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Poucas & Boas nº 110: Onde está a mudança?

Tiago Dória deve renunciar à candidatura


Tiago Dória desiste de candidatura
O atual prefeito de Poço Verde, no estado de Sergipe, Tiago Dória, do PSB, deve renunciar a sua candidatura à reeleição como prefeito do município. A decisão já foi tomada, mas ainda não é oficial, pelo menos até o fechamento desta postagem. Numa reunião tomada na noite de sexta-feira (26), o grupo noticiou a substituição do candidato. Não se sabe se será mesmo efetivada a renúncia à disputa de um novo mandato, mas a notícia tem se espalhado nas redes sociais.
Edna Dória e Toinho de Dorinha
Atolado numa administração que se resume na palavra desastre, Tiago Dória tem vivido seu período de terror. Há funcionários contratados com 8 meses de atraso nos salários. Até mesmo os salários dos efetivos estão com dois meses sem cair nas contas. E ninguém pode dizer que houve má vontade do funcionalismo público. Somente dia 18 de agosto é que os professores decidiram paralisar as atividades a partir o último dia 24 de agosto. Uma paciência de Jó. A paralisação será por tempo indeterminado. O prefeito não cumpriu acordo firmado em reunião para garantia do pagamento no 1o dia de cada mês.
Tiago Dória é candidato à reeleição pela coligação Juntos somos fortes, que reúne os partidos PT, PC do B, PDT, PP, PSB e PPL. Além do desastre administrativo, perdeu musculatura na Câmara Municipal. Três vereadores pularam o barco do PSB, sem contar as inúmeras lideranças que aderiram a outros candidatos da oposição. Se realmente oficializar sua renúncia à candidatura, Tiago a faz já bem tarde. Isto pode beneficiar ainda mais os seus opositores que, neste momento, têm visível vantagem sobre o candidato governista.
Dr. Milton Ricardo
Há um consenso de que o provável substituto seja o seu atual candidato a vice Milton Eduardo, do PP.  Outros pregam que a chapa deve ser liderada pela esposa do ex-prefeito Toinho de Dorinha, Edna Freitas Dória, mantendo o Dr. Milton Eduardo na vice. O problema é que Edna Dória é funcionária pública e ninguém sabe se ela se afastou do cargo que ocupa para enfrentar a peleja. De forma que a situação é catastrófica.
A pergunta que fica no ar é: Mesmo sabendo que há uma crise generalizada, onde foram parar os recursos da prefeitura de Poço Verde? Como foi possível atrasar tantos meses de salário do funcionalismo público? Estas respostas o atual prefeito está devendo ao povo de Poço Verde. E não se pode alegar simplesmente que há uma crise. O bom administrador mostra sua competência exatamente nos períodos difíceis. Governar com muito dinheiro é tarefa para os comuns.