, centralizadores, conservadores etc. Encontrar políticos idiotas em Fátima é mais difícil.

Ildinho, Ricardo Maia e Romualdo aprovados

Ildinho: aprovação popular em Heliópolis
Este blog ainda não tem os números oficiais, mas fonte segura informou que uma pesquisa geral foi feita na região do Semiárido Nordeste II avaliando todos as administrações municipais e fazendo uma prévia para as eleições municipais de 2016. Dizem que o Instituto foi o do deputado Marcelo Nilo e as pesquisas são para consumo interno dos governos e partidos. Ocorre que os números vazaram e não são nada animadores para os prefeitos desta região. Somente três obtiveram aprovação popular. Ildefonso Fonseca, de Heliópolis, o Ildinho; Ricardo Maia, de Ribeira de Pombal, e José Romualdo, de Coronel João Sá. Dos três, o de melhor situação é Ildinho. Em Heliópolis ele está com 73% de aprovação. Se realmente quiser disputar a reeleição, Ildinho está bem na fita. Não há percentuais definidos, mas ele está com 180 citações. O mais provável candidato da oposição, o vereador José Mendonça, aparece com 45 preferências. Já o atual vice-prefeito, José Gama Neves, foi lembrado por 17 pesquisados. Estamos aguardando alguém do Instituto ou alguma autoridade confirmar os números.
Arma da oposição
Como os números vazaram desde a semana passada, a oposição entra em rota de desespero e usa a Câmara Municipal de Heliópolis como arma contra o prefeito. Na última sessão de segunda-feira (31), foram aprovados dois requerimentos. O primeiro trata de um convite ao secretário de educação para explicar compras de laranjas feita pelo executivo no mês de junho e informar por que muitos funcionários lotados na secretaria municipal de educação não comparecem ao trabalho. O segundo cria uma comissão para visitar as escolas municipais para fiscalizar as reformas, bem como observar irregularidades no o transporte escolar. Ainda não contente, o vereador Giomar Evangelista fez questão de dizer que vai acompanhar as visitas. O vereador Ronaldo Santana alegou que o secretário se encontrava afastado das atividades por recomendação médica, mas não adiantou. Deu 4 a 4 no plenário e o vereador Giomar deu o seu voto orgulhoso de minerva.
Propina de 150 mil
O ex-vereador Raimundo Rodrigues de Castro andou fazendo a velha política de sempre. Quando todos imaginavam que isso era coisa do passado, Mundinho do Tijuco saiu por aí soltando o verbo e exigindo 150 mil reais para apoiar o prefeito Ildinho no ano vindouro. O zunzunzum se espalhou logo e a notícia chegou aos ouvidos do alcaide. Ponderou o prefeito que poderia ser fofoca política, mas foi avisado que a coisa era verdadeira. Pelo sim pelo não, Ildinho mandou demitir o ex-vereador do cargo comissionado que exercia na prefeitura e espera um posicionamento do ex-vereador. Se todo prefeito fizesse isso, logo teríamos uma política municipal mais próxima daquilo que manda a Lei. Mandatos foram feitos para a disputa limpa com a soberania do voto popular. O cargo de prefeito não é uma mercadoria para ser comprada.