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Poucas & Boas nº 110: Onde está a mudança?

Proerd forma turma em Heliópolis

O soldado Lage e o professor Marizan entregam certificados (foto: Ana Lúcia)
Sabe-se que o problema em relação às drogas não é algo recente, mas mesmo assim as pessoas tendem a duvidar que este mal aconteça em sua própria família. E hoje temos total noção de que não há preferência ou determinado perfil para se tornar sua próxima vítima. Tanto ricos como pobres, sem nenhuma distinção, podem entrar neste abismo.
Desse modo, o Proerd - Programa educacional de resistência às drogas - visa prevenir que haja mais vítimas, conscientizando os jovens através de 10 aulas lecionadas por aqueles que têm o melhor conhecimento a respeito do uso de entorpecentes, lícitos ou ilícitos, e que convivem diariamente com diversos casos, que são os policias militares. Por meio disso, os alunos das escolas Waldir Pires, na sede, e Marcelino Borges, do povoado Tijuco, no município de Heliópolis, tiveram essa oportunidade. Eles conseguiram concluir o curso e participaram de uma formatura realizada nesta sexta-feira (11), que começou às 14:00 e se prologou até às 17:00 horas, na Creche Maria Lícia de Andrade.
 No evento, além de agradecer e relembrar em meio a vídeos os melhores momentos, os alunos tiveram o seu reconhecimento merecido. Jose Roger de Souza de Jesus Santana ganhou pela melhor redação; as alunas Beatriz e Sabrina foram os destaques. Rômulo e Wesley representaram suas salas e receberam os certificados. Além disso, houve apresentações proporcionadas por ambas as escolas: uma paródia sobre as drogas de uma música de Zezé de Camargo e Luciano e uma coreografia com “Diga não as drogas”. Também houve espaço privilegiado para apresentação da Banda Musimarcial Helvécio Pereira de Santana, da Prefeitura Municipal de Heliópolis. No final, aconteceu um sorteio com a entrega de vários brindes doados pelos comerciantes da região e pela Câmara Municipal. Antes, abriu-se um espaço para os pronunciamentos.
Marcaram presença os vereadores Ronaldo Santana, José Emídio, José Clóvis, a diretora da Escola Jorge Amado, Renata Soraia, a secretária municipal de saúde Ana Dalva, os instrutores Luciano (Adustina), Luciana (Nova Soure e Cipó) e Sergio Lage (Cícero Dantas e Heliópolis) e o policial civil Wellington (Heliópolis). Também marcaram presença os diretores das escolas Marizan Fonseca, do Waldir Pires, e Dra. Maria, do Marcelino Borges. Prestigiaram ainda o evento o secretário de educação, prof. José Quelton, o presidente da Câmara Municipal de Heliópolis, vereador Giomar Evangelista, e o presidente do Sindheli – Sindicato dos servidores públicos de Heliópolis – professor Gilvândio, entre outros.  
Enfim, a principal mensagem do evento foi chamar a atenção da sociedade, mais uma vez, de como é importante a prevenção do uso das drogas e a difusão de informações sobre os entorpecentes. A ideia é extraordinária e se espera que esse projeto possa chegar a mais pessoas em toda nossa região. Os jovens precisam saber que o caminho do drogado é um caminho sem volta.

Reportagem, texto e fotos: Ana Lúcia.
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Só para não esquecer

Eleição no CEJDS: Chapa única obtém 93% de aprovação

A nova equipe diretiva do CEJDS, com o prof. Allan ao centro
As eleições para diretor e vice do Colégio Estadual José Dantas de Souza – CEJDS – ocorreram tranquilamente nesta quinta-feira (10). Somente uma chapa concorria ao pleito, liderada pela professora Rivanda Alves (Diretora) e pelos professores Gilberto Jacó e Landisvalth Lima. A votação começou às 8 horas da manhã e encerrou pontualmente às 20 horas, O comando da Comissão Eleitoral ficou a cargo do professor João Batista Ferreira.
Com o auxílio do atual diretor, professor Bruno César Cardoso, e do fiscal da chapa, professor Allan Viana, a apuração começou por volta das 8 e meia da noite. Votaram em todo o processo quatro segmentos, com os seguintes resultados:
A votação transcorreu com tranquilidade
1 - Servidores: aptos a votar (3), votos apurados (2), votos na chapa 1 (2) – 100%
2 – Professores: aptos a votar (16), votos apurados (16), votos na chapa 1 (16) – 100%
3 – Pais ou Responsáveis: aptos a votar (568), votos apurados 107, votos na chapa 1 (94), brancos (03), nulos (10) – 88%
4 – Alunos: aptos a votar (568), votos apurados 381, votos na chapa 1 (332), brancos (14), nulos (35) – 87%
Professores Bruno, João Ferreira e membros da comissão
No apurado total, a Chapa 1 obteve uma aprovação nos votos apurados de 93%. A partir do dia 1º de janeiro de 2016, até 31 de dezembro de 2019, o Colégio Estadual José Dantas de Souza terá nova equipe administrativa com Rivanda Alves do Nascimento, como Diretora, e os professores Gilberto Alves e Landisvalth Lima para vice-diretores.

Apuração dos votos
Empossada a nova diretoria, primordialmente será feita a elaboração de diagnóstico escolar com a coleta e análise de dados que revelem problemas e entraves que emperram o bom funcionamento do Colégio Estadual José Dantas de Souza – CEJDS. Este estudo possibilitará diagnosticar a realidade da escola. Serão feitas pesquisas, reuniões, estudos de resultados, detalhamento da estrutura, consultando a comunidade escolar, desde familiares dos alunos, alunos, profissionais da área pedagógica e administrativa, bem como servidores. Várias propostas estão contidas no Projeto de Plano de Gestão dos eleitos, inclusive implantação do Grêmio Estudantil, adequação do currículo e inclusão das disciplinas Espanhol, Música e Teatro.

Escola Jorge Amado realiza formatura

Alunos da Escola Jorge Amado, no povoado Riacho (foto: Ana Lúcia)
Não se pode deixar de reconhecer que a educação é o melhor caminho para se conseguir realizar sonhos e desejos. Em mais um ano que chega, surgem aqui e ali sempre as conhecidas formaturas. Elas marcam o fim de um ciclo e o início de um outro. No caso aqui em espacial, falamos do 9º ano da Escola Municipal Jorge Amado, no povoado Riacho. O evento ocorreu na última quarta-feira (9). Além da missa dos formandos, acontecida às 17 horas, no início da noite tivemos uma recepção na escola, com assinatura de ata e entrega de certificados.  
A festa foi muito concorrida com a presença dos parentes, amigos, professores, funcionários, convidados e autoridades. O prefeito municipal de Heliópolis, Ildefonso Andrade Fonseca, o Ildinho; a secretária de saúde, vereadora licenciada Ana Dalva Batista Reis; o vereador Ronaldo Santana, o padre João Bosco Maranduba e o secretário de assistência Social, Renan Vieira, marcaram ponto. Além de prestigiar o evento, contribuíram com a entregara dos certificados aos estudantes, certamente felizes por terem avançado mais um passo na longa estrada da vida.
A diretora, professora Renata Soraia, comentou a alegria que sentia ao ver mais uma turma indo em busca de completar outra etapa. Também tivemos o discurso da representante da sala, Thaise, agradecendo a todos que apoiaram para que eles pudessem chegar a esse momento ímpar. Para o entretenimento, aconteceu a especial participação das professoras Juliana e Debora, que contaram com o auxílio luxuoso de Orlando, do Ministério da música de Cajazeiras. Ao final, o cantor Ronaldo Santos animou bastante a todos os presentes. 
A noite agradável fez renascer, nos estudantes, forças para continuarem a jornada, buscando sempre mais conhecimento para que o futuro lhes traga somente vitórias e realizações. E não se pode deixar de lembrar quando Sócrates dizia que “O homem para ser completo tem que estudar, trabalhar e lutar”. Eles já estão no meio do caminho, e isso não é pouca coisa. 
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Reportagem e texto: Ana Lúcia.

Mais um assassinato em Heliópolis

Mais um bárbaro assassinato ocorreu em Heliópolis. Na noite desta terça-feira, exatamente às 23:50, foi executado o senhor Miguel José Ribeiro Fonseca, que estava no Bar do Nenzinho, no conjunto habitacional próximo à saída para Cícero Dantas. Investigadores da Polícia informaram que dois homens encapuzados chegaram e foram logo atirando, sem tempo de a vítima reagir. Os assassinos usavam arma de fogo calibre 12. Uma cápsula deflagrada foi encontrada ao lado da vítima. Miguel tinha passagem pela polícia e havia cumprido pena. Saiu da penitenciária há 30 dias. A vítima era morador do bairro Santos Dumont (Iraque).Tudo leva a crer que pode ter sido queima de arquivo ou vingança relacionada às drogas ou a roubo de motos. A polícia está apurando o caso e ainda não tem os nomes dos assassinos.
   Filha revoltada
   Usando o o Facebook, a filha da vítima nega muitas informações desta reportagem, chamando-as de incoerentes. Carolaine Fonseca diz que as acusações são graves. Ela, que é aluna do 2º ano B do Colégio Estadual José Dantas de Souza, afirma que houve desrespeito a um pai de família que não está mais entre nós para se defender. Ela chama atenção para o fato da hora do assassinato. Segundo ela, foi às 21 horas. Quanto às passagens pela policia, afirma que de fato ele tinha, e não passaram de acusações sem provas, pois foi absolvido. Carolaine também afirma que a saída de seu pai do presídio ocorreu no mês de agosto. A estudante chama este blog de "Disse me disse", "Me contaram", "Não sei de nada mas falo MERMO" e "O Fuxico", além de afirmar que o texto é "mintiroso" e que nós não apuramos os fatos.
    Nota do Landisvalth Blog
 As informações aqui publicadas foram fornecidas por autoridade policial que, como foi dito, ainda está apurando os fatos. Assim que houver mudança de informação, a postagem será atualizada. Quanto aos conceitos de Carolaine sobre este blog, creditamos ao impacto da perda de um ente querido insubstituível. Não formamos juízos de valor sobre este lamentável episódio - que parece virar rotina na nossa região, ceifando vidas de nossos jovens e pais de família, culpados ou não. Lamentamos ainda mais que a reportagem tenha despertado tanto ódio na filha da vítima. Ódio que deveria estar direcionado aos assassinos de seu pai. 

Filho do ex-prefeito Waltinho apronta na Cajazeiras

Diego Rosário
Quem achava que era só o vereador Giomar Evangelista o protagonista das maiores aberrações promovidas pela oposição ao prefeito Ildinho se enganou. No final da tarde desta terça-feira (08), o filho do ex-prefeito Walter Almeida Rosário, Diego Rosário, foi, segundo moradores do povoado Cajazeiras, autor de uma cena que beira a imbecilidade. Ele simplesmente estacionou sua camionete sobre um dos canteiros da praça que está sendo construída pela Prefeitura Municipal no povoado, ainda não inaugurada. Não há dúvida de que o objetivo dele era provocar os moradores.
Vendo que Diego Rosário estava estragando gratuitamente, e sem motivo, o patrimônio público, informações iniciais indicam que dona Rosália Correia foi exigir dele que retirasse o carro e não estragasse o canteiro. Moradores confirmam que Diego Rosário agrediu a senhora. Ela chegou a postar nas redes sociais seu braço com os hematomas das agressões, prestou queixa e está fazendo exames de praxe. Diego estava acompanhado de Ringo de Messias Pato e evadiram-se do local. Ringo foi capturado pela polícia por dirigir sem habilitação e com acusação de dilapidação do patrimônio público. Diego Rosário é dado como foragido.
A camionete foi flagrada sobre o canteiro da praça
O filho do ex-prefeito Waltinho chegou a gravar uma mensagem no WhatsApp e afirmou que não estava foragido, que estava na casa do pai em Heliópolis. Com a voz embargada denotando embriaguez, não negou o que fez, mas disse que todos deveriam se ater aos fatos e poderiam falar. Chegou a dizer que todos sofriam muito e ele também, além de proferir coisas relacionadas à política, que não ficaram bem claras. Não é a primeira vez que Diego Rosário apronta das suas, mas aqui, confirmadas as denúncias, tudo indica que ele tenha passado de todos os limites. 

O grande ditador!

Tomado de sanha vingativa, o presidente da Câmara Municipal de Heliópolis continua rasgando a Constituição, a Lei Orgânica do município de Heliópolis e o Regimento interno. As decisões da CMH são a continuação de suas vontades. Os amigos se curvam como vassalos e os adversários continuam pacientes, enquanto esperam chegar a justiça montada num cágado.
Dr. Gabriel tenta explicar o inexplicável
Mais uma vez na manhã da última segunda-feira (7) tivemos a realização de uma sessão na Câmara Municipal da cidade de Heliópolis, começando às 9 horas e se prolongando até às 13 horas. Contamos com a presença de todos os vereadores, sem saídas imprevistas como ocorrido na última sessão. T
ambém houve a participação do policial militar Lage e do assessor judiciário doutor Gabriel.
Durante a sessão vivenciamos um longo passeio de montanha russa nos egos de nossos representantes do Poder Legislativo. De início, antes da leitura da ata, por meio do policial Lage, ouvimos a respeito do proerd (Programa Educacional de Resistência às Drogas). Esse projeto procura conscientizar os jovens através de 10 aulas dadas por policias numa instituição de ensino, tendo direito a formatura e tudo mais, inclusive haverá nesta sexta-feira (11), na creche municipal, aulas do curso. Além de divulgar, o policial também pediu o apoio da câmara, pois segundo ele os alunos verão melhor a relevância deste projeto.
Até o momento do término da fala do policial estava tudo muito calmo. Depois o presidente Giomar passou a palavra para o doutor Gabriel que tentou esclarecer o motivou da rejeição do projeto de emenda proposto pelo vereador Jose Emídio. O Dr. Gabriel é assessor jurídico da Câmara e tentou tirar leite de pedra para explicar o inexplicável. Claro que não convenceu ninguém. A emenda não foi rejeitada porque não foi objeto de decisão nenhuma. O presidente a engavetou por livre e espontânea vontade.
Logo após a leitura da ata, e todos estavam de acordo com ela porque estava lá escrito que a ata da sessão anterior havia sido rejeitada. Ora, se é assim, há dois procedimentos possíveis: ou o presidente faz outra ata ou a sessão é considerada nula. Para piorar a coisa, Giomar comunicou a secretaria que o livro de presença e atas deveria ser passado somente depois da Ordem do Dia. Isso revoltou o vereador José Emídio, que se opôs e disse que era inaceitável aquela conduta. Ele deveria fazer uma outra ata, colocar a emenda em votação, ou votar o projeto e depois os destaques, o que não foi feito em hora alguma.
Soldado PM Lage
O vereador José Clovis disse: “Vossa excelência está querendo implantar uma ditadura”. Até a questão da falta do cafezinho entrou na pauta. Mais uma vez, Giomar se defende acusando a vereadora licenciada Ana Dalva, que deve ser para ele um demônio. E isso porque a vereadora fez uma boa administração, enquanto ele só arranja problemas e mais problemas. Afirmou que Ana Dalva cortou cafezinho e ele não reclamou. Disse ainda que mesmo a situação sendo maioria não irá colocar medo nele. Outra vez houve uma discussão sobre o direito de falar quando Mendonça solicitou.
Daí começa o bate-boca entre Mendonça e Jose Clovis, Zé do Sertão chama Mendonça de preguiçoso, pois ele sempre estuda não porque é pedido, mas sim por ser necessário e ainda diz que a falta disso atrapalha o desenvolvimento do trabalho na Câmara. Mendonça rebate chamando José Emídio de mentiroso. Após isso, Ronaldo expõe seu ponto de vista apoiando a questão levantada por Jose Clovis a respeito do café, e diz que por Giomar querer ser o dono da verdade está somente se prejudicando.
Continuando, tivemos os pronunciamentos de Zé do Sertão que demostrou sua indignação diante da postura de Giomar em seu mandato. Mendonça comenta de como é feito o orçamento e Giomar fala sobre o problema na impressão das provas PAMEH. No fim, todos os vereadores da situação pedem a emenda sobre a alteração do QDD da Câmara e a colocação como destaque na votação. O Projeto de Orçamento é aprovado ressalvado os destaques. Só que Giomar Evangelista diz que não há porque destacar pois não havia matéria, já que foi arquivado por ele mesmo. Ele faz o que quer, até que a paciência dos vereadores da situação se esgote. Pior é acontecer algo que beire a violência física. Achamos que é exatamente isso que ele quer para poder se passar por vítima.
Sem se preocupar com legalidades, Giomar Evangelista já encaminhou a Lei do Orçamento autografada para sanção do prefeito nesta terça-feira. Se a sessão anterior foi invalidada, se não há ata aprovada, o Orçamento só passou por duas sessões e ainda não pode ser sancionado pelo prefeito. Pior, os destaques não foram votados por vontade exclusiva do senhor presidente. O bom de tudo isso é saber que os ditadores caem, mais cedo ou mais tarde. Quanto maior o tempo, maior será o estrago no município. Giomar é um ditador que sabe de suas limitações. As únicas coisas que o sustentam é a lentidão da Justiça e a paciência dos governantes. 

Reportagem e fotos: Ana Lúcia. Texto final: Landisvalth Lima.

Drogas lícitas e ilícitas

Drogas, lícitas ou ilícitas, são problemas de saúde pública

Drogas são substâncias naturais ou sintéticas que possuem a capacidade de alterar o funcionamento do organismo. Estas estão divididas em dois grandes grupos, segundo o critério de legalidade: drogas lícitas ou ilícitas.  As drogas lícitas são aquelas legalizadas, produzidas e comercializadas livremente e que são aceitas pela sociedade. Os dois principais exemplos de drogas lícitas na nossa sociedade são o cigarro e o álcool.  Já a cocaína, a maconha, o crack, a heroína, etc são drogas ilícitas, ou seja, são drogas cuja comercialização é proibida pela legislação. Além disso, as mesmas não são socialmente aceitas.
Apesar de sempre ouvirmos notícias do uso de drogas ilícitas, a mais comum é a maconha, a lei é bem clara e não são permitidas a comercialização no Brasil. Até porque, o uso repetitivo e de forma continuada faz com que o organismo do usuário passe a exigir substancias ativas da droga. Elas, de uma forma geral, agem no celebro e este emite ordens para o corpo como se estivesse perdendo aquela substancia. A dependência pode ser psíquica ou física.
No município de Heliópolis não há clinicas para reabilitação de drogados e todo dependente precisa fazer tratamento para se livrar do vício fora do município. Muitos são os casos de pessoas que se recuperam e caem em tentação novamente. A recaída faz com que o individuo volte a usar essas substancias e aumenta o caminho da volta à normalidade. Muitos param o tratamento no meio do caminho. Há uma clínica de tratamento de viciados em Tucano, na Bahia, mas há muitas clínicas em Feira de Santana, Aracaju e Salvador. São especializadas em recuperação de indivíduos dependentes. Também o apoio e o amor das famílias são indispensáveis.
Para esclarecer de forma mais profunda os males promovidos pelas drogas em nosso organismo, afastando a questão de ordem moral e se apoiando no princípio da saúde pública, foi entrevistada a psicóloga Nilma Nunes Lima, do Centro de Referência da Assistência Social – CRAS – da Prefeitura Municipal de Heliópolis. Sobre a questão da ligação entre depressão e o vício do uso de drogas, Nilma disse que a depressão tem uma relação estreita com o uso de drogas no sentido da existência de uma comodidade, quando uma doença acaba levando a outra. No caso das drogas, a depressão pode levar ao consumo ou abuso de drogas tanto como as drogas podem levar à depressão. É uma via de mão dupla. “A gente vê muito em pesquisas e na clínica que existe essa relação e, muitas vezes, a depressão não é o motivo principal, mas um sintoma. ”, disse.
Psicóloga Nilma Nunes Lima
Para a psicóloga, outro fator que está relacionado entre depressão e drogas é predisposição da personalidade das pessoas que são mais frágeis e propensas a ter uma baixa tolerância à frustração. São pessoas de personalidade fragilizada, que não tiveram estimulado a autoestima. Isso acaba dificultando o lidar com as emoções, daí vem a busca pelas drogas. É uma espécie de fuga. Essa falta de coragem para enfrentar emoções, frustações, desestruturação familiar, desilusões amorosas etc é muito forte e faz com que o adolescente busque o mundo das drogas. É mais cômodo esta fuga e o mais comum é desencadear um transtorno mental, não só a depressão como também o transtorno bipolar.!
Nilma atesta que os casos mais comuns de uso das drogas ocorrem em famílias desestruturadas, pais que não estão presentes na educação dos filhos, ou quando estes não se sentem acolhidos em seus lares. Também o fato de um adolescente se sentir inseguro em algum grupo. Numa festa, ao ver os amigos bebendo, tende a fazer o mesmo para se firmar no clã. Mesma coisa acontece com outras drogas. Começa com o uso das drogas lícitas. Daí para a maconha, o crack e outras ilícitas é um pulo. Além disso, existe uma predisposição hereditária em algumas pessoas. Pais que fazem abuso de álcool podem ter filhos que também consumam a droga. Não se pode também esquecer que a adolescência também é a fase da rebeldia. Um jovem quer provar para todos que ele pode, que é superior, que pode correr riscos. É a adrenalina, a sensação de onipotência. Tudo isso é porta de entrada para o uso das drogas. 
A psicóloga Nilma Lima chama a atenção de como as famílias devem reagir diante da descoberta do envolvimento de entes com as drogas. Passada a surpresa inicial, inclusive porque a coisa acontecia debaixo dos olhos e ninguém via ou ouvia, deve-se superar a sensação de fracasso dos pais. O mais comum é negarem o fato. Isso não ajuda em nada. A questão não é moral. É de saúde. É preciso que os pais detectem sinais no comportamento dos jovens. Dormir muito, diferença de atitude com pouca ou muita ação, nariz muito agitado parecendo que tem renite, olhos vermelhos etc. Não adianta brigar, dar lição de moral ou castigos severos. Ele deve se sentir acolhido e encorajado a enfrentar o problema, porque se trata de uma doença. O certo é dialogar e procurar ajuda. Dependendo do grau de comprometimento, há profissionais especializados para fazer psicoterapia. Se o comprometimento for elevado, buscar locais especializados como CAPS, que é o centro de assistência psicossocial, clinicas de recuperação para desintoxicação e também, no caso do álcool, os AA´s. Ou seja, passa a ser um problema de toda a família e não apenas do adolescente ou outro membro qualquer do clã familiar.  
É importante ressaltar que não é pelo fato de serem lícitas que algumas drogas são pouco ameaçadoras. O alerta é da Organização Mundial da Saúde (OMS). Segundo o órgão, as drogas ilícitas respondem por 0,8% dos problemas de saúde em todo o mundo, enquanto o cigarro e o álcool, juntos, são responsáveis por 8,1% desses problemas.

Por Heloísa Gonçalves de Jesus, João Pedro Mota de Sousa, Karina da Silva Nascimento, Salmo Santana Santos e Shayane Costa Santos. (Alunos do curso de Redação do Colégio Estadual José Dantas de Souza – CEJDS – turno matutino, dezembro de 2015)
Esta é a primeira de uma série de quatro reportagens promovidas pelo professor Landisvalth Lima, da disciplina Redação e Expressão, do 3º ano A do Colégio Estadual José Dantas de Souza – CEJDS, como avaliação da IV unidade.