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Poucas & Boas nº 110: Onde está a mudança?

Nada de nomes na oposição de Heliópolis

Opositores ao lado, união distante
Deveria ser assim: primeiro se escolhem os nomes para depois forjar o plano de governo. Só que, em Heliópolis, as coisas não são bem assim. Neste sábado, 2 de julho, em pleno feriado da Independência da Bahia, os partidos de oposição se reuniram para discutir uma espécie de plano de governo. Duvidamos que seja verdadeiramente um plano, já que ainda não há candidatos. É como se tivéssemos o diretor, o texto, o financiamento, a data do lançamento, mas faltam os atores e as atrizes do filme. Já discutem o que vão dizer, mas não quem vai dizer. Isto seria inédito, uma verdadeira revolução no cenário político local. Neste momento, tal tática parece ser ineficiente. 
No encontro deste sábado, tanto na Câmara de Vereadores como no Colégio Estadual José Dantas de Souza, tudo foi discutido, menos nomes. E aí é que tudo parece não se encaixar. O tempo é pouco para que a oposição tenha um discurso afinado com o povo. Como o debate está sendo aberto por este blog, evidentemente eles não seguirão. Entretanto, fundamental é ter a chapa pronta para bater de porta em porta e tentar virar o jogo, hoje visivelmente favorável a Ildinho. Eles estão apostando na mudança repentina de cenário. Parece que apostam mais na cura do tempo que no trabalho da pregação.

Os candidatos secundários

Aroaldo Barbosa, Gilberto Jacó e Giomar Evangelista
Na verdade, o que querem mostrar cada um dos cinco candidatos da oposição em Heliópolis é força para, lá adiante, ter cacife para convencer o outro que é melhor que este ou aquele. É puro teatro. É propaganda enganosa e desnecessária. Heliópolis é um município pequeno. Todos conhecem todos. Giomar Evangelista, Aroaldo Barbosa e Gilberto Jacó são personagens secundários. Só se fortaleceriam insistindo como candidatura alternativa. Até mesmo Aroaldo Barbosa, que já está apto a se candidatar, não protagoniza hoje muito coisa. É um extraordinário apoio para qualquer candidatura, podendo até cravar uma vice, mas sozinho não vai a lugar algum. Em Heliópolis são vários os grupos e a união da maioria destes grupos é que decidirá o vencedor. O prefeito Ildinho hoje é quem mais agrega votos.
Também luta por um espaço na chapa o vereador Giomar Evangelista. Até que seria um bom nome há dois anos. Hoje, o maior problema de Giomar é ele mesmo. Os infindáveis problemas vividos por ele na presidência da Câmara de Vereadores só aumentam. Além do atraso nos salários de Ana Dalva, ele insiste no erro e também não paga ao vereador Zeic Andrade, licenciado como Secretário Municipal de Saúde. Por isso é nome descartado. Mesmo que ele dê o pulo do gato e pleiteie a vice do prefeito Ildinho, sofrerá oposição da vereadora Ana Dalva e da Rede Sustentabilidade. Não tem para onde ir a não ser continuar vereador, inclusive com amplas possibilidades de reeleição. 
O nome mais leve é o de Gilberto Jacó, mas ainda não sabe como fazer política em Heliópolis. Tem todas as condições de liderar um grupo forte no futuro, mas hoje é ainda só um bom nome para apoio. Pode ser alternativa viável para uma candidatura a vice, mas se resolver sair como candidato a prefeito sozinho será abandonado pelos seus “amigos”. Acho que ele já aprendeu que, em Heliópolis, os “amigos” são os que mais traem. É bem melhor contar com muitos aliados do que com estes tais “amigos”. Dos cinco nomes, Gilberto Jacó, Aroaldo Barbosa e Gama Neves são os únicos que têm cacifes para, se quiserem, conquistar uma vice na chapa do prefeito Ildinho.

Os candidatos protagonistas

Os protagonistas da oposição este ano
Protagonistas mesmos, só Gama Neves e José Mendonça. Está nas mãos dos dois o resultado do próximo pleito. Eles vão decidir se Ildinho vai dar de goleada ou se a disputa será acirrada. O problema é que são de partidos antagônicos. Não haverá problema nenhum em Mendonça abrir mão e apoiar Gama Neves. O PCdoB de Mendonça nunca foi comunista. Ninguém imaginaria o Líder da oposição defendendo as ideias de Stalin na câmara de vereadores. O cordão umbilical dele está ligado ao velho ACM. Ninguém duvida que ele opte para continuar sendo vereador, com eleição relativamente fácil. 
Agora, duvidamos que Gama Neves vá abrir mão para qualquer candidato do PCdoB. Nunca me esqueço de quando na eleição passada viajei para Foz do Iguaçu e deixei a chapa pronta com Gama Neves e Ana Dalva. Ele me jurava de pés juntos que não queria ser vice de jeito nenhum e, se tivesse que fazer uma composição, a vice seria Ana Dalva. Ele viraria eleitor e lutaria pela eleição da chapa. Não só virou vice-prefeito de Ildinho como apoio o vereador Ronaldo. Quem teve de abrir mão de tudo foi Ana Dalva. Hoje, Gama Neves diz que se não for candidato, não será vice de ninguém. Ninguém sai vice de um governo para ser vice da oposição. Se Mendonça insistir, Gama diz claramente que será apenas eleitor e indicará Gilberto Jacó para vice. Quem sabe não será a vez de Gilberto ser o enganado?

Cenário incerto

Dois ex-prefeitos que não querem o ostracismo
Mas ninguém pense que o rol de possibilidades acabou. Há dois nomes que trabalham forte nos bastidores. Zé do Sertão e Walter Rosário. As atrapalhadas de Zé do Sertão todos já sabem e não vou aqui pormenorizar. Prefiro aguardar o Diário Oficial de segunda-feira (4) para ter uma noção das consequências de suas supostas engenhosas jogadas políticas. Pela nota saída no Blog do Joilson Costa, dá para ver que ele não recuou um milímetro dos seus desejos e há confirmações de encontros entre ele e Gama Neves. Será que ele vai topar uma vice do vice ou o vice, para bagunçar tudo, será vice daquele que deseja ser vice de Ildinho? Vamos aguardar. 
Quanto ao outro nome, o indigitado Walter Rosário, dizem que andou conversando com o prefeito. Se houve ou não o encontro, isso não importa. O que conta é a preocupação de vários com o zunzunzum de o ex-prefeito ser vice. Em política não há nada impossível, mas esta possibilidade é a menos provável. Imaginem Ildinho dividindo o palanque com o PCdoB? Seria uma reviravolta incrível. De cara, ele já perderia o apoio de Ana Dalva e da Rede Sustentabilidade. Certamente Ana Dalva seria candidata a prefeita, não como oposição ao PCdoB, mas ao ex-prefeito. Apoiar nomes envolvidos em corrupção, em processos com a Polícia Federal e Ministério Público não dá nem para pensar. Além disso, forçaria uma união de vários segmentos da oposição, criando um baita discurso contra o governo atual. Não, isso não. Acho que não, mas...  

Promessa cumprida

Dona Irenilda (de vermelho) vê sua promessa sendo cumprida
Há mais de oito anos, dona Irenilda Jesus dos Santos perdia uma filha. Ela, o marido e Ana Dalva lutaram incansavelmente para salvar a vida da garotinha. Depois de meses, a morte venceu a todos. Dona Irenilda ficou abalada, mas reconheceu a luta de Ana Dalva. Na eleição de 2008, Irenilda soube da candidatura de Ana Dalva a vereadora e fez uma promessa. Se a amiga se elegesse, ela daria um almoço e soltaria 12 foguetes. Ana Dalva foi eleita pela primeira vez, mas nunca foi possível a realização da promessa. Quando uma podia a outra tinha sempre um problema. Desta vez, quando Ana Dalva já vive o seu segundo mandato, Dona Irenilda mandou um aviso que a casa estava vendida e teria que ser na sexta-feira, dia 1 de julho. E tudo deu certo, finalmente. A comida estava perfeita e os fogos foram queimados. Está paga a promessa. Dona Irenilda Jesus dos Santos sai do povoado Arrozal e vai morar em Heliópolis com a alma aliviada da promessa cumprida. Esta postagem é para que os santos também saibam.

Luís Américo: “Só haverá mudança com nova composição de poder em Poço Verde”

Luís Américo é a 3ª via em Poço Verde (foto: arquivo)
Luís Américo, candidato a prefeito de Poço Verde – SE, pelo PRB – Partido Republicano Brasileiro, tem 31 anos, nascido em 18 de novembro de 1984, filho de Izabel Ribeiro de Castro e Américo Oliveira Neto, empresário do ramo de construção, é o nosso entrevistado de hoje. Ele foi candidato a prefeito de `Poço Verde na eleição passada e disputou um mandato de Deputado Estadual por Sergipe em 2014, obtendo 1.184 votos.
LANDISVALTH BLOG - Quais são as possibilidades concretas que você vê que permitam sua eleição como prefeito de Poço Verde em 2016?
LUÍS AMÉRICO - Ao longo da minha vida sempre tive uma visão diferenciada daquela política que vem sendo praticada há muitos anos em nosso município, onde o processo político é continuamente construído com bases em grandes financiadores de campanha, o que leva a inviabilidade de todo um plano de gestão municipal efetivo, prejudicando diretamente a sociedade, o erário público e elevando os poderosos e as suas sistemáticas de corrupção.
Para que de fato pudesse pôr em prática as ações mais corretas para o bem comum do nosso município, há alguns anos busquei autonomia política e obtive êxito. Hoje possuímos composições importantíssimas, pessoas em vários seguimentos da sociedade, que trabalham juntos com o mesmo ideal, formalizando um novo conceito político de gestão pública e indo em desencontro a métodos políticos ultrapassados, desconstrutivos e que nos fazem hoje sentir as dores em nosso cenário político, tanto nacional quanto nas demais esferas.
No decorrer de outras candidaturas, a união, a transparência e o poder do nosso grupo foram crescentes e tudo isso nos elevou a uma base construtiva. Somos o novo, enxergamos com os olhos do atual brasileiro e levantamos a bandeira da mudança como o nosso maior objetivo. Queremos fazer na prática o real papel do gestor público e tornar a sociedade parte desse governo.
LANDISVALTH BLOG - Com quem ou com quais grupos políticos você está conversando?
LUÍS AMÉRICO - Para que possa levar adiante tal processo de renovação, faz-se necessário ter ao meu lado cidadãos que compartilhem do mesmo ideal. Em um primeiro momento busquei referências de pessoas que possuíam o mesmo objetivo na política. Foi primordial o apoio em grupos que não compactuassem com a mesmice e perpetuação do cenário político. No momento, o nosso grupo já possui uma base sólida. Estamos em processo constante de avaliação e discussão com representantes da base da atual gestão que se encontram insatisfeitos e dispostos a mudar.
LANDISVALTH BLOG - Você tem preferência pelo seu vice-prefeito ou vai depender das circunstâncias?
LUÍS AMÉRICO - Construímos ao logo dos últimos anos um grupo forte. Isso nos dá a possibilidade de que possamos concorrer às eleições com um quadro de candidatos competitivos e do próprio agrupamento.
LANDISVALTH BLOG - A candidatura sua é diferente das outras pertencentes aos dois principais grupos políticos? O que o povo de Poço Verde poderia esperar de novo na sua atuação política?
LUÍS AMÉRICO - A nossa candidatura é diferente das demais pelo comprometimento com a sociedade. Como dito antes, queremos levar ao conhecimento da população o verdadeiro papel do gestor, através de ações que possam promover o bem-estar e a qualidade de vida, ações essenciais.
LANDISVALTH BLOG - Até que ponto, caso fosse eleito, você seria capaz de fazer uma real transformação na estrutura social e econômica de Poço Verde?
LUÍS AMÉRICO - Só há mudança no conteúdo e na metodologia das políticas públicas e econômicas se houver também mudança nas elites políticas e na composição do poder público. É certo que mudanças mais substantivas só podem ocorrer quando efetivamente se redirecione a compostura do regime. Mas, é possível obter conquistas sociais através de mobilidade social, da ação coletiva, sobretudo quando essa passar a ter um conteúdo de proposição, de debate público sobre alternativas e não de mera crítica. Para isso é necessário que as temáticas sejam legitimadas por um amplo consenso e que tenham uma abrangência maior que os interesses corporativos ou setoriais. 
Luís Américo em selfie com o deputado federal Pastor Jhony
LANDISVALTH BLOG - O que há de errado em Poço Verde que pode ser corrigido por um prefeito distante do atual pensamento político?
LUÍS AMÉRICO - Em primeira instância, a população necessita voltar a enxergar que o voto é livre, que fazemos parte de um poder democrático e que o novo é a melhor opção para podermos demonstrar toda força da sociedade. Cada voto é, de fato, o verdadeiro detentor do poder. Dessa maneira, será possível iniciar uma gestão de forma limpa. Isso possibilitará o desenvolvimento de uma equipe técnica, distanciando a gestão de “dependentes” e “credores” públicos. Uma administração técnica torna todo o gerenciamento mais eficiente. Serão pessoas capazes de desenvolver mecanismos que possibilitem atender os fundamentais anseios da população.
LANDISVALTH BLOG - Como é ser uma terceira via sem repetir os mesmos erros dos prefeitos anteriores?
LUÍS AMÉRICO - Existe uma grande diferença entre o nosso projeto político e dos demais grupos, como já esclarecido nas perguntas anteriores. A população tem compreendido o verdadeiro intuito do nosso projeto e aceitado de forma positiva. Isso faz com que possamos pôr em prática as ações propostas pelo nosso plano de governo sem que devêssemos nada a ninguém.
LANDISVALTH BLOG - Quais as dificuldades que você enfrentaria para se tornar um prefeito diferente dos anteriores?
LUÍS AMÉRICO - Por ter o povo como principal aliado, não teríamos dificuldades, pois o papel do gestor é defender os direitos e zelar o bem-estar da população.
LANDISVALTH BLOG - Como você está vendo a conjuntura política atual? As dificuldades são passageiras ou o sistema político está falido?
LUÍS AMÉRICO - A atual situação política vem causando muita preocupação a toda parcela da população. Estamos todos preocupados com o rumo que nossa economia vem tomando nos últimos tempos. Mas como em todo momento de incerteza, a população busca alternativas para superar a crise. Tenho a concepção de que podemos sim enfrentar as mudanças buscando sempre o melhor e, dessa forma, sairemos fortalecidos e caminharemos novamente no rumo do progresso.
LANDISVALTH BLOG - Se eleito, como você pretende administrar um município de uma região pobre, com o estado de Sergipe sem dinheiro e com o governo federal em crise generalizada?
LUÍS AMÉRICO - Nas últimas administrações nos deparamos com gestores limitados, que não estabeleceram nenhum tipo de incentivo para as atividades agrícolas e que, em meio a toda crise, infelizmente, não foram capazes de elaborar mecanismos para superar todo esse conflito financeiro. Limitaram-se apenas a projetos e recursos proveniente do Governo Federal.
Poço Verde é um município com uma sociedade que possui grande riqueza intelectual, além da sua enorme potencialidade agrícola. Com isso, trazemos a possibilidade de sermos economicamente autossuficientes. Um exemplo é o incentivo ao cooperativismo. Poderemos unir duas das maiores riquezas do nosso município, trazendo benefícios à agricultura familiar e consequentemente ao comércio local. O propósito é agregar a riqueza, que naturalmente já possuímos, a artifícios obtidos através do poder público. Essa junção poderá possibilitar uma autonomia financeira da população.

Colaborou: Lourinaldo Lisboa.

Saiba o número de eleitores da sua cidade

Euclides da Cunha com maior eleitorado da região (foto: skyscrapercity)
Os números oficiais do TSE - Tribunal Superior Eleitoral - do mês de maio de 2016, indicam que o Estado da Bahia ultrapassou a marca de 10 milhões de eleitores. São exatos 10.552.917 votantes. Na nossa região, nos 23 municípios pesquisados, o total de eleitores chega a mais de 436 mil aptos a votar. Destes, Euclides da Cunha e Ribeira do Pombal lideram a lista com mais de 40 mil eleitores. O município com menor número de votantes é Novo Triunfo, com pouco mais de 8 mil eleitores. 
Veja a lista completa:
Adustina

10.872
Antas

10.577
Banzaê

10.280
Canudos

12.634
Cícero Dantas
24.820
Cipó

13.565
Coronel João Sá
14.140
Crisópolis
17.075
Euclides da Cunha
42.047
Fátima

15.129
Heliópolis
12.237
Itapicuru

23.728
Jeremoabo
26.258
Nova Soure
20.137
Novo Triunfo
8.052
Olindina

20.806
Paripiranga
21.222
Pedro Alexandre
9.572
Ribeira do Amparo
12.516
Ribeira do Pombal
40.752
Sítio do Quinto
9.700
Tucano

39.448
Uauá

21.101

Total:
436.688








































     Nos municípios vizinhos do Estado de Sergipe, Lagarto é o que mais tem eleitores, ultrapassando os 70 mil votantes. Poço Verde, vizinho a Heliópolis, possui mais de 17 mil eleitores. O menor estado da federação, Sergipe atingiu a marca de 1.534.304 pessoas aptas a votar nas eleições de outubro deste ano. 
Veja os números:

Lagarto

70.274
Simão Dias
33.147
Poço Verde
17.809
Tobias Barreto
36.437

     Para saber mais sobre outros municípios, dê um clique AQUI.

O vice não quer falar

O Landisvalth Blog está encerrando o período de entrevistas com pré-candidatos a prefeito em alguns municípios da região. Queria encerrar esta série com as três prováveis candidaturas de Heliópolis. Podemos até errar, mas, dos nomes que estão postos, apenas três, de fato concorrem. O prefeito Ildinho, o vice-prefeito Gama Neves e o vereador José Mendonça. Os outros poderão até surpreender, mas não se vê nada no momento para tal. E ainda vale dizer que se Gama Neves e José Mendonça, ambos confirmarem suas candidaturas, um destruirá o outro e Ildinho passará soberbo ao segunda mandato.
Depois de conversar mais de meia hora por telefone, mandei para Gama Neves as seguintes perguntas:
1) Quais são as possibilidades concretas que o senhor vê que permitam sua eleição como prefeito de Heliópolis em 2016, caso venha mesmo ser candidato?
2) Com quem ou com quais grupos políticos o senhor está conversando?
3) Como seria a aliança DEM/PC do B? É possível?
4) A sua candidatura passa por uma explicação: o que o afastou de Ildinho? Quais as possibilidades de retorno?
5) Até que ponto, caso seja eleito prefeito, o senhor seria capaz de fazer uma real transformação na estrutura social e econômica de Heliópolis? 
6) O que há de errado em Heliópolis que possa ser corrigido num eventual governo seu?
7) Até onde o senhor pode contar com ACM Neto?
8) Quais as dificuldades que o senhor enfrentaria para um futuro mandato. O que o senhor tem em mente que o faria ser um prefeito melhor nos próximos quatro anos? 
9) Como o senhor está vendo a conjuntura política atual? As dificuldades são passageiras, o sistema político está falido ou Heliópolis e a Bahia são ilhas cercadas de prosperidade por todos os lados?
10) Se eleito, como o senhor pretende sucesso num possível mandato, num município de uma região pobre, com o estado da Bahia sem dinheiro e com o governo federal em crise generalizada?
11) Qual seria o seu vice preferido?
12) Faltou algo a dizer? Pode acrescentar.
Como se pode ver, são perguntas genéricas para pré-candidatos. Nada que pudesse comprometer a vida política do entrevistado. Seria um registro para o povo de Heliópolis, até para melhorar a escolha. Entretanto, fiquei surpreso com a mensagem enviada por ele:
“Prezado Professor,  Parabenizando o Landisvalth Blog, pelo espaço democrático para publicação de entrevista com pré-candidatos ao cargo de Prefeito de Heliópolis em 2016, venho externar a minha posição (já apresentada) ao grupo de oposição local, na qual o objetivo de construção de uma candidatura de consenso representando esse segmento, estando o meu nome à disposição para essa missão, se assim for decidido... considerando a existência de vários nomes e estamos caminhando para conversas finais sobre o assunto,  venho manifestar os nossos agradecimentos pelo espaço aberto, ao tempo que declino da honrosa entrevista,  por entender que a mesma poderia causar interpretações variadas, o que não seria positivo para o fechamento do propósito.”
Então, Gama Neves não quer falar. Prefere a política de bastidores onde tudo ocorre em segredos inconfessáveis. A política de sempre, que não apresenta nenhuma inovação. Numa democracia, atender ao público com informações não é inovação. É o que devemos fazer. Entretanto, esconder do público, não praticar o jogo aberto, priorizar buchichos ao pé do ouvido e se esconder numa produção de marketing, revelando o que não é, são atitudes comuns daqueles que não querem mudar nada. Os fins justificam os meios e, nesse momento, o que menos importa é debater o futuro de Heliópolis.

Este blog também enviou perguntas ao prefeito Ildinho e ao pré-candidato José Mendonça. Aguardemos.

Prazo eleitoral conspira contra oposição

A eleição deste ano acontecerá em campo bem diferente das anteriores. Não só pela forma do modus operandi, que na verdade é o mesmo, mas pelos prazos. Ildinho é candidatíssimo, todos já sabem. Por ser o prefeito, seu nome já está sólido e a tendência é só crescer ou estacionar. Sua queda depende da oposição, que até aqui não mostra sentido na sua existência. Julho já bate na porta, mas é agosto que não sai das cabeças de José Mendonça, Gama Neves, Gilberto Jacó, Aroaldo Barbosa e Giomar Evangelista. Eles acham que o dia da escolha do nome será 15 de agosto, o último dia do prazo eleitoral.
Mas aparece que estão primeiramente preocupados com o financiamento da campanha. Como todos estão quebrados, esperávamos que usassem o discurso como arma. O problema é esse. Qual o discurso? Como elaborar a fala da campanha se ainda não há candidato escolhido? Se fizessem isso agora, teriam tempo de sobra para reuniões, palestras, exposição de motivos. Vão deixar para o último dia. Além da falta de um discurso, política por aqui é na base da espera do erro do outro para ter o que dizer. Vencerá quem errar menos e quem se organizar melhor.
Agora, para quem quer arrecadar grana para campanha, a oposição errou feio. No domingo (26), no povoado Tijuco, fizeram um bingo para arrecadar fundos, de forma oficiosa. Tudo conspirou contra porque a data não era propícia. Final de mês e um dia após o período de festas juninas. Todo mundo sem grana. Não poderia ter dia pior. Resultado, a arrecadação nem chegou a fazer inveja às promoções do vereador Claudivan. O fiasco já prova a falta de planejamento ou é prova de que todos conspiram contra todos. E quem ganha com isso é Gama Neves, que aposta cair o vaso no chão para depois, sem concorrentes na oposição, juntar os cacos e subir ao palanque. Para isso dar certo, o tempo é senhor. Pode não dar para virar a mesa em 45 dias de campanha.
Gama e Zé Sertão 
É significativa a quantia de e-mails que recebemos jurando testemunharem Zé do Sertão se encontrando com Gama Neves. Não duvidamos do encontro, afinal, Gama é o vice-prefeito e conversa com todos os políticos. O problema é que o povo associa o que a filha do ex-prefeito diz nas redes sociais com o encontro. Aí tudo se transforma numa rede de intrigas. Melhor é aguardar. Mas bem que seria uma chapa interessante Zé do Sertão, prefeito, e Gama Neves, vice. Para melhorar, José Mendonça no palanque defendendo os dois, Aroaldo Barbosa dizendo que esta seria a chapa do seu sonho, Giomar Evangelista dizendo que agora vai e Gilberto Jacó afirmando que apoia a chapa para recuperar o açude de Heliópolis, inclusive com aquela praia prometida no passado. Alguém duvida?